Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Já podes visitar o arco da Ponte da Arrábida



Não se recomenda a quem tenha vertigens, mas não se trata de uma prova radical. A garantia é da Porto Bridge Climb que quer oferecer a “vista mais secreta da cidade” a partir da Ponte da Arrábida

O arco da Ponte da Arrábida é, à sua maneira, um arco do triunfo. A partir de 24 de Junho, o arco passa a poder ser vencido a pé, escada a escada. Para isso, será preciso subir 262 degraus que prometem levar os visitantes à “vista mais secreta da cidade”.

A ideia nasceu na cabeça de Pedro Pardinhas há quase dois anos. O fundador da Porto Bridge Climb levou a proposta à Infraestruturas de Portugal (IP). “A ideia original nem era esta. Tinha a ver com a reactivação dos elevadores da ponte”, conta o antigo estudante da Universidade do Porto ao JPN. O projecto era demasiado caro pelo que “surgiu esta ideia alternativa, mais barata, mais prática e mais voltada para o turismo, que depois foi possível concretizar”.

A IP concessionou o acesso à empresa, que pagará um custo pela sua utilização. “Eles têm um interesse económico nisto, mas também viram aqui um interesse de abrir um monumento nacional à comunidade”, explica Pedro Pardinhas.

Foram precisos dois anos e muita “teimosia” para lograr o pretendido. Além da IP, foi necessário o aval da Direcção-Geral do Património Cultural, uma vez que a Ponte da Arrábida é monumento nacional desde 2013.

Isto não é “um desporto radical”
A visita guiada vai fazer-se por etapas, com grupos pequenos, até 14 pessoas por visita, 200 no máximo por dia. O uso de um arnês é obrigatório. “Instalámos equipamentos de segurança certificados. Temos lá montadas duas linhas de vida, cada uma comporta sete pessoas. As pessoas vão usar arneses – também são equipamentos certificados – e é isso”. Em causa, garante, não está uma actividade radical, mas o exercício não se recomenda a quem tenha vertigens.

“Já fiz aquilo muitas vezes e já lá levei pessoas que nunca fizeram desportos radicais, como a minha mãe ou outros amigos. Aquilo é mesmo subir umas escadas e descer umas escadas. É lógico que temos de ter um sistema de segurança para evitar que as pessoas se coloquem em risco”, descreve, para concluir à frente: “Não é para toda a gente, mas não é de forma nenhuma só para quem faz “bunging jumping” ou "rappel". É para pessoas que não têm problemas com subir e descer escadas. E que não têm vertigens”.

O programa definido inclui uma exposição sobre as pontes do Porto, incluindo a Ponte da Arrábida e o seu projectista, Edgar Cardoso, um tempo para tirar fotografias a que se segue a descida. “São visitas de curta duração. Entre o momento que se veste o arnês e se despe o arnês deve decorrer menos de meia-hora”, conta.

Os bilhetes ficam à venda a partir do dia 24, por um valor promocional de 9 euros. Será o período de pré-abertura. A inauguração oficial está agendada para 9 de Julho. Tempo para ultimar o que ainda está por fazer. “As condições de segurança estão asseguradas, mas há instalações complementares que ainda não estão prontas, como a recepção”, explica.

“Diria que o projecto procura respeitar a grande obra de arquitectura e engenharia que marca o Porto há 53 anos, mais sete de construção”, reflecte o empreendedor. “A nossa actividade assegura uma manutenção diária dos acessos ao arco, revalorizando um bocadinho da cidade que estava vedado ao público”, remata. [daqui]

Dados:
— É considerada uma obra-prima da engenharia de pontes.
— Foi inaugurada a 22 de Junho de 1963.
— Quando foi concluída, em 1963, constituía a ponte em arco de betão armado com maior vão em todo o mundo, com 270 metros.
— Foi a primeira ponte sobre o Douro integralmente concebida, projectada e construída pela Engenharia Portuguesa.
— O seu projectista, Edgar Cardoso, notabilizou-se como projectista de pontes.
— É monumento nacional desde 2013.

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