Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Porto, Agosto de 2015

Porto d'outrus tempus



Panorama do "Aeroporto de Pedras Rubras", em 1945

Numa iniciativa da Câmara Municipal do Porto com a colaboração do Estado, o "Aeroporto do Porto" como ficou conhecido, viu a sua obra aprovada em 1940.
Até à data, o Porto era servido pelo "Campo de Aviação de Espinho" que, apesar de ser militar, tinha utilidade civil até porque havia sido construído com material cedido pela população.
Em 1938 começam os estudos para a construção do novo aeroporto, com o apoio do Estado que cedeu 1150 contos dos seus cofres para esta fase.
As obras começaram em 1942 com duas pistas relvadas. Em 1945, deu-se início à construção da aerogare, e finalizou-se a plataforma de estacionamento de aeronaves. Em 1947, conclui-se a construção da aerogare e nos anos seguintes são alcatroadas as duas pistas existentes.

[Blogue "Restos de colecção"]


O Porto em imagens (164)


Feira do Livro do Porto homenageia escritora Agustina Bessa-Luís


A Feira do Livro do Porto presta este ano homenagem à escritora Agustina Bessa-Luís.

Dia 5 de Setembro, às 17,00 horas, o nome da escritora será atribuído a uma das Tílias dos jardins do Palácio de Cristal, cujo aforismo "O amor é o invisível no habitual" ficará registado na placa que simbolicamente assinala a iniciativa.

A obra de Agustina será tema de um dos debates da feira, de uma Quinta de Leitura e de uma exposição, entre outras actividades, nas quais participarão várias personalidades da Literatura e da Cultura tais como Isabel Ponce Leão, Mónica Baldaque e Zita Seabra.

Amanhã será apresentada oficialmente toda a programação desta edição, que arranca já na próxima sexta-feira, 4 de Setembro. No recinto ultima-se a montagem.

Islão não é uma religião, é uma forma de morte. Ouçam o que o terrorista diz...


É a este tipo de pessoas que devemos dar a mão?


Conditionnement des futurs isalmistes Daechs
Les Daechs ne sont pas venus par hasard c'est un travail qui commence depuis la maternelle, c'est à travers le conditionnement de ces enfants en leur apprenant toutes les atrocités en vu de fabriquer d'éventuels futurs terroristes. voilà la différence entre un enfant normal et un enfant lobotomisé. Tant que ces pratiques et ces enseignements perdurent le terrorisme a de beaux jours devant luiPour ceux qui se demandent ou ceci se passe je dirai qu'elle différence ça fait si dans une région ou une autre ! bon c'est en Égypte que cette vidéo a été prise
Posted by Rachid Ben Othman 

Porque já não são de agora...


Oportunidade de emprego: põe-te à coca...


Exclusivo: o bilhetinho de vitória para Gaitan


Mirandela and Tua river fountain aerial view

Ouvir com atenção

O Porto em imagens (163)


Paquistão: Cristãos vítimas de inundação são forçados a se converterem ao Islão, tornando-se escravos de muçulmanos, caso contrário morrem de fome



O islão discrimina as pessoas em termos da sua religião. O islão divide o mundo entre crentes (muçulmanos) e descrentes (káfirs), entre a Casa da Submissão (Dar al-Islam) e a Casa da Guerra (Dar al-Harb). Abaixo, mais um exemplo disso.



As inundações torrenciais em várias regiões do Paquistão neste verão levou milhares de pessoas a ficarem sem casas. Os cristãos em Kasur não receberam quase nenhuma ajuda humanitária e foram deixados para morrerem de fome. Para eles receberem alguma comida eles são forçados se converterem ao Islão ou se tornarem escravos dos tempos modernos, a fim de receberem ajuda de muçulmanos ou do governo.
Wilson Chowdhry, o presidente da British Pakistani Christian Association, disse ao The Christian Post que há mais de 60 famílias cristãs na região paquistanesa ocidental de Kasur que perderam suas casas e todos os bens com as chuvas e ficaram sem nada.
Enquanto isso os muçulmanos da região têem beneficiados de abrigos temporários, água limpa e comida fornecida por agências governamentais paquistanesas e instituições de caridade muçulmanas. Já os cristãos não nem medicamentos necessários para combater doenças que podem ocorrer após as inundações
Chowdhry explicou que algumas instituições de caridade muçulmanas estão dando aos cristãos a opções de converterem ao Islão e renunciarem a Jesus para poderem receber ajuda.
"Quando se trata de inundações das comunidades cristãs, o governo parece recuar. Considerando que, com as comunidades muçulmanas, eles vão direto para lá, assim como as instituições de caridade muçulmanas.
"Instituições de caridade muçulmanas dependem de seus partidários muçulmanos para fazerem suas doações. Eles utilizam as doações para fazerem publicidade aos partidos".


