Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Condescendência política


O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza de visita a Portugal, é confrontado por algumas perguntas dos jornalistas às quais responde num registo de optimismo. Está tudo bem, e Moçambique está na rota do desenvolvimento.
Um discurso que passava facilmente em qualquer país europeu, mas não em Portugal, onde há um conhecimento bastante grande do modo como as populações continuam a viver na miséria total, onde alguma actividade em Maputo esconde o que se passa no país profundo, do neo-colonialismo aceite pelo governo, que congela toda a iniciativa interna e suporta as mordomias de uma pequena elite nacional perita em corrupção.
Armando Guebuza não gosta de portugueses. Dos antigos ou dos cooperantes. A ele se deve em grande parte a saída em bloco da comunidade portuguesa radicada há séculos em Moçambique. Hoje poderia ser uma força de know-how e trabalho, vital para o engrandecimento daquela nação. Na altura, Guebuza usava o célebre decreto 20/24. Sem qualquer razão aparente, dava aos portugueses 24 horas para sair com 20 kilos de bagagem.
Se é verdade que as guerras foram os grandes factores do atraso económico que hoje se regista naquele país rico em matérias primas e de agricultura potencial, não é menos verdade que Guebuza fazia parte do grupo dos "duros" da frelimo, que viam na cor da pele o motivo para a discriminação, uma discriminação que até à independência tinha combatido com razão. Já depois da independência, não se coibiu de fazer uma lei de quotas (nacionais/estrangeiros) que práticamente inviabilizava a criação de empresas. Nunca fez a auto-crítica (termo que lhe é querido) desses antigos "erros". Nunca aprendeu nada com esse grande Presidente Nelson Mandela.
De Portugal só quer dinheiro, para juntar às contribuições generosas internacionais, que se esvaiem nos meandros da corrupção e nas ONGs ineficazes, sem que aquele povão do Rovuma a alguns kilómetros do Maputo, beneficie alguma coisa.
Várias vezes se escreveu sobre Cahora-Bassa, um elefante branco onde Portugal já enterrou dinheiro que chegava para construir 6 barragens iguais! Quanto mais tempo passa, maiores são os gastos de Portugal. Há 30 anos que deveria ter "oferecido" a barragem a Moçambique, pois com certeza, não está à espera de qualquer pagamento.
É provável que os Sul-Africanos venham a ser os donos, a prazo, da barragem. Modo de Moçambique fazer mais algum dinheiro e de a Africa do Sul aumentar o domínio económico que já tem sobre o seu vizinho.
Sobre as boas vindas dos nossos governantes, faz parte da condescendência política. Venha Guebuza, José dos Santos, Nino Vieira, Arafat, Fidel Castro ou Kumba Yalá, é tudo democratas de provas dadas.

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