Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

A última tentativa, por Jorge Maia

Vítor Pereira continua desesperadamente a tentar tornar o campeonato um pouco mais interessante, agora que está tudo a ficar decidido e a escapar ao seu controlo. Na semana passada, o solícito presidente da Comissão de Arbitragem nomeou o pouco menos que desconhecido Cosme Machado para a recepção do FC Porto ao Nacional e o facto é que o árbitro de Braga correspondeu amplamente às expectativas que foram depositadas nele, nomeadamente ao anular um golo limpo a Lisandro López logo aos 11 minutos do primeiro tempo. Pelas contas do presidente da CA, deve ter sido apenas o 15º erro de arbitragem com influência no resultado esta temporada. Nada que lhe tire o sono. Esta semana, para a decisiva deslocação dos campeões nacionais a Paços de Ferreira, Vítor Pereira resolveu escolher Paulo Paraty. Paulo Paraty é internacional e é do Porto, o que elimina à partida duas das críticas que têm sido feitas às escolhas do presidente do CA para os jogos dos portistas quando comparadas com as dos rivais de Lisboa. Mas levanta outras questões. Acontece que Paulo Paraty foi visto na última temporada a jantar no restaurante "O Sapo", em Penafiel, na companhia do ex-árbitro Devesa Neto pouco tempo depois de este ter estado no mesmo local com o então responsável pelo futebol benfiquista, José Veiga. De resto, os desencontros entre o FC Porto e Paulo Paraty já vêm de longe, e incluem a expulsão de Deco num jogo com o Boavista por ter jogado a bola descalço ou um processo instaurado pela Liga a José Mourinho na sequência de uma queixa apresentada por Paulo Paraty. E porquê? Porque, vejam lá a coincidência, no final de um Paços de Ferreira-FC Porto, José Mourinho falou em "batota", referindo-se à forma como os jogadores pacenses teriam tentado perder tempo com a complacência do árbitro. No entanto, é este douto e insuspeito juiz que o presidente da CA considera avisado nomear para um jogo com a intensidade e carácter decisivo do Paços de Ferreira-FC Porto. Claramente, mesmo sem ter começado a época de incêndios, há quem não resista a brincar com fósforos e gasolina.

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