A rare film of Germany 1945 in colour Ein seltener Film Deutschland 1945

O Porto em imagens (162)


FC Porto e Duarte Gomes no seu habitual: MAL!

Começo a época já cansado de mau futebol praticado pela minha equipa. Dois remates ao fim da primeira parte?
Quanto aos árbitros, a merda habitual: a primeira falta de Maxi, amarelo. A primeira falta de Aboubakar, amarelo. Os adversários do Porto, pelo contrário, podem bater à vontade...

Nota: grande golo de Maicon!

Pontes Leça - Matosinhos

Força da NATO abre a visitas este fim de semana em Leixões



Nos dias 29 e 30 de Agosto, das 14h00 às 18h00, a fragata da Marinha Portuguesa, NRP D. Francisco de Almeida, e a fragata da Marinha Canadiana, HMCS Winnipeg, atracadas na Doca 1 Norte (Leça) do porto de Leixões, estarão abertas ao público.

Como é que um gajo que tinha uma oficinazeca de pneus, tem hoje a fortuna que tem????!!!!.... Não é preciso fazer um desenho, pois não?

OS COLOMBIANOS DO BOIFICA


CARRIÇO E VIEIRA: A PARCERIA IDEAL

Aquele clube é uma delícia...as claques vendiam droga em instalações do estádio... o motorista chega a director, recebendo colombianos no estádio. Aquilo será mesmo um clube de futebol ou mais um entreposto comercial de pó? 

Parece que os encornados da luz arranjaram um novo patrocinador ... na Colômbia


Ainda o sorteio da Liga dos Campeões: o pote...


Dizem que hoje o treino no Seixal foi assim


Tudo na "linha"


Torre vs Cabana


Chamaram-lhe neve! A PJ não acreditou


Não vá o diabo tecê-las...


Visita Guiada: Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira


A Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos, foi a primeira peça do séc. XX a ser classificada como Monumento Nacional.

Álvaro Siza Vieira tinha tão só 25 anos quando foi aprovado o seu projecto da Casa de Chá da Boa Nova. À época ninguém podia prever que Siza Vieira viria a ser um dos arquitectos mais celebrados em todo o mundo, com obra encomendada nos cinco continentes e protagonista de todas as distinções possíveis, entre as quais o Prémio Pritzker, que corresponde ao Nobel para a arquitectura.
A Casa de Chá da Boa Nova de Álvaro Siza Vieira é uma das obras icónicas da arquitectura europeia do séc. XX.



Convidado: Manuel Graça Dias
Este é um programa que dá a conhecer o Património Cultural português. Património Cultural entendido num sentido alargado e privilegiando as várias regiões de Portugal continental e ilhas. Os mais relevantes edifícios e acervos da História de Portugal. Tratar-se-á, in loco, um Objeto por emissão. Os convidados serão historiadores e outros especialistas nas matérias em questão. Sempre que possível, optar-se-á por dar voz e visibilidade à nova geração de investigadores, nomeadamente na área da História. Os destinos surpreendentes, a revelação de novos especialistas, o rigor da informação, a beleza das imagens e o picante da Pequena História por detrás da História são os trunfos que este programa se propõe jogar.



RTP - 17/Nov/2014


Sorrir é preciso


II Corrida Porto Leixões

A Corrida Porto de Leixões, irá realizar-se no dia 13 de Setembro de 2015 às 10:00 horas. 



A Corrida de 10Km terá a chegada no mesmo local da partida. A Caminhada de 4Km terá a chegada junto ao novo terminal de cruzeiros e os participantes, no final da prova, terão direito a uma visita guiada por este edifício (fechado ao público) com um transfer de mini bus até ao Forte da Nossa Senhora das Neves no final.

