Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Portugal Pimba

Há uma anedota que nos tira o retrato na perfeição. Deus estava a fazer o mundo e começou a compor Portugal: clima ameno, boa comida, ambiente pacífico. Atentos à obra, Adão e Eva perguntaram-Lhe porque é que Ele tinha feito países onde nevava todo o ano, outros onde a guerra era devastadora e aquele rectângulo dourado parecia o paraíso, tudo era perfeito. Resposta do Criador: "Vão ver a espécie de povo que lá Vou pôr". Alguns séculos depois, os resultados estão à vista. Este jardim à beira-mar plantado é um oásis de mau gosto. Um paraíso pimba. O que não faltam são pretextos para a utilizar: as maisons de alguns emigrantes com os seus imponentes leões de louça à porta; o lago com dois palmos de água e o peixe dourado a cozer, com o calor do Verão; as fachadas decoradas com azulejos. Mesmo com os peudo intelectuais a coisa é engraçada: sinceramente alguém acha que as obras de Siza têm alguma beleza? Ele é cimento e mais cimento. Veja-se a "minha" marginal de Leça da Palmeira: uma obra encomendada ao "grande" mestre não passa de uma avenida marginal, em que predomina o cimento e o alcatrão. Nem uma plantinha... Já nem falo da "magnífica" sé catedral do Marco de Canavezes: um enorme caixote, sem estética nem beleza.
No que toca a excessos e atentados ao bom gosto, batemos qualquer um. Basta deslocarmo-nos a uma praia durante um dia de semana para confirmar o triste quadro. Você chega às 11 horas da manhã de uma quinta-feira sem história, a praia de Valadares estará tão sobrelotada que será difícil abrir um guarda-sol sem causar feridos. Você encontra um local mais livre mas passados poucos minutos eis que chega uma família inteira - uns dez - que se instala mesmo ao nosso lado. Você foi adoptado!
Um adolescente tirou um enorme rádio portátil da mochila, mais conhecido por tijolo e tratou de dar música a todos os banhistas, da praia de Valadares a Espinho. A parafernália de geleiras, garrafões, sandes mistas e jogos de praia faz crer que se tenham instalado para o resto da quinzena.
Uma das crianças, com pouco mais de 8 anos, fato de banho a cair-lhe pelos joelhos e a boca lambuzada de gelado de chocolate, decidiu ir dar um mergulho sem pedir autorização. O pai não gostou da ideia. Pregou-lhe um estaladão tão grande que lhe virou a cabeça ao contrário. A choradeira não tardou.
No parque de estacionamento, ei-lo perante o último pesadelo nacional: o colete reflector amarelo tornou-se a bandeira nacional. Em 100 carros, mais de metade tem um dos bancos da frente (regra geral o do condutor) vestido com aquela coisa berrante de nylon.

