Leopoldo José Nogueira Amorim (Bacalhau), nasceu no dia 19 de Novembro de 1948 em Paranhos na cidade do Porto.
Na temporada de 1968/69 estreou-se na equipa principal dos Dragões. O treinador, na época, era José Maria Pedroto que depois de afastar da equipa titular os jogadores Américo, Custódio Pinto, Eduardo Gomes e Alberto por os interesses da vida profissional dos jogadores colidirem com os estágios que o técnico portista passou a implementar. Dessa forma, Leopoldo teve a sua estreia na equipa principal no dia 16 de Março de 1969 no Estádio Alfredo da silva, no Barreiro onde os portistas venceram o G.D. CUF por 1-0, onde teve mesmo a honra de envergar a braçadeira de capitão, numa partida a contar para a 22ª jornada do Campeonato Nacional da temporada de 1968/69.
Apesar de não ter conquistado nenhum Título, Leopoldo esteve em alguns jogos importantes para o clube. No dia 25 de Janeiro de 1970 foi um dos jogadores que viajaram até ao Brasil quando o F.C. Porto foi o clube convidado pelo São Paulo F.C. para a inauguração do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Foi também um dos futebolistas utilizados na partida contra o S.L. Benfica que os azuis e brancos venceram por 4-0 em Janeiro de 1971.
Jogou no F.C. Porto durante 6 épocas, disputou 58 partidas oficiais e marcou 1 golo.
Em 1975/76 Leopoldo ingressou no Varzim S.C. onde esteve durante cinco temporadas e onde conquistou o Campeonato Nacional da 2ª Divisão da época de 1975/76. Em 1980/81 rumou ao V. Guimarães, na altura treinado por Pedroto, tendo terminado a sua carreira de futebolista no fim dessa época.
Depois de deixar a carreira de futebolista passou a treinador. Teve uma passagem pelos iniciados do F.C. Porto, tendo mesmo levado os jovens Dragões à conquista do campeonato nacional. Mais tarde passou por vários clubes de menor dimensão, já como técnico de seniores.
Palmarés
1 Campeonato Nacional 2ª Divisão
Leopoldo Amorim recorda como o "Mestre" o convenceu a deixar um emprego numa empresa de tintas para jogar pelo F. C. Porto
Aos 19 anos, a vida de Leopoldo Amorim parecia mais do que definida. Acabava de assinar contrato com o Amarante e ia conciliar o futebol com o trabalho numa empresa de tintas. Até que um homem lhe mudou a rota - esse mesmo, José Maria Pedroto. "Fui chamado para uma reunião nas Antas e disseram-me: "Vais ser profissional e ganhar dois contos e quinhentos por mês. Nem pensei em mais nada", recorda, salientando que, sem o "mestre", talvez nunca tivesse sido profissional.
Certo é que foi e que, logo ao primeiro jogo, envergou a braçadeira de capitão. "Só mais tarde o Pedroto me disse porquê. Na altura houve lá uns problemas, três jogadores foram suspensos e ele escolheu-me por eu não estar envolvido naquela história", conta.
Ora, em vez de o tranquilizar, o estatuto só lhe... aguçou os nervos. "O jogo até correu bem. Ganhámos 1-0 à CUF e eu estive bem, mas, nos primeiros dez minutos, andei perdido dentro de campo. Lembro-me que, antes do jogo, no balneário, o Pedroto disse-me para assobiar e eu nem isso conseguia", lembra o "Bacalhau", como um dia lhe chamou Djalma ("por ser muito magrinho", diz) e, num instante, todos os outros.
O nome ficou - e as memórias também. Como a do campeonato do segundo escalão conquistado pelo Varzim, ou da última época como atleta, ao serviço do V. Guimarães, antes de enveredar pela carreira de treinador. De tudo, sobra uma mágoa: a de nunca ter sido campeão pelos azuis e brancos.
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