Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

O delfim (*)

(*) por Luís Menezes Leitão, em 12.02.18 no DELITO DE OPINIÃO

Há muito que se sabe que Fernando Medina é o delfim de António Costa e que o PS o anda carinhosamente a preparar para assumir uma futura liderança. Precisamente por esse motivo Medina beneficia de um espaço televisivo semanal e o parlamento está sempre disponível para aprovar todos os disparates que ele propõe, como a lei de salvaguarda de lojas históricas à custa dos proprietários dos imóveis. A verdade, no entanto, é que quem decide a viabilidade dos estabelecimentos, históricos ou não, é o mercado, como o parlamento acaba de comprovar ao assistir ao encerramento da sua própria papelaria. Mas, como é típico de qualquer socialista, desde que sejam os outros a pagar está tudo bem. Como bem salientou Margaret Thatcher, o problema do socialismo é que ele acaba quando acaba o dinheiro dos outros.
 
É por isso que Fernando Medina, que à sua responsabilidade decidiu inventar uma absurda e inconstitucional taxa de protecção civil, que o Tribunal Constitucional prontamente chumbou, agora diz que quer processar o Estado pela taxa que ele mesmo decidiu criar. Para Fernando Medina, uma lei que lhe permite lançar taxas por serviços prestados na protecção civil é uma lei que lhe permite cobrar uma taxa mesmo sem prestar serviço algum. E é óbvio que a responsabilidade pelo que aconteceu é do Estado, uma vez que a lei tinha sido criada "ad usum delphini", pelo que o delfim nunca pode ser responsabilizado pelo (mau) uso que dela faz.
 
E assim se consegue atingir o esplendor do socialismo. Se a Câmara de Lisboa abusou dos seus munícipes, cobrando-lhes uma taxa ilegal e inconstitucional, é óbvio que a responsabilidade por esse buraco de 80 milhões de euros tem que ser passada para o Estado. E até é provável que o parlamento e o governo, tão amigos que são de Fernando Medina, lhe venham a dar razão, fazendo assim com que sejam os munícipes de todo o país, desde o Corvo a Bragança, e incluindo o Porto, Coimbra, Faro, etc., etc., cujos municípios nunca lançaram qualquer taxa de protecção civil, a pagar as pseudo-taxas inventadas pelo autarca de Lisboa. É por isso que Fernando Medina é o melhor candidato a futuro líder do PS, uma vez que sabe ficar com o dinheiro dos outros como ninguém. Se os munícipes de Lisboa, que o elegeram para presidir à sua câmara, não estão dispostos a pagar as suas pseudo-taxas, chamem-se os munícipes do resto do país para pagar a factura. O delfim Fernando Medina é um verdadeiro socialista.

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