Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Os Piratas em Leça da Palmeira: PROGRAMA 2018

De 6 a 8 de Julho, reconstituição histórica “Os Piratas” devolve as imediações do Forte de Nossa Senhora das Neves ao tempo dos corsários.


A recriação histórica dos Piratas em Leça da Palmeira surge com o objetivo de recriar uma fase dominada por corsários e gentes bravas que se debatiam em mar e terra pela defesa dos seus parcos recursos.

Um dos pontos altos que aqui se apresentará assenta num episódio verídico que envolveu as populações de Matosinhos e de Leça nos confrontos com embarcações inglesas no final do sec. XVI, sobretudo nas frutuosas operações de contrabando. É que em Matosinhos, graças aos célebres Leixões – rochas que formavam uma espécie de enseada natural, servindo de abrigo natural às embarcações – começava uma dinâmica portuária que teria continuidade no futuro. Durante esse tempo circulavam muitos rumores de invasões de piratas e houve muitas ocasiões de prevenção de possíveis assaltos. O aviso referia quase sempre a chegada iminente de piratas e corsários luteranos.


Nesta recriação será percorrida a época moderna com início no século XVI até ao tempo áureo da pirataria, entre finais do século XVII e o século XVIII. Este tempo, que imortalizou os corsários e piratas das caraíbas, também fez desgastes na costa portuguesa. Nessa altura, Matosinhos já se afirmara como um porto importante, intimamente ligado à cidade do Porto, e os seus navios eram uma peça fundamental no conjunto económico da região.

Estes serão alguns dos episódios a retratar – roubar e cativar os incautos passeantes das praias, então muito desprotegidas, ou marinheiros dos barcos apresados – conduzindo os visitantes ao encontro de quotidianos marítimos que a tradição e o património oral ainda guarda com temor e orgulho deste passado náutico.


A recriar o mercado de outros tempos, decorrerão, em permanência, várias atividades lúdicas – música, canto, dança, malabarismo e acrobacia, jogos de destreza, espetáculos com aves, treino de armas, etc.. Do mesmo modo, das tabernas e tendas do mercado ecoarão os pregões e os ditos de incitamento ao comércio. Os penetrantes aromas do peixe e carne a serem grelhados atrairão os famintos e os sequiosos. As mais variadas personagens cruzar-se-ão pelo mercado: almocreves e bufarinheiros, mendigos e marinheiros, carregadores e aguadeiros, cativos e escravos, poetas e vendedores de sonhos e ilusões, a fidalguia, a burguesia, o povo do norte e o povo do sul, o reino de Portugal e o reino do Algarve, os mouros forros e os flamengos, os ingleses e genoveses, os venezianos e os franceses, numa algarviada a que se sobrepõe a música dos tangedores e menestréis.

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