Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!
Um grupo de autarcas a Norte defendeu um novo referendo à regionalização feito a nível nacional mas com contagem de votos "região a região", defendendo aquele sistema com razões de "evolução de democracia" e de "inteligência do cidadão".
Em Vila Nova de Famalicão para uma conferência dedicada aos "Impactos da descentralização de competências para as Autarquias Locais", o independente Rui Moreira considerou que em Portugal "toda a gente quer descentralizar" mas que o país "está cada vez mais centralizado".
No mesmo momento, o autarca de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha (PSD), defendeu a regionalização apontando razões de "aprofundamento e evolução" da Democracia e o seu congénere de Vila Real, Rui Santos (PS), pediu "coragem" ao PS para colocar o assunto na ordem do dia numa próxima legislatura.
"É extraordinário que temos um país em que toda a gente quer descentralizar mas temos um país cada vez mais centralizado", disse Rui Moreira, para quem a questão deve ser discutida e votada num novo referendo, mas com regras diferentes do realizado em 1998, que acabou com a vitória do "não" à regionalização.
"Da maneira como foi feito o último referendo bastaria que uma região não quisesse para impedir que as outras fossem. Eu inverteria o modelo: se dentro de uma região, os cidadãos daquela região dissessem que querem a regionalização, essa avança", apontou.
Para Rui Moreira "seria mais democrático um referendo nacional mas depois contar o voto por região. Ou seja, nenhuma região poder ter o poder de veto", completou.
O autarca do Porto apontou o dedo aos partidos e ao poder politico para ainda não ter sido feita a regionalização, salientando que o cidadão comum sabe mais do que o próprio parlamento.
"O cidadão já percebeu no que é que acha que o presidente da câmara devia mandar e o presidente da câmara não manda. Basta isso. Isso é a inteligência do cidadão. O limite dos poderes do autarca estão bem definidos, as pessoas na rua sabem, só não sabe a lei, só não sabe o parlamento, não sabe o modelo politico", referiu, deixando ainda outra explicação.
"Como o poder político nacional abdicou de parte dos seus poderes de soberania a favor da União Europeia, não quer também ter que largar outro a favor do poder autárquico, é esta a razão", finalizou.
Para Paulo Cunha, a regionalização é também o caminho, até por uma questão de Democracia: "É minha genuína convicção que a regionalização é claramente um passo no sentido da evolução e do aprofundamento da Democracia em Portugal que vai trazer um maior retorno aos portugueses", afirmou.
O autarca de Famalicão defendeu também o referendo tem que ser nacional.
"O que acho que é desejável é que possamos segmentar o resultado. O referendo é nacional, as cinco regiões são referenciadas ao mesmo tempo, mas os resultados devem ser contados região a região de forma separada. Acho legítimo que o país possa andar a diferentes velocidades, não é problema nenhum", explicou.
Assumindo-se "regionalista convicto", o autarca de Vila Real espera igualmente que o tema da regionalização volte à berlinda: "Participei no referendo ainda muito novo, que infelizmente perdemos e estarei disponível para ajudar que na próxima legislatura essa realidade possa acontecer em Portugal", deixando um apelo ao partido em que milita.
"Espero que o Partido Socialista tenha coragem para agarrar esta bandeira", pediu.
No dia 29 de Janeiro de 1975, às 12,30 horas, o super-petroleiro dinamarquês Jakob Maersk, embateu numa rocha quando tentava entrar no Porto de Leixões. Segundos após o embate a casa das máquinas explodiu, partindo o navio de 85 mil toneladas em três e deixando-o em chamas e matando sete tripulantes.
Durante três dias, as 50 mil toneladas de crude arderam com chamas que atingiram os 100 metros de altura, enchendo a cidade de fumo preto e espesso, provocando intoxicações em muitas pessoas.
As zona central e a popa afundaram-se tendo a proa ficado a flutuar e dado à costa dias depois, para aí ficar durante 20 anos. As explosões partiram todos os tanques e reservatórios do petroleiro, tendo o crude ficado espalhado por uma grande extensão.