Para mais informação visita: corridaportodeleixoes.pt

Inscrições em:
- EventSport: Rua Dom António Ferreira Gomes, 273, Loja 36 - V. N. Gaia
- CCD APDL: Avenida da Liberdade (junto à marina) - Leça da Palmeira

São rosas? Não, é droga e logo no clube do pneumático presidente



PJ faz buscas no Estádio da Luz por tráfico de cocaína


Um indivíduo que Polícia Judiciária referencia como director de departamento do Benfica foi apanhado com 9,5 quilos de droga em carro do clube.

A Polícia Judiciária fez buscas em instalações do Benfica, no Estádio da Luz, e deteve um indivíduo referenciado pelos investigadores como sendo director do Departamento de Apoio aos Jogadores encarnados, que viajava num automóvel do clube e tinha em seu poder 9,5 quilogramas de cocaína. A operação policial ocorreu no final de Julho, no culminar de oito meses de investigação da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, mas passou publicamente despercebida.
Questionado ontem à noite pelo JN, o director de comunicação do Benfica, João Gabriel, quis declarar "apenas que é um problema da justiça com o cidadão José Carriço. Nada a ver com o Benfica", sublinhou. A brevidade desta primeira reacção do clube não deverá impedi-lo, entretanto, de ir mais além na sua defesa, alegando, concretamente, que José Carriço já não era funcionário nem director do Departamento de Apoio aos Jogadores do Benfica quando foi detido.
Para o Ministério Público de Sintra, que é titular do inquérito criminal, e para os investigadores da UNCTE, é clara a ligação de José Carriço ao Benfica. A investigação, que inclui escutas telefónicas, atribuir-lhe-á funções de liderança no departamento que ajuda os novos jogadores do Benfica em questões burocráticas ou logísticas, como arranjar casa e carro, e proximidade ao presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.

Colombianos na Luz

A investigação foi iniciada no final do ano passado e, neste período, incluiu acções de vigilância. Em mais de uma dezena de ocasiões, terá sido registada a entrada de cidadãos de nacionalidade colombiana no Estádio da Luz, a pretexto de reuniões e encontros com José Carriço, consideradas relevantes para a investigação. Segundo as informações recolhidas pelo JN, aquelas entradas faziam-se pela porta n.º 18 do estádio, o que inspirou os investigadores da PJ na escolha do nome da operação concretizada no final de Julho: Porta 18.
Nesta operação, José Carriço foi detido na A1 (Autoestrada n.º 1). Seguia com outro indivíduo num automóvel do Benfica, tendo-lhes sido apreendidos 9,5 quilogramas de cocaína. Ao mesmo tempo, inspectores faziam buscas no gabinete ocupado por José Carriço no Estádio da Luz.

Prisão preventiva para dois

Num lacónico comunicado emitido uma semana depois pela PJ - que não identificava os suspeitos nem a sua entidade patronal, como é regra, e foi ofuscado pelo comunicado emitido pela mesma Polícia no dia anterior para anunciar a apreensão de 491 quilos de cocaína -, anunciava-se que a operação policial tinha logrado "desmantelar um grupo organizado dedicado ao tráfico de cocaína".
"A organização criminosa em causa, composta por indivíduos portugueses, dedicava-se à importação de produto estupefaciente para território nacional desde a América do Sul, por via aérea", acrescenta o comunicado, referindo que os dois detidos tinham 54 e 58 anos e, por decisão de um juiz de instrução criminal, tinham sido sujeitos a prisão preventiva.

Convento de Mafra: vista aérea

The Ultimate Girls Fail Compilation

Parque Natural do Alvão

Azenhas do Mar aerial view

Leça da Palmeira: o naufrágio do 'Veronese' (1913)

Tarde de Cinema: Coward



"COWARD" is a 28 minute film set during World War 1 that brings to light some of the brutal treatment soldiers received for suffering what would now be known as shell-shock. It follows two cousins, Andrew and James, from their home in Northern Ireland who join the British Army to fight for their Country and make their families proud. Through their eyes we see the reality of life on the front lines.


