Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

A verdadeira promessa do PS é levar o país de novo à falência

Os socialistas andam muito caladinhos sobre o drama grego. Não dizem nada sobre as negociações, a falta de acordo, as propostas que não são propostas do governo de Atenas, o descalabro em que caiu a economia grega nestes seis meses com a extrema-esquerda no poder. António Costa e companhia querem passar entre os pingos da chuva e tentam que os portugueses esqueçam o entusiasmo bacoco do bando do Largo do Rato quando o Syriza ganhou as eleições em Janeiro com promessas eleitorais absurdas que seriam pagas pelos portugueses e os restantes cidadãos que andam com euros nos bolsos. Para o PS, o Syriza ia ser o farol da nova Europa, a vanguarda na luta contra os neoliberais conservadores e sociais -democratas, irmãos dos socialistas do Rato, que impuseram aos países europeus disciplina nas contas do Estado, reformas no trabalho e na segurança social, controlo sobre as dívidas públicas e privadas.

Em poucas palavras, estabeleceram as regras básicas para os estados serem sustentáveis sem asfixiarem as pessoas e as empresas com cargas fiscais obscenas e castradoras da economia. Para os socialistas do Rato, o Syriza ia ser o cavalo de Tróia que ia destruir a fortaleza neoliberal de Angela Merkel, François Hollande e companhia. O sorriso basbaque de Costa foi ficando cada vez mais amarelo à medida que os meses passavam e os Tsipras e Varoukafis iam esbarrando semana a semana, mês a mês, na intransigência europeia de ceder ao despesismo, ao laxismo, à desbunda dos défices e das dívidas públicas.

O Syriza passou rapidamente de cavalo para burro e os socialistas do Rato voltaram a ser os meninos bem-educados que seguem à risca as instruções dos seus irmãos social-democratas e socialistas alemães, holandeses e franceses, aliados dos terríveis neoliberais que depois da crise de 2009 aprenderam a lição e impuseram regras rígidas aos países da zona euro. Os solidários socialistas portugueses, que andaram por aí a dizer que eram muito gregos na hora da vitória eleitoral do Syriza anti-austeridade, limitam--se agora a dizer, pela voz do seu inenarrável líder parlamentar, que vão alterar o brilhante programa eleitoral e talvez a genial agenda para a década no caso de a Grécia voltar a cair na bancarrota e ser posta fora do euro. Nem um pesar, uma lágrima, um suspiro, uns olhinhos tristes na hora da desgraça e da despedida. Mas se lá para fora os socialistas do Rato juram aceitar as regras europeias, os tratados orçamentais e a disciplina nas contas públicas, cá dentro a música é outra.

Para chegar ao pote, custe o que custar aos portugueses, o PS de António Costa promete sol na eira e chuva no nabal, garante que vai repor o horário de trabalho nas 35 horas semanais, aumentar e alargar o âmbito das prestações socais, cortar a TSU dos trabalhadores, aumentar salários e reduzir impostos, estourar milhões em investimento público, reverter as privatizações nos transportes públicos e esvaziar os cofres que, apesar de tudo, estão agora cheios depois de muitos aumentos de impostos e de muita austeridade imposta por esta coligação à grande maioria dos portugueses. Verdadeiramente, o que o PS propõe aos indígenas, com os mesmos senhores e senhoras de 2011, é levar o país de novo à falência. É por isso que em Outubro, na hora de pôr a cruz no boletim de voto, importa ter a memória fresca e jogar pelo seguro. Para pior já basta assim.  (António Ribeiro Ferreira, aqui)

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