Pena de morte – “olho por olho” da sociedade

Discutir-se a pena de morte parece uma coisa de outros tempos.

Mas se me pus a pensar nisso foi por ter lido que foi executado o milésimo condenado na Carolina do Norte, desde 1976, quando a pena foi reintroduzida. E as execuções prosseguem a um bom ritmo, já que o número mil foi anteontem, e o mil e um foi-o ontem.

Não é apenas o facto de existirem, como todos sabemos, erros judiciais que num caso de pena de morte nunca poderão ser parcialmente corrigidos ( digo parcialmente porque mesmo com a proclamação de inocência o sofrimento por que se passou e os anos de vida perdidos não se anulam ) mas é o princípio em si mesmo que está em causa.

A Lei de Talião é o que está na base da pena de morte, e com o desenvolvimento da civilização ela deveria estar cada vez mais ultrapassada. Por algum motivo são tantos os países que aderem à sua abolição, e os que a mantêm são os mais primitivos /ou totalitários.

Será que se vai chegar ao dia onde apenas a América e a China ainda utilizem essa pena?

Infelizmente ainda estão muito ( mal ) acompanhados mas, por este andar, vamos lá chegar.