A colaboração entre o Ministro das Pescas, Marinha, exército, o armador (The Shell Oil Company) e parte da população local, permitiu que a poluição não atingisse níveis ainda mais graves. Cerca de 15 mil toneladas de crude deram à costa.
A OCDE estimou que a catástrofe tenha tido um custo de 2,8 milhões de dólares.
A proa do Jacob Maersk permaneceu bem perto do Castelo do Queijo durante duas décadas, tornando-se num triste memorial de uma das mais horríveis tragédias ocorridas no Porto na História recente. (copiado daqui)
Jornada mundial da juventude: Papa pode dar a Loures o "milagre" de tirar contentores das margens do Tejo
Os grandes eventos neste país acabam por ficar sempre em lisboagal, a corrupta cidade centralista e colonialista que mama sempre de todos os portugueses para meter no seu próprio cú!
Há uma nova rota a considerar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro e já está a ser operada. Porto e Cagliari, capital da Sardenha, ficam agora a pouco mais de duas horas de viagem, graças à companhia de baixo custo Ryanair.
Depois de a companhia irlandesa ter instalado, no ano passado, um hub no Aeroporto do Porto (ponto de referência para as escalas da transportadora área com ligação a vários destinos), o anúncio de novas rotas tem decorrido a bom ritmo.
Em Agosto de 2018, a Ryanair comunicava, de uma só vez, seis novas ligações:
Agora, verifica-se uma nova aproximação a Itália, mais propriamente à ilha da Sardenha, com voos semanais que vão ligar o Porto a Cagliari todas as segundas e quintas-feiras.
Esta aproximação despertou o interesse do Turismo da Sardenha, que lançou recentemente no Porto uma campanha de promoção junto do mercado português, sob o lema "Mais do que uma ilha". (daqui)
O presidente da Câmara do Porto está convencido de que só no início do próximo ano, depois de o país passar em 2019 por três eleições, é que se vai voltar a discutir a descentralização e a regionalização. Rui Moreira, que ontem à noite deu uma longa entrevista ao programa Júlio Magalhães, do Porto Canal, partilhou a sua opinião com 12 personalidades de diferentes sectores da Região Norte, não só sobre este tema, mas também sobre a afirmação do Porto-cidade, em áreas como a economia, cultura, habitação e turismo. Veja o vídeo da entrevista na íntegra.
A conversa, que teve lugar na Alfândega do Porto, estendeu-se durante duas horas e meia, com Rui Moreira a responder a todas as questões levantadas por empresários, políticos, dirigentes associativos e programadores culturais, que foram convidados a participar no debate pelo Porto Canal.
A descentralização foi o assunto que mais protagonismo assumiu, com várias questões a chegar da plateia. Num ano que vai ser marcado por três eleições (europeias, regionais na Madeira e legislativas), Rui Moreira acredita que, inevitavelmente, o tema descentralização só voltará à agenda política em 2020.
O país, lamenta, continua "impregnado pelo perfume centralista", sendo o processo Infarmed um dos casos mais paradigmáticos dessa aversão à mudança, que vem da própria administração pública. "Por isso sempre defendi que o modelo vai partir da reforma do sistema político. Nunca acreditei que fosse uma reforma da administração pública".
Mas, declarando-se "um optimista", o autarca acredita que a descentralização irá avançar um dia. "O Estado é cada vez mais exíguo. Já não é capaz de ocupar o território e chegar a todos. Portanto, é uma necessidade imperiosa".
Não pelo modelo atual, porque "aquilo que nos foi proposto não é descentralização nenhuma. É apenas fazer dos municípios 'tarefeiros' de funções que são do Estado central", considerou Rui Moreira, aludindo ao acordo entre o PS e o PSD, que foi feito ao arrepio das negociações que decorreram com os municípios na Cimeira de Sintra. Enquanto for presidente da Câmara, vai recusar esta "falsa descentralização que é um presente envenenado", como muitos outros autarcas dos partidos do "arco da governação" já consideraram.