To contact the Filmmakers please see below:
Director - David Roddham 
(US Agent) Martin Spencer, Resolution, ph: +(424) 274 4225
(UK Agent) Anthony Mestriner, Casarotto Ramsey & Associates ph: +44 (0)2072874450 
(Manager) Ari Lubet, Anonymous Content +(310) 558 6214



See the Featurette about the making of "Coward" here https://vimeo.com/39576280



Producer - Dave Komaroni 
c/o Different, ph: +44 (0)7789433555



Cinematographer - Stephen Murphy 
(Agent) Rob Little, Dinedor Management ph: +44 (0)2074708712



A 2K DCP is also available for Industry screenings.



Please visit our Facebook page for more info on the making of the film and the filmmakers

Momento Musical

National Geographic The Necessary War WWI Documentary 2015

Momento Musical: Eddie Vedder

Aspectos de Leca da Palmeira, em 1927

Leça da Palmeira em 1927. Retrato fiel da época: as pessoas, habitações, profissões, património, como se vestiam, como se divertiam... O rio Leça, as lavadeiras, as pontes, o comboio, as praias, a pesca da sardinha e as conserveiras. Construção do Molhe Norte, o Porto de Leixões...

A lógica dos gatos (II)

Sorrir é preciso

Menina cristã iraquiana mostra ao 'Estado Islãmico' (ISIS) sua fé INABALÁVEL em YESHUA (EMANUEL)

Mistérios de Leça da Palmeira

Leça da Palmeira é uma Nação

The telegram that drove Hitler to suicide


A telegram that may have affected the entire course of World War II sold in an auction for $55,000 on Tuesday according to reports by The Washington Post.

Taken from Hitler's hideaway bunker at the end of World War II as a souvenir by Capt. Benjamin Bradi, a non-German speaking American soldier, the significance of the slip of paper went unnoticed for years. Bradi's son found the telegram in his father's safe years later and wrote his senior thesis on the subject.

The telegram, sent to Adolf Hitler from his number 2, Hermann Goering, in the week leading to Hiter's suicide, read:

My Führer:

General Koller today gave me a briefing on the basis of communications given to him by Colonel General Jodl and General Christian, according to which you had referred certain decisions to me and emphasized that I, in case negotiations would become necessary, would be in an easier position than you in Berlin. These views were so surprising and serious to me that I felt obligated to assume, in case by 2200 o’clock no answer is forthcoming, that you have lost your freedom of action. I shall then view the conditions of your decree as fulfilled and take action for the well being of Nation and Fatherland. You know what I feel for you in these most difficult hours of my life and I cannot express this in words. God protect you and allow you despite everything to come here as soon as possible.

Your faithful Hermann Goering

According to the report, sources close to Hitler used this telegram to drive him into a rage.

Hitler had previously designated Goering as his successor in the event that any harm should come to him. The text of the telegram indicates Goering was inquiring as to whether that line of succession still stood following Hitler's disappearance from the public eye. Hitler's associates drove him to see this telegram as an act of treason, assuming Goering had launched a coup d’eta. Hitler dismissed Goering from his position, stating that if the Nazi leader gave up his power, Hitler would allow him to keep his life.

The report indicated that after his initial fury subsided, Hitler fell into a depressive state. Seven days later, on April 30, 1945 Hitler committed suicide in his bunker.

The telegram was sold by Alexander Historical Auctions to an unnamed buyer in North America. [ daqui ]

Berlengas – Um dia no paraíso!

Quando a Bíblia ameaça o Livro Vermelho de Mao

Há quase tantos cristãos na China como membros do Partido Comunista. O cristianismo está a crescer e o regime não gosta disso. Wei foi espancado por acreditar em Deus. Hoje, pede asilo em Portugal.


Só pararam de bater em Wei quando a sua cabeça começou a jorrar sangue.
Seis horas antes, às 17h00 de 14 de Julho de 2014, estava a sair de mais um culto da sua igreja, a Igreja da Família. Ia acompanhado por outras três pessoas quando lhes apareceu uma carrinha descaracterizada à frente. Lá de dentro saíram oito homens.




“Vocês que acreditam em Deus, subam já!”

Wei não sabia para onde o levavam ao certo, mas não devia ser muito longe da sua aldeia na região de Shanxi. A viagem durou 30 minutos. Quando a carrinha parou, os quatro “que acreditam em Deus” foram separados e levados cada um para o seu quarto.

