Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Da notícia à manchete - critérios mouriscos

1. A propósito do jogo Nacional-Benfica de 2003/04, sabia-se que existia uma queixa por parte dos encarnados procurando implicar num “arranjinho” o presidente do Nacional – Rui Alves –, o árbitro Augusto Duarte e... Pinto da Costa. Um jogo cujo resultado (3-2 a favor dos madeirenses) o “Correio da Manhã” curiosamente considera que “na prática, afastou (a equipa da Luz) da luta pelo título” porque – explica – “o Benfica tinha nove pontos de atraso até essa 25ª jornada mas, a partir dessa derrota ficou a doze pontos do líder da competição, o FC Porto, que viria a sagrar-se campeão”! Está-se mesmo a ver: sem os três pontos perdidos na Choupana, aquele campeonato estava no papo dos benfiquistas. Assim...
2. Só que (e voltando à queixa contra Rui Alves, Augusto Duarte e Pinto da Costa), o que é que sucedeu? Pois bem, o presidente portista foi ilibado pelo Ministério Público, isto apesar da manchete do referido “CM”, que ontem (em caixa alta) rezava assim: “Ministério Público dá razão ao Benfica”! Misturando de resto esse título com uma foto de Maria José Morgado e Baltazar Garzón, e a seguinte chamada, bem destacada a vermelho: “Combate à corrupção”. Ao lado, entalada a um canto, uma pequena foto de Pinto da Costa, com esta espécie de legenda: “Ministério Público acusa árbitro e presidente do Nacional em jogo decisivo” (o tal da diferença dos 9 para os 12 pontos...) “que o Benfica perdeu, mas” (vá lá!)... “iliba Pinto da Costa”. Sorte pois a de quem esmiuçou a sério a capa do “CM”, pois doutra forma ainda acabava por ficar pela manchete, pelo “combate à corrupção”, pela confusão das fotos, não dando sequer conta de que “a razão do Benfica” não tinha afinal sido assim tão total... Nem a razão do Benfica nem a da manchete, é claro. Mas fica para outra.

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