Acredito que em Portugal se tem apurado o bom gosto, muito por força do aumento do poder económico da classe média e por influência dos (muito poucos) media. Mas apesar deste banho de civilização, continuamos a ser um povo onde o mau gosto prevalece: são as tais maisons dos emigrantes, a peúga branca com sapato preto, anéis tipo cartucho... A mania da ostentação é gritante. Somos um país pindérico, gastamos o que não temos e mostramos as aquisições cheios de orgulho. É lamentável... Pior mesmo se pensarmos na rica televisão que nos apresenta em horário nobre coisas chamadas Malucos do Riso e Batanetes, os treinos da equipa vermelha da segunda circular, entrevistas ao orelhas, políticos que oferecem electrodomésticos durante as campanhas eleitorais, que se servem das autarquias para concretizar sonhos da juventude - o Rio fez a sua corridinha privada de automóveis antigos à custa da edilidade -, insistimos em cuspir para o chão, vemos os nossos filhos a sair da escola e a deitar o papel do chocolate para o chão, na praia andamos de tanga e sandálias com meias. Veneramos o automóvel e fazemos dele um monumento ao kitsch: terços, cd's e porta chaves pendurados junto ao espelho retrovisor; almofadas e cães de peluche no banco traseiro, autocolantes, cachecóis e bandeiras de Portugal... No carro fazemos tudo: ao fim de semana, com o dito virado para o mar, os cavalheiros ouvem relatos, as senhoras fazem renda, cortam-se unhas. E se não fosse o automóvel, como é que se praticava o desporto nacional de verão: o piquenique à beira da estrada? O melhor dia é o domingo, quando há mais movimento rodoviário. Porque piquenique sem carros a passar, não é piquenique, não é nada.
Aqui em Leça da Palmeira temos dois parques, com muito verde, muitas árvores, mas é ver os piqueniqueiros a confraternizar junto à estrada, por baixo da ponte móvel, nos sítios mais incríveis...
Podem pensar que o que apontei atrás é demasiado duro. Mas sinceramente, olhem à vossa volta. Políticos: um bando de grunhos saídos das cavernas, em que um ministro recentemente empossado para a pastas das finanças não paga/declara desde 2000 os seus rendimentos às... finanças... O país em crise e insistem em obras faraónicas tais como o aeroporto da Ota ou o TGV e deixam na gaveta o desemprego, o saneamento, a saúde, a segurança... Insistem num fóssil para Presidente da República, nas eleições prometem que não aumentam os impostos, que não vão fazer nomeações indiscriminadamente e depois de eleitos é o que sabemos... A imprensa: é só ler as revistas cor-de-rosa a mostrar, literalmente, um bando de paneleiros, putas, e demais parasitas das classes mais altas todos incultos...
Viver em Portugal é mesmo uma tarefa árdua e inglória.

República Dominicana - Punta Cana - Ocean Bávaro Spa

Umas imagens para recordar...


África

Quando se faz uma viagem de avião que nos "consome" cerca de oito horas de vida podemos fazer várias coisas: ler, dormir, ouvir música, ver aqueles filmes sem graça, pensar...
Na recente viagem de férias para Punta Cana, dei por mim a pensar. A pensar na sorte que tinha, na bondade que Deus teve em me conceder a possibilidade de desfrutar de algumas alegrias tais como ter saúde, ter uma vida bastante feliz e nada de essencial me faltar. Para além da oração de agradecimento, pensei naqueles que sofriam, que viviam com dificuldades e sacrifícios vários.
Lembrei-me então de África e de um artigo de opinião de Miguel Monjardino. Naquele continente onde 300 milhões de pessoas tentam sobreviver com pouco mais de 50 cêntimos por dia em cidades, vilas e aldeias assombradas por governos-vampiros e pelos fantasmas da fome e de doenças como o HIV/sida, malária e tuberculose. Todos os dias milhares destas pessoas morrem.
Apesar de Gordon Brown e Toni Blair considerarem que a redução da pobreza em África é uma das prioridades, na Escócia, a propósito da cimeira do G-8, os manifestantes lá dirão que os mais ricos nada fazem para combater a pobreza em África. É já um clássico.
Na Alemanha teve início uma enorme campanha de acção contra a pobreza. Os EUA, através da administração Bush, apesar de serem acusados de terem abandonado os pobres, têm sido extraordináriamente generosos com África como jamais alguma administração anterior o foi.
Uma coligação de políticos, músicos, académicos e intelectuais, de organizações não governamentais acha que pode acabar com este estado de coisas. Neste mês de Julho, promovido por Bono, Bob Geldof, Midge Ure, aconteceu o megaconcerto Live Eight assinalando o início da campanha Make Poverty History. Madonna convidou os presentes a iniciar uma "revolução".
Aquela coligação de gente subitamente iluminada e bem intencionada continua a falhar redondamente. As suas intenções de acabar com a pobreza em África revelar-se-ão, uma vez mais, um enorme fiasco.
Já em 1985, Bob Geldof organizou um megaconcerto, o Live Aid, para angariar fundos para socorrer as pessoas que estavam a morrer de fome na Etiópia. Como costuma acontecer nestas coisas, o dinheiro angariado nunca chegou a quem mais precisava. Como sabemos, vinte anos decorridos e a Etiópia continua a ser uma espécie de campeão da ajuda externa internacional. E é também paupérrimo e pessimamente administrado.
Lembrei-me então das nefastas acções de um ditador como Robert Mugabe que conduziu o Zimbabwe à ruína, à pobreza e à fome...
Entre 1960 e 2003 foram gastos mais ou menos 600 biliões de dólares (a preços actuais) para acabar com a pobreza em África. O resultado está à vista de todos. Salvo raras excepções, o Botswana, por exemplo, os resultados foram péssimos e os objectivos jamais atingidos.
Apesar dos rios de dinheiro canalizados para África durante as últimas décadas, a dura verdade é que muitos países são hoje mais pobres do que eram à data das suas independências.
Por mais ajuda externa que aconteça isso jamais significará menos pobreza. Se significasse, então África seria quase de certeza o continente mais rico do mundo.
As ajudas, essas certamente foram canalizadas para os bolsos dos caciques locais, de meia dúzia de imperadores tribais, que vivem à grande e sem respeito pela miséria dos seus povos. Claro, não podemos esquecer as várias comissões internacionais e respectivos elencos, que foram criadas para a “justa” distribuição das verbas. Ainda que num âmbito distinto (mas decorrente), atente-se a rica vidinha do português António Guterres, ele próprio é um dos que vive à farta com o vencimento pago pela respectiva comissão...
Li algo sobre o programa proposto pela mencionada coligação Make Poverthy History e pasmei: aquele adopta medidas que básicamente visam aumentar a pobreza. Isso mesmo. O aumento da pobreza! Ou não o serão medidas como o proteccionismo agrícola para os produtos africanos, o apoio a monopólios públicos em África, contra os esquemas de privatização e a favor dos padrões laborais, uma maneira de impedir a entrada no mercado daqueles africanos que são pobres mas que querem trabalhar e progredir. Lembro-me novamente do infeliz exemplo do ditador Mugabe...
Um programa com tais princípios básicos é uma verdadeira arma de destruição em massa. Citando Henryk Broder, colunista do jornal Alemão Die Zeit, todo este disparate pode ser resumido numa frase: “Pão para o mundo mas a manteiga fica aqui!”.
Assim, o resultado deste Live Eight arrisca-se a ser o mesmo que o do Live Aid; o melhor mesmo é começar a pensar já no proximo concerto contra a pobreza em África...

