Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Ingenuidade e tragédia

O princípio da igualdade dos Estados na comunidade internacional tem pautado as relações internacionais nas últimas décadas, e permitido graves atropelos aos mais elementares direitos humanos.
Efectivamente, os Estados não são todos iguais e pretender tornar igual o que é diferente é um erro crasso, com consequências imprevisíveis a este nível. Na verdade, há Estados que respeitam a liberdade de expressão e outros não; há Estados onde existe liberdade política e noutros não; há Estados que reconhecem a igualdade dos sexos e outros não; há Estados que são ditaduras e outros não; há Estados que são laicos e outros não; há Estados que respeitam a propriedade privada e outros não; há Estados com instituições credíveis e respeitáveis e outros não; há Estados que tiranizam os seus povos e outros não.
Por isso, esta imensa cautela ocidental em lidar com Estados terroristas ou que são dominados por fanáticos e ditadores, como se fossem dirigidos por gente respeitável em quem se pode confiar, é, mais do que um absurdo provocado por traumas civilizacionais e ideológicos, uma negligência grosseira e perigosa. No tempo em que vivemos, as consequências de tamanha ingenuidade podem ser irreversíveis para o mundo livre. Ainda em plena guerra fria, Raymond Aron advertia que «les fanatiques ne manquent pas qui mettent la victoire de leur idéologie au-dessus de tout» («Paix et guerre entre les nations»). Parece que os países democráticos se têm esquecido disso nos últimos tempos. Como não ocorreu, em 1938, a Neville Chamberlain que as intenções de Hitler não fossem as melhores. De tal modo, que assinou com ele um célebre acordo de paz, o Acordo de Munique, em 29 de Setembro daquele ano. Poucos meses mais tarde, a 1 de Setembro de 1939, a Wehrmacht invadia a Polónia e, algum tempo depois, as bombas nazis caiam sobre Londres. Depois foi o holocausto.

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