José Saramago surge no Público (link indisponível) a criticar os autores das célebres caricaturas de Maomé, chamando-lhes «irresponsáveis» e afirmando que «um desenho pode ser como lançar gasolina sobre o fogo».
Foi este sensatíssimo Saramago quem publicou, vai para mais de uma década, um livro incendiário chamado «O Evangelho Segundo Jesus Cristo», que custou a demissão do então Sub-Secretário de Estado da Cultura, António de Sousa Lara. Lara, crente entre os crentes, manifestou-se fortemente incomodado nas suas convicções e julgando interpretar o sentimento religioso nacional, tramou o conceituado autor e a dita obra num qualquer concurso literário internacional.
O que não deixa de ser espantoso, vistos os acontecimentos à luz dos nossos dias, foi o facto da vítima de Saramago (o dito Lara), especialista em genealogia e heráldica, se ter publicamente declarado há alguns anos «descendente de Maomé».
Vistas as coisas assim, a ofensa de Saramago não deixa de ser uma ofensa ao Profeta, ainda que por via hereditária, com consequências dramáticas: o seu irresponsável livro lançou gasolina e fogo sobre as barbas do descendente do Profeta, que jámais recuperou politicamente do sucedido.
Estivesse eu no lugar do Nobel e teria outras cautelas com o que dizia e escrevia. Quando não, ainda leva com uma «fatwa» em cima.
Foi este sensatíssimo Saramago quem publicou, vai para mais de uma década, um livro incendiário chamado «O Evangelho Segundo Jesus Cristo», que custou a demissão do então Sub-Secretário de Estado da Cultura, António de Sousa Lara. Lara, crente entre os crentes, manifestou-se fortemente incomodado nas suas convicções e julgando interpretar o sentimento religioso nacional, tramou o conceituado autor e a dita obra num qualquer concurso literário internacional.
O que não deixa de ser espantoso, vistos os acontecimentos à luz dos nossos dias, foi o facto da vítima de Saramago (o dito Lara), especialista em genealogia e heráldica, se ter publicamente declarado há alguns anos «descendente de Maomé».
Vistas as coisas assim, a ofensa de Saramago não deixa de ser uma ofensa ao Profeta, ainda que por via hereditária, com consequências dramáticas: o seu irresponsável livro lançou gasolina e fogo sobre as barbas do descendente do Profeta, que jámais recuperou politicamente do sucedido.
Estivesse eu no lugar do Nobel e teria outras cautelas com o que dizia e escrevia. Quando não, ainda leva com uma «fatwa» em cima.
0 comentários:
Enviar um comentário