Regresso!

Olá! Regressei!
Qual furacão ou tempestade tropical... Foi só sol, água, calor, música caribenha, comidinha da boa, bebidas com fartura e muita tranquilidade...
Chego e levo logo com trabalho e ... com a porcaria do Mário Soares...
Este país devia ir a (longos) banhos...

Vou a banhos...

As malas ainda não estão feitas mas na 2ª feira vou a banhos... Até que enfim...
O ano tem sido desgastante, mas esta semana foi de sufoco; fecho de semestre, contas, planos, relatórios, estatísticas, CMVM e quejandos... uuuffff

Antes de partir deixo apenas umas observações acerca de recentes palhaçadas mouriscas:

Rui Rio, besta negra desta Mui Nobre Cidade, lá vai fazer a sua corridinha de carros antigos, e o povo é que paga... Para piorar o cenário, consta que se vai recandidatar: livra!!!!!
Qualquer dia abro o livro sobre o que penso deste mouro disfarçado...

Sócrates, outro mouro, lá vai dando o dito por não dito; é só mentiras... Não aumentava impostos, mas aumentou, criticava os outros partidos quando detinham o poder, porque usavam esse poder para nomear, empregar e oferecer tachos aos amigos, e ele nomeia a dobrar.
Estes políticos são todos da mesma cepa: má! muito má!

O país arde. Todos os anos é a mesma coisa. Os tais palhaços políticos prometem que no ano seguinte tudo vai mudar. É verdade; o que resta da mancha verde passa cada vez mais a escura...

Os mouros terroristas lá vão semeando a morte: dizem eles que o seu Deus é um Deus da Vida. Só se fôr de vida após a morte...

O campeonato de futebol ainda não começou, mas os mouros vermelhos da segunda circular já são campeões, pelo menos a julgar pela patética imprensa moura... É mais do mesmo, está visto...

Felizmente vou descansar (num paraíso, se o Furacão Dennis deixar... ).

Até breve!

punta cana