Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Contabilidade, por Jorge Maia

Sempre gostei do termo contabilidade criativa por desmentir aquela imagem do contabilista mangas-de-alpáca, pálido das horas passadas fechado no escritório onde vai definhando, agarrado à calculadora e às rígidas regras da matemática. A contabilidade criativa, como a expressão denuncia, exige criatividade e em doses generosas. De facto, é preciso ter muita imaginação para dar a volta a alguns números. Deco e Maniche, por exemplo, contribuiram activamente para um período de ouro da história do FC Porto, participando na conquista pelos portistas de dois títulos de campeão nacional, uma Taça de Portugal, duas Supertaças Cândido de Oliveira, uma Taça Intercontinental, uma Taça UEFA e, finalmente, uma Liga dos Campeões. Depois disso, foram transferidos, rendendo ao FC Porto 37 milhões de euros. Para ser mais específico, o Barcelona pagou 15 milhões em dinheiro por Deco e ainda deu Quaresma à troca, avaliando - ou sub-avaliando - o extremo em seis milhões de euros enquanto o Dínamo de Moscovo pagou 16 milhões de euros por Maniche. Ora, o Benfica teve os dois jogadores nos seus quadros, tendo participado na formação de ambos, facto que alegadamente lhe garante o direito a receber cerca de 800 mil euros, ao abrigo do artigo 21º do regulamento de transferências da FIFA. 800 mil euros, senhores, uma pequena fortuna. Ora, eu não sou contabilista, mas tenho a mania que sou criativo e, pelas minhas contas, - os 37 milhões de euros ganhos pelo FC Porto na transferência de ambos menos os 800 mil que os encarnados vão receber... - o Benfica terá perdido cerca de 36 milhões e 200 mil euros com Maniche e Deco, mais cêntimo, menos cêntimo, ao não ser capaz de os rentabilizar dentro de portas. Isso e mais não se sabe quantos títulos, golos e alegrias a que ninguém pode pôr um preço. Isso e mais não se sabe quantos títulos, golos e alegrias a que ninguém pode pôr um preço. Por outro lado, também é verdade que, se tivessem ficado no Benfica, ninguém garante que chegassem a render tanto. Afinal, quando saíram, já estavam emprestados ao Alverca, o que levanta outra questão. Não será o Alverca credor de algum desse dinheiro?

Franciscanos Assis e assado
A última parte da herança deixada pela Comissão Disciplinar dirigida por Gomes da Silva fez ontem a sua última vítima na pessoa de Nuno Assis. Os óbvios erros processuais cometidos pela CD e a que o Benfica tão afanosa e avisadamente se agarrou para o recurso apresentado na Federação, acabaram por resultar no afastamento de Nuno Assis até ao final da presente temporada por decisão do Tribunal Arbitral do Desporto. Já agora, ninguém reparou na presença de Gomes da Silva entre os convidados do Benfica durante as deslocações da última campanha dos encarnados na Liga dos Campeões, enquanto processo de decidia na CD? Por falar em tráfico de influências...

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