Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Imoralidade

Diferença crescente entre ricos e pobres é "injusta e imoral"

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), padre Lino Maia, considerou "injusto e imoral" o aumento do fosso entre ricos e pobre em Portugal, segundo um estudo divulgado pela OCDE.
Portugal é um dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos dos cidadãos, ao lado dos Estados Unidos e apenas atrás da Turquia
e México.
No seu relatório "Crescimento e Desigualdades", hoje divulgado, a OCDE afirma que o fosso entre ricos e pobres aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos, à excepção da Espanha, França e Irlanda, e traduziram-se num aumento da pobreza infantil.
Em reacção a este estudo, o padre Lino Maia disse que "já havia a sensação que a situação se estava a agravar" em Portugal.
"Esta tendência tem de ser contrariada não por estar na cauda da OCDE, mas porque é uma situação injusta e imoral", justificou.
Para o presidente da CNIS esta tendência só será contrariada "com medidas correctivas".
O padre Lino Maia considera que a medida mais importante a tomar é a adopção de uma "nova política salarial", que se traduza por uma maior percentagem de aumentos para quem ganha menos e menor para quem aufere salários superiores.
Defende também medidas "urgentes" de apoio às zonas mais deprimidas do país e uma "aposta clara" na educação, que não apenas na escolaridade.
É igualmente necessário promover o "empreendedorismo e uma intervenção clara no ambiente e nas condições em que muitos dos nossos concidadãos vivem", para alterar a situação de desigualdade no país, de acordo com o padre Lino Maia.


Portugal está entre os países mais injustos do Mundo

Portugal é um dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos dos cidadãos, ao lado dos Estados Unidos e apenas atrás da Turquia e México.
No relatório "Crescimento e Desigualdades", divulgado esta terça-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que o fosso entre ricos e pobres aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos, à excepção da Espanha, França e Irlanda, e traduziram-se num aumento da pobreza infantil.
Os autores do estudo colocam a Dinamarca e a Suécia à frente dos países mais justos, com um coeficiente de 0,32, e o México no topo da tabela dos mais injustos (0,47), seguido da Turquia (0,42) e de Portugal e dos Estados Unidos (ambos com 0,23).
"Em três quartos dos 30 países da OCDE, as desigualdades de rendimentos e o número de pobres aumentaram durante as duas últimas décadas" - lê-se no relatório.
Todavia, alguns países registaram melhores resultados do que outros: desde 2000, por exemplo, o fosso entre ricos e pobres aumentou sensivelmente no Canadá, Alemanha, Noruega, Estados Unidos, Itália e Finlândia, mas diminuiu no México, Grécia, Austrália e Reino Unido.
Nos países onde as diferenças sociais são mais importantes, o risco de pobreza é maior e a mobilidade social mais baixa, segundo a organização.
"As famílias ricas melhoraram muito a situação" em relação às mais pobres e, por outro lado, "o risco de pobreza deslocou-se das pessoas idosas para as crianças e os jovens adultos".
A OCDE define como situação de pobreza quando os rendimentos são inferiores a 50 por cento da média de cada país.
A pobreza das crianças, que aumentou nos últimos 20 anos, "situa-se hoje acima da média geral" e "deveria chamar a atenção dos poderes públicos", sublinha a OCDE.
"A Alemanha, a República Checa, o Canadá e a Nova Zelândia são os países onde a pobreza das crianças mais aumentou", segundo um dos principais autores do estudo, Michael Foerster.
Em contrapartida, a faixa etária entre 55 e 75 anos "viu os seus rendimentos aumentar mais nos últimos 20 anos", sendo a pobreza entre os pensionistas actualmente inferior à média do conjunto da população da OCDE.
A organização pede aos países membros para "fazerem muito mais" para que as pessoas trabalhem mais, em vez de viverem na dependência das prestações sociais, sendo que a taxa de pobreza das famílias sem emprego é quase seis vezes superior à das famílias activas.
Mas embora o trabalho seja "um meio muito eficaz para lutar contra a pobreza", não chega para a evitar: "mais de metade dos pobres pertencem a famílias que recebem fracos rendimentos de actividade".
A OCDE encoraja a implementação de medidas preventivas, nomeadamente a promoção do acesso a um trabalho remunerado.
"Ajudar as pessoas a inserirem-se no emprego e a converterem-se em cidadãos autónomos tem um papel preventivo que evita o agravamento das desigualdades", considera.
De facto, a organização assinala ser nos países com maiores taxas de emprego que o número de pobres é menor.
"O que importa não é a igualdade das situações, mas a igualdade das oportunidades", afirma-se no relatório, que preconiza também esforços em matéria de educação e saúde para reduzir as disparidades.

no Jornal de Notícias (21Out08)