Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Parabéns Leopoldo!



Leopoldo José Nogueira Amorim (Bacalhau), nasceu no dia 19 de Novembro de 1948 em Paranhos na cidade do Porto.

Depois de ter passado pelos escalões de formação do Sport Progresso, ingressou, ainda júnior, no Futebol Clube do Porto.
Na temporada de 1968/69 estreou-se na equipa principal dos Dragões. O treinador, na época, era José Maria Pedroto que depois de afastar da equipa titular os jogadores Américo, Custódio Pinto, Eduardo Gomes e Alberto por os interesses da vida profissional dos jogadores colidirem com os estágios que o técnico portista passou a implementar. Dessa forma, Leopoldo teve a sua estreia na equipa principal no dia 16 de Março de 1969 no Estádio Alfredo da silva, no Barreiro onde os portistas venceram o G.D. CUF por 1-0, onde teve mesmo a honra de envergar a braçadeira de capitão, numa partida a contar para a 22ª jornada do Campeonato Nacional da temporada de 1968/69.
Apesar de não ter conquistado nenhum Título, Leopoldo esteve em alguns jogos importantes para o clube. No dia 25 de Janeiro de 1970 foi um dos jogadores que viajaram até ao Brasil quando o F.C. Porto foi o clube convidado pelo São Paulo F.C. para a inauguração do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Foi também um dos futebolistas utilizados na partida contra o S.L. Benfica que os azuis e brancos venceram por 4-0 em Janeiro de 1971.
Jogou no F.C. Porto durante 6 épocas, disputou 58 partidas oficiais e marcou 1 golo.
Em 1975/76 Leopoldo ingressou no Varzim S.C. onde esteve durante cinco temporadas e onde conquistou o Campeonato Nacional da 2ª Divisão da época de 1975/76. Em 1980/81 rumou ao V. Guimarães, na altura treinado por Pedroto, tendo terminado a sua carreira de futebolista no fim dessa época.
Depois de deixar a carreira de futebolista passou a treinador. Teve uma passagem pelos iniciados do F.C. Porto, tendo mesmo levado os jovens Dragões à conquista do campeonato nacional. Mais tarde passou por vários clubes de menor dimensão, já como técnico de seniores.

Palmarés
1 Campeonato Nacional 2ª Divisão



Leopoldo Amorim recorda como o "Mestre" o convenceu a deixar um emprego numa empresa de tintas para jogar pelo F. C. Porto

Aos 19 anos, a vida de Leopoldo Amorim parecia mais do que definida. Acabava de assinar contrato com o Amarante e ia conciliar o futebol com o trabalho numa empresa de tintas. Até que um homem lhe mudou a rota - esse mesmo, José Maria Pedroto. "Fui chamado para uma reunião nas Antas e disseram-me: "Vais ser profissional e ganhar dois contos e quinhentos por mês. Nem pensei em mais nada", recorda, salientando que, sem o "mestre", talvez nunca tivesse sido profissional.

Certo é que foi e que, logo ao primeiro jogo, envergou a braçadeira de capitão. "Só mais tarde o Pedroto me disse porquê. Na altura houve lá uns problemas, três jogadores foram suspensos e ele escolheu-me por eu não estar envolvido naquela história", conta.

Ora, em vez de o tranquilizar, o estatuto só lhe... aguçou os nervos. "O jogo até correu bem. Ganhámos 1-0 à CUF e eu estive bem, mas, nos primeiros dez minutos, andei perdido dentro de campo. Lembro-me que, antes do jogo, no balneário, o Pedroto disse-me para assobiar e eu nem isso conseguia", lembra o "Bacalhau", como um dia lhe chamou Djalma ("por ser muito magrinho", diz) e, num instante, todos os outros.

O nome ficou - e as memórias também. Como a do campeonato do segundo escalão conquistado pelo Varzim, ou da última época como atleta, ao serviço do V. Guimarães, antes de enveredar pela carreira de treinador. De tudo, sobra uma mágoa: a de nunca ter sido campeão pelos azuis e brancos.

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