Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Vídeos que dizem “América primeiro, católicos brancos em segundo” (*)

 
O slogan America first (América em primeiro lugar) do Presidente Trump originou uma série de vídeos de vários países1 produzidos por estações de televisão nacionais, apelando a que o seu respectivo país venha, então, em segundo lugar após a América. Com efeito mais ou menos cómico – e alguns conseguem ter piada em alguns pontos -, usam referências culturais e folclóricas de forma auto-depreciativa e crítica esquerdista ao que pretendem associar à acção governativa de Trump. É neste último ponto que o humor falha: para um progressista conseguir criticar Trump tem que recorrer à caricatura pura (o que não tem mal), já que, esmiuçando as propostas do Presidente, estas em nada diferem no conteúdo proposto pelos progressistas fora do espectro de guerrilhas sociais. Portanto, é uma sátira à forma, não ao conteúdo, daí serem populares entre pessoas que vêem programas do tipo Got Talent.
O que pude reparar em todos os vídeos é que não há um único que, para representar o seu país, recorra a imagens de mesquitas, de indivíduos barbudos de origem árabe ou de mulheres vestidas como apicultoras. Pelo contrário, vi referências a igrejas, ao carnaval, a nudistas, ao consumo de álcool, a mulheres descritas como “boas”, a diversão, desporto, entretenimento, homossexualidade… referências tipicamente europeias, oriundas da tradição iluminista que tarda em chegar ao mundo árabe. Portanto, estes videos que pretendem caricaturar Trump, limitam-se a caricaturar o multiculturalismo, ideia de que fogem como um leproso foge da Isabel Moreira, e, em última instância, à própria falta de valor cultural da população muçulmana para os diferentes países.
Quod erat demonstrandum.


1 Vídeos também aqui, no Observador, em português.

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