Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Estava agora a olhar para ele: o calendário


Segundo reza a lenda, o calendário romano foi criado por Rômulo, o fundador de Roma, 753 anos antes de Cristo.Nesse calendário lunar a contagem dos anos tem início em 1 AUC (Ab Urbe Condita), da fundação da cidade. O ano compreendia 304 dias e tinha 10 meses: Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quintilis, Sextilis, September, October, November e December.

Por volta de 700 AC, o segundo Rei de Roma, Numa Pompílio, acrescentou dois meses ao início do calendários, Januarius e Februarius, ampliando o ano para 355 dias. Isso fez que os meses cujos nomes indicavam posição na sequência do calendário perdessem o sentido original. Setembro, de sétimo, outubro, de oitavo, novembro, de novo e dezembro, de décimo.Os dias do mês não eram identificados por números como hoje, mas divididos em três partes: calendas, nonas e idos. Daí a expressão idos de março, que corresponde a 15 de março. Calendas era o primeiro dia do mês.

Como o calendário de 355 dias rapidamente se desalinhava das estações, passaram a ser intercalados meses para correção. Mesmo assim, foi acumulado desvio tão grande que o imperador Júlio César ao retornar do Egito, determinou sua reforma. O equinócio civil diferia 3 meses do astronômico, os meses de inverno caiam no outono e os do outono no verão.

Assistido pelo astrônomo Sosísgenes, estendeu o ano para 445 dias, ultimus annus confusionis e a partir de 1° de janeiro de 45AC, calendas de Juanuaris, ou, 708 Ab Urbe Condita, Roma ganhou novo calendário. No calendário juliano o primeiro dia do ano passou de março para janeiro e o total de dias foi aumentado de 355 para 365, com 1 dia extra adicionado a cada 4 anos. Esse dia adicional caia em fevereiro. Não no final desse mês, mas antes do sexto calendas (dias 25), chamado por isso de bis-sexto calendas.

Em honra a césares o senado romano mudou o nome do mês Quintilius para Julius (julho) e Sextilius para Augustus (agosto). Durante os próximos séculos coexistiram três formas de nomear os dias do mês, a romana, com calendas, nonas e idos, a numérica, 1° a 28, 29, 30 ou 31 e a mais popular, atribuindo nomes de santos e de festas a cada um. A Europa cristã, que sucedeu o Império Romano, adotou o calendário de Júlio César e no Concílio de Nicéia, em 325 DC determinou a data da Páscoa, o primeiro domingo depois da primeira lua cheia do equinócio da primavera.

Apontada data inexata para o equinócio, não só a Páscoa mas várias importantes comemorações religiosas cristãs seriam celebradas em dia errado. Na época do Concílio de Nicéia, em 325 DC, o equinócio caia em 21 de março. Por volta de 1500 DC havia sido trazido pelo calendário para 10 ou 11 de março, um escândalo. Em 24 de fevereiro de 1582, 1627 anos depois de proclamado o calendário de Júlio César, o Papa Gregório XIII assina a bula que dá origem ao calendário gregoriano, de 365 dias, 5h 48m20s, em uso até hoje.

A ocasião do equinócio foi corrigida pela eliminação de 10 dias do ano anterior, retornando o evento para 20 de março. No calendário gregoriano, temos três anos de 365 dias seguidos por um de 366 dias, denominado bissexto. De 400 em 400 anos, três anos bissextos são suprimidos. Imediatamente aceito nos países católicos, entretanto só foi aceito pela Grã-Bretanha e colônias, em 1752, Japão em 1873, Rússia em 1923 e pela China em 1949.

Algumas nações que adotavam o calendário juliano, mantinham a comemoração do ano novo em 25 de março, estendendo a festividade até o primeiro de abril. Entre elas, a Inglaterra e a França. Com a adoção do calendário gregoriano, o ano novo passou oficialmente para 1° de janeiro. Como os menos avisados continuassem a festejá-lo segundo o costume antigo, 1° de abril ficou conhecido como o "dia dos tolos" - ou o "dia da mentira".

Aprimorado e agora universal, nosso calendário ainda traz erros em relação ao ano solar verdadeiro: 25,96768 segundos por ano. Isso significa que em 4.909 DC, estaremos adiantados um dia inteiro.

O Dia:

Em 1884 foi realizada em Washington, nos Estados Unidos, conferência internacional que determinou que nosso planeta haveria um único Dia Universal, com início à zero hora GMT (Greenwich Mean Time), de Greenwich, Inglaterra. Portanto, a passagem do milênio universal ocorreu à zero hora de Greenwich. Foram estabelecidas ainda 25 zonas horárias, tanto a leste quanto a oeste de Greenwich e a Linha Internacional de Data.

Quem vive ao longo da Linha Internacional de Data, tem o relógio (e o calendário) 12 horas adiantado em relação a Greenwich, mas isso em termos locais. Aliás, a hora local é decisão política dos países. Eles podem estabelecer hora e zonas horárias sempre em relação a Greenwich. A China, por exemplo, imensa, só tem uma zona horária.