Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Estados Unidos da América: 235 anos! Parabéns!

Em 1776 nenhum dos signatários da Declaração da Independência pensaria que estaria a fundar o país mais próspero e desenvolvido que a humanidade já conheceu. Muitos dos Pais Fundadores nem sequer acreditariam que o país sobrevivesse muitos anos, quanto mais tornarem-se na superpotência que é hoje. Mas certamente os alicerces poderosos que imprimiram na fundação do Estado Federal e a genialidade dos que deram origem à revolução americana contribuíram para a emergência de um país que se foi fortificando e unindo em torno de um ideal de liberdade. Ao lado da sapiência de Thomas Jefferson, Alexander Hamilton, John Adams, Benjamim Franklin, John Jay, James Madison e tantos outros, também um conjunto de acontecimentos dramáticos ou episódios onde a fortuna imperou, ajudou o país a crescer e a fortalecer-se. Na sua história são vários os episódios em que o país esteve perto do abismo. Mas conseguiu sempre ultrapassar as dificuldades e emergir mais forte. Três momentos, ainda nos primeiros 100 anos do país, ajudaram a definir aquilo que os Estados Unidos são hoje.
O primeiro, e talvez o mais importante, foi a própria guerra da revolução contra o Império Britânico. Com um exército composto por populares mal treinados, desorganizados e sem experiência militar, George Washington várias vezes esteve perto da derrota total. Aliás, terão sido mais as derrotas do que as vitórias para as tropas das treze colónias, que estiveram muitas vezes sem munições e mantimentos. Além das divergências que sempre persistiram durante estes duros anos dentro do campo independentista. George Washington, segundo os seus próprios biógrafos, não foi um grande estratega militar. Mas emergiu como o verdadeiro líder que o jovem país necessitava para derrotar os bem preparados exércitos do Rei Jorge III.
Apenas umas décadas depois, uma nova guerra contra Inglaterra, entre 1812 e 1815. A União esteve novamente em causa, com a capital Washington a ser invadida e incendiada pelos britânicos. Esta foi uma guerra patriótica, onde o sentimento nacionalista e o orgulho americano emergiu sob a liderança de James Madison. Pela segunda vez, a nação emergente derrotara a maior potência mundial da altura, finalizando assim o período fundacional dos Estados Unidos da América.
Em 1860, num país profundamente dividido pelo alargamento da escravatura aos novos territórios do Oeste, o Norte e Midwest elegem Abraham Lincoln, do recente Partido Republicano, que tinha sido fundado por activistas anti-escravatura. Apesar de prometer manter o status-quo nos Estados do Sul, que tinham votado no esclavagista John Breckenridge, isso não chegou para salvar o país da tragédia. E pela última vez, a União esteve em perigo de ser destruída, numa brutal guerra civil provocada pela secessão dos estados do Sul, que criaram os Estados Confederados da América. Em nenhum outro período da história americanos lutaram contra americanos, mas salvou-se a alma do país, terminando finalmente com a escravatura em todo o território. Não por acaso, ainda hoje Abraham Lincoln é considerado pela maioria dos historiadores e pelos próprios americanos como o Presidente mais importante de todos.
Os Estados Unidos, enquanto país, têm muitos defeitos. Mas não deixam de ser a superpotência mais benigna que o mundo já conheceu. Todos, mas todos, lhes devemos gratidão pelo seu legado ao mundo. Parabéns a todos os americanos pelos 235 anos.
Pelo Nuno Gouveia no Cachimbo de Magritte

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