"Provavelmente, o descontentamento vai chegar no voto" e, se os partidos ditos tradicionais não conseguirem interpretar isso, Rui Moreira acredita que o espaço político possa a vir a ser preenchido por novas formações políticas.
"As empresas da região são profundamente castigadas pelo centralismo"
Respondendo às questões de Paulo Nunes de Almeida, presidente da Associação Empresarial de Portugal" (AEP), o presidente da Câmara do Porto considerou que, pelo facto de ser no Norte que a economia é mais aberta e de ser nesta região que se encontra a maior capacidade exportadora, é penalizante que os centros de decisão estejam afastados de uma realidade que desconhecem.
Os efeitos desse centralismo, exemplificou, vêem-se na lista das maiores empresas devedoras à Caixa Geral de Depósitos; na decisão, que criticou há alguns anos, de instalar o Compete 2020 em Lisboa; no processo do 'Alexandre Herculano', em que o anterior Governo inscreveu a Câmara do Porto em verbas de fundos comunitários para reabilitar uma escola que não é gerida por si, sem o seu conhecimento.
"Tem havido um trabalho exemplar do Município junto do tecido empresarial e tecnológico"
A afirmação é de Luís Neves, presidente da Porto Tech Hub, outro dos convidados do painel que colocou questões a Rui Moreira, relacionadas com a descentralização e a regionalização e o seu efeito no fomento do empreendedorismo e da inovação.
"Quando temos uma estratégia para a economia, é no sentido da criação de competências e da facilitação daquilo que é a instalação e crescimento das empresas na cidade. Acho que descomplicámos muito a vida às empresas, também no sentido de criar um ambiente competitivo", disse o edil.
"A cultura não é o projecto de um presidente de câmara; é da cidade"
Ver novamente o Rivoli - Teatro Municipal do Porto com salas cheias é, para Rui Moreira, demonstrativo daquilo que a cidade quer para a cultura e da forma como confia ao Município a tarefa da promoção da cultura, assente num trabalho em rede com as estruturas da cidade.
"Devolver o Rivoli à cidade foi uma das nossas prioridades e cumprimos", afirmou.
Mas há mais. Projectos-charneira como o Cultura em Expansão ou o Festival Dias da Dança, já convertido em associação, modelo que permitirá que possa sobreviver "independentemente da linha política que vier a ser seguida no futuro", constatou.
Rui Moreira está convicto de que a criação da empresa municipal da Cultura permitirá ainda lançar outros projetos, por enquanto adiados, como as obras de reabilitação do Coliseu Porto Ageas ou a requalificação do Cinema Batalha.
"A cultura na Câmara do Porto já absorve mais de 3,5% do orçamento", quando no país ainda não atingiu 1%. Nesta equação, enquadram-se, por exemplo, os protocolos estabelecidos com a Fundação de Serralves, Casa da Música e Cooperativa Árvore, que rondam o investimento anual de 750 mil euros e são responsáveis pelo desenvolvimento de diferentes programas educativos.
Admitindo que não é ainda possível fazer tudo o que seria desejável, Rui Moreira explicou ao diretor do Museu da Imprensa, Luís Humberto Marcos, que "vimos de um tempo em que, basicamente, a Câmara do Porto não tinha nada [na área cultural] e a primeira prioridade tinha de ser tratar daquilo que é nosso".
Numa conversa que também abordou o turismo enquanto importante dinamizador da economia local, especialmente do comércio tradicional e de rua, o tema da habitação na cidade não ficou de fora.
Em 2017, pela primeira vez em quatro décadas, o Porto voltou a ganhar habitantes, embora o autarca reconheça que o tecido demográfico da cidade esteja envelhecido.
Além do trabalho contínuo de manutenção e requalificação do património municipal, o Executivo de Rui Moreira entende que a habitação para a classe média merece hoje respostas do setor público, como é o caso do maior programa nacional de habitação acessível lançado ontem no Porto. (daqui)
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