À espera deste operário de construção de linhas de comboio de 26 anos estavam cinco homens. “Como é que se chama o líder do vosso culto e onde é que ele está?”, perguntaram-lhe. Wei não respondeu. Eles insistiram, com uma nova pergunta: “Onde é que vocês guardam o dinheiro do peditório na vossa igreja?” Wei voltou a nada dizer.

À medida que as horas passavam, a frustração dos interrogadores começou a esgotar-se. Entretanto, fez-se noite. “Atrasado mental, por causa de ti hoje saímos mais tarde!”, ouviu um deles a gritar-lhe, entre outros insultos. Pouco depois, começaram a agredi-lo. Demoraram pouco a passar das chapadas que lhe davam na cara para lhe puxarem o cabelo, obrigando-o a dar voltas sobre si mesmo com as costas curvadas. Quando se desequilibrou e caiu no chão, começaram a pontapeá-lo em todo o corpo.

A seguir, um dos homens ordenou-lhe que se levantasse e que ficasse virado para um dos lados daquela divisão. Novamente pegando-lhe pelo cabelo, empurrou-lhe a cabeça para a frente, esbarrando-a contra a parede. Depois, puxou-o para trás com força, até que a sua nuca bateu na quina de uma mesa. Já eram 23h30, e por entre a cabeleira negra de Wei começou a escorrer sangue, que não demorou a manchar-lhe a camisola de vermelho.

Finalmente, apareceu um polícia fardado — a primeira pessoa que viu vestindo um uniforme desde que foi empurrado para dentro daquela carrinha — que lhe deu ordem de soltura. “Vai ao hospital tratar dessa ferida que tens na cabeça”, disse-lhe o agente. Quando se preparava para fechar a porta do quarto, Wei ainda o ouviu dizer: “Devias saber que na China não vale a pena ir contra o Partido Comunista Chinês. Quem manda aqui é o partido, não é Deus”. À saída, apercebeu-se de que tinha estado aquele tempo todo num hotel.

Wei contou a sua história ao Observador já em Lisboa, onde aguarda resposta ao pedido de asilo por perseguição religiosa.

A conversão de Wei

Dois anos antes deste incidente, Wei era apenas mais um entre os milhões de pessoas que vivem uma vida pacata e ordeira na China rural, alternando entre o trabalho e a vida pessoal, sem que para isso sintam a necessidade de um guia espiritual. De um qualquer Deus. Como aquele sobre o qual um pequeno grupo falava à sua vizinha, depois de esta lhes ter aberto a porta numa pequena aldeia na região de Shanxi.

“Se o vosso Deus é tão grande e tão bom, então ele que cure a vizinha do lado”, respondeu-lhes a mulher perante a tentativa de evangelização.

A “vizinha do lado” era a mãe de Wei. Já há algum tempo que era uma pessoa doente, apesar de jovem. Sem aviso, o seu corpo ficava dormente ao ponto de ela não se conseguir manter de pé. A doença levou-a à cama, da qual já não se conseguia levantar. Quando os sintomas começaram a ser mais graves, a família levou-a um hospital. Os médicos puseram-na a soro, o que melhorou consideravelmente o seu estado, mas não conseguiam determinar qual era a sua doença. Noutro hospital, a situação repetiu-se. Depois, Wei foi aconselhado a levar a mãe a um velho médico de Medicina Chinesa. Este, apesar dos vários anos de experiência, também não conseguiu ajudá-la. Disse até que não era “normal uma mulher que ainda é nova ter tanto ar magoado dentro de si”. Chegaram a tentar um terceiro hospital, mas o resultado foi o mesmo: a saúde da mãe de Wei piorava a olhos vistos e ninguém sabia o que fazer.

O desespero tem destas coisas. Wei fez algo que nunca tinha feito antes na vida: tentou a religião. Chegou a ir para um jardim com estátuas budistas, pedir fosse a que Deus fosse, que a saúde da sua mãe melhorasse. Uma vez que já tinha chegado a esse ponto, quando os missionários que momentos antes falavam com a sua vizinha lhe bateram à porta e perguntaram se podiam entrar para orarem pela sua mãe, Wei não fez mais do que pô-los à vontade.

