Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

11 razões para o boifica estar atento (e preocupado) com a crise no zporten

Investigações ao clube encarnado não pararam: toupeiras, Lex, emails, árbitros e jogos de futebol continuam na mira de MP e da PJ





Alegados subornos a árbitros de andebol e jogadores de futebol, agressões de adeptos em Alcochete, duelo entre dirigentes e a Justiça. O Benfica tem razões para não desprezar a crise vivida no Sporting nas últimas semanas. Também o clube da luz é alvo de investigações por parte do Ministério Público e da Polícia Judiciária. Algumas delas podem terminar em acusação e até em julgamento. O Expresso enumera as maiores dores de cabeça do clube com a Justiça

1. Toupeira
José Augusto Silva, técnico do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça, é a chave na operação e-toupeira. Trata-se de um caso em que se investiga uma teia de corrupção que passaria pela consulta ilegal de processos-crime relacionados com o Benfica por parte do funcionário judicial do tribunal de Guimarães. Este benfiquista ferrenho, que está em prisão preventiva, terá passado informação que se encontra em segredo de justiça a Paulo Gonçalves, assessor jurídico do clube e também arguido no caso. José Augusto Silva chegou a usar a password de uma procuradora do DIAP de Lisboa para aceder às investigações. Está em prisão preventiva desde 8 de março, altura das buscas da PJ e MP.

2. Arguido a dobrar
Paulo Gonçalves é para os investigadores da PJ e procuradores do MP um dos suspeitos principais da operação e-toupeira. Em junho de 2017 terá pedido a José Augusto Silva para aceder ilegalmente ao Citius, plataforma informática interna utilizada pelos agentes da Justiça, de forma a seguirem de perto o cerco montado pelas autoridades ao clube da Luz. Mas o assessor jurídico dos encarnados é ainda arguido no caso dos e-mails desde outubro de 2017.

3. Mais toupeiras?
O "Jornal de Notícias" garantiu esta semana que a investigação ao caso e-toupeira tem mais dois arguidos, também eles funcionários judiciais. Uma informação que não foi confirmada pelo Expresso. Sabe-se que este processo tem estado parado por questões formais. Mas é um dos que mais preocupa os encarnados, já que os indícios encontrados pelas autoridades são suficientemente fortes para o caso terminar com condenações.

4. O caso mais espiado
O MP tem fortes suspeitas que José Augusto Silva acedeu ilegalmente a vários inquéritos relacionados com o Benfica: o caso dos e-mails, por 200 vezes, foi o que mais vezes terá espiado. Mas tudo terminou a 29 de janeiro deste ano. Curiosamente, ou não, no dia seguinte realizaram-se as buscas da Operação Lex, a casa de Luís Filipe Vieira, do juiz Rui Rangel e no estádio da Luz. A toupeira terá ficado com receio de ser apanhada e não mais entrou ilegalmente no Citius.

5. E-mails sob suspeita
A investigação aos e-mails trocados por dirigentes do Benfica, em que são mencionados alegados favorecimentos na arbitragem a favor do Benfica, está a cargo da unidade que combate o cibercrime na PJ. O Expresso sabe que tem havido diligências recentes no caso. Muita da informação tem sido no entanto divulgada em blogues afetos aos dois clubes rivais, o que pode estar a dificultar o trabalho dos investigadores. Tudo partiu de uma denúncia anónima a 19 de Outubro de 2017 mas só há um arguido: Paulo Gonçalves

6. Juízes encarnados
Um dos casos mais recentes e surpreendentes, e que envolve o próprio presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, é a Operação Lex. O dirigente máximo dos encarnados é suspeito de ter pedido ao juiz desembargador Rui Rangel para agilizar um processo pendente no Tribunal de Administração Fiscal de Sintra. Em troca, terá prometido ao magistrado do Tribunal da Relação de Lisboa um cargo na Universidade do Benfica. A investigação tem indícios de que Rangel prometia resolver processos, alguns deles fora da sua jurisdição, mas acabava por nada fazer. Também a magistrada Fátima Galante (sua ex-mulher) é arguida neste processo, estando ambos suspensos de funções.

7. Treze arguidos
São treze os arguidos na Operação Lex, sem dúvida o caso ligado ao Benfica com maior número de suspeitos formais. Além de Luís Filipe Vieira, Rui Rangel e Fátima Galante, também o vice dos encarnados Fernando Tavares, três advogados e um oficial de justiça da Relação estão no rol dos arguidos.

8. Jogos de futebol à lupa
O MP e a PJ investigam todos os jogos de futebol das últimas cinco épocas disputados pelo Benfica. O clube diz-se de consciência tranquila e pediu às autoridades que investiguem também os rivais FC Porto e Sporting. Algo que, à luz do que veio a público nas últimas duas semanas, é o que está acontecer, pelo menos no universo leonino.

9. O empresário mais falado
Francisco J. Marques, assessor do FC Porto, lançou o nome de um empresário que estaria a aliciar jogadores de futebol a favor do Benfica durante a última temporada. O referido empresário respondeu nas redes sociais e nos jornais desportivos que esperava ver Francisco J. Marques explicar as "imputações referidas". Desconhece-se se já foi ou não ouvido pela PJ.

10. O caso que esfriou, parte I
Em Agosto de 2015, a PJ fez buscas na Luz um mês depois de deter o motorista de Luís Filipe Vieira, apanhado a transportar quase dez quilos de droga. As autoridades monitorizaram a entrada e saída de colombianos na Porta 18 (nome da operação) mas nunca chegaram mais longe. "Nada a ver com o Benfica", ressalvou o assessor da Luz na altura.

11. O caso que esfriou, parte II
Bruno de Carvalho denunciou as prendas dadas pelo Benfica a árbitros dos seus jogos: kits Eusébio e vouchers de refeição. Desde 2015 que a PJ investiga o caso, que parece ter entrado num limbo. A Justiça desportiva não deu razão ao Sporting, arquivando o processo.

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