Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Eu fui ver: "The Number 23"

Opinião de Ricardo Clara

Começam a ser cada vez mais recorrentes fitas com temáticas cabalísticas, grupos de números que somados dão resultados iguais: na esteira cristã, 7 (que significa a perfeição – em sete dias Deus criou o Universo), o 3 como resultado da Santíssima Trindade, e um sem número de outras ligações que são constantemente feitas com base na numerologia. “The Number 23” vem novamente oferecer mais uma tese da importância do número 23 na sociedade, enquanto aglutinador da vida de Walter Sparrow (Jim Carrey).
Sparrow, por iniciativa da mulher Agatha (Virginia Madsen), começa a leitura de um livro com o nome homónimo desta película, e cedo se apercebe que a narrativa, ainda que a decorrer num ambiente diferente, se assemelha (em muito) à sua vida. Começa então uma cruzada de obsessão, partilhada entre o misterioso livro que carregava e o número 23, que acreditva encontrar em qualquer situação que lhe surgisse – terminando com descobertas impressionantes.
JFK foi assassinado a 22 de Novembro; 9/11 2001, 9+11+2+1= 23, e muitos mais exemplos se poderiam dar. Coincidência ou não, estas particularidades despertam sempre alguma curiosidade, até porque transmitem uma aura de misticismo a qualquer conversa ou, no caso, a um filme. Mas já se assistiram a imensas obras de ficção que abordam esta temática – não fosse o “Da Vinci Code”, em parte, um óptimo exemplo da profusão de material nesta matéria. Bem filmado na opção da narrativa paralela – onde Walter é Fingerling e Agatha é Fabrizia – surge um ambiente noir (que curiosamente me fez recordar um videojogo intitulado “Max Payne”, que aguarda adaptação cinematográfica), sendo esses momentos que conseguiram acordar-me da letargia que o resto do filme oferece, onde nunca me envolvi e, especialmente, nunca acreditei. Há – e também muito por culpa da interpretação de Carrey – um défice de credibilidade na película, com cenas dramáticas muito forçadas, tentando ser aquilo que não consegue, sendo exemplo máximo desta permissa o falhanço redondo do anticlimax a que assistimos no final. Destaca-se ainda assim, pela positiva, a frescura de Virginia Madsen e a abordagem da referida narrativa paralela por Schumacher.


Título Original: "The Number 23" (EUA, 2007)
Realização: Joel Schumacher
Argumento: Fernley Phillips
Intérpretes: Jim Carrey, Virginia Madsen e Lynn Collins
Fotografia: Matthew Libatique
Música: Harry Gregson-Williams
Género: Drama / Mistério
Duração: 95 min.
Sítio Oficial:
http://www.number23movie.com/

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