Wei recorda esta história com um tom de voz sibilino e arrastado. Fala com bastante calma. É difícil imaginá-lo a gritar.

“Os missionários ficaram à volta da cama da minha mãe e começaram a orar por ela. E depois disso passaram a ir lá mais vezes. Passados seis meses destas orações, depois de rezarem tanto pela saúde da minha mãe, ela começou a melhorar. Começou a conseguir levantar-se, deixou de passar o tempo todo na cama. Voltou a fazer os trabalhos domésticos.”

Foi quanto bastou para que Wei e a sua mãe, ateus desde sempre, se juntarem à Igreja da Família — uma das várias organizações religiosas clandestinas que funcionam em casas privadas e que são banidas pelo Partido Comunista da China.

O “Livro Vermelho” e a “Bíblia Sagrada” na mesma prateleira?

A relação da China comunista, fundada em 1949, com a religião nunca foi pacífica. Na sua autobiografia, o líder religioso budista, Dalai Lama, relembra um encontro que teve em 1955 com o líder da República Popular da China, Mao Tsé-Tung. Dalai Lama recorda-se das palavras que o líder comunista lhe dirigiu: “A religião é um veneno (…). Primeiro, reduz a população, porque os monges e as freiras praticam o celibato, e, segundo, porque desvaloriza o progresso material”.

Foram os anos da Revolução Cultural, que não deixava espaço a nada que fosse para além do maoismo, cujas linhas orientadoras ficaram eternizadas no “Livro Vermelho”, com citações de Mao Tsé-Tung. Esta era durou até 1976, quando, no dia 9 de Setembro o único líder que a China comunista tinha tido até então morreu.


Seguiram-se anos de relativa reforma. E, inevitavelmente, chegaram novos livros. A “Bíblia Sagrada” foi um deles.

Em 1979, o governo chinês voltou a autorizar a existência da Igreja Patriótica das Três Autonomias. Desde essa altura que este é o único movimento de expressão cristã permitido pelo regime. E, sem surpresa, fortemente condicionado pelo mesmo. Ali, doutrinas do Protestantismo são misturadas com noções de patriotismo, ou vistas à luz do combate contra o imperialismo ocidental. Os padres são aprovados e controlados pelas autoridades locais, para que a população não seja exposta a ideais que não as tradicionais. Segundo o The Guardian, no Partido Comunista Chinês há quem se refira ao cristianismo como “yand djiáu”. Isto é, “ensinamentos estrangeiros”.

Em reacção, cada vez mais chineses começaram a juntar-se em casas particulares para celebrarem cerimónias cristãs. Esta religião espalhou-se sobretudo nos meios rurais, onde o acesso à educação é mais difícil e o contacto com o exterior é ainda menor do que noutras partes da China.

“Começaram a aparecer muitas pessoas a dizer que eram cristãs, entre aqueles que têm poucos estudos, quase por uma questão de conveniência. No cristianismo existe um Deus que trata de tudo, podemos rezar para esse Deus e pedir qualquer coisa, enquanto que no taoismo, que os chineses culturalmente conhecem melhor, existe um Deus para cada coisa. Se querem saúde, têm de rezar a um. Depois para dinheiro, é outro. E se quiserem ter boas colheitas têm outro, também. Ora, no cristianismo existe um Deus para tudo.”

Quem o diz é Fenggang Yang, diretor do Centro para a Religião e Sociedade Chinesa da Purdue University, nos EUA. Na sua óptica, mais do que a ligeira abertura da liberdade religiosa na China a seguir à morte de Mao Tsé-Tung, o momento-chave que levou ao verdadeiro crescimento do cristianismo naquele país deu-se em 1989, o ano dos protestos na praça de Tiananmen, em Pequim.

“O ser humano sempre teve perguntas, faz parte da sua natureza. E a seguir ao que se passou em Tiananmen muitas pessoas começaram a procurar um sentido para a vida delas, para o que acontecia à sua volta”, explica ao Observador, numa conversa por Skype. “Só que aí, finalmente, começaram a procurar as respostas a essas perguntas na religião, porque acharam que a política do Partido Comunista já não lhes chegava.”

Segundo Yang, a partir dessa altura o cristianismo passou a ir para outros grupos da sociedade chinesa, para além do campesinato. “Hoje em dia, a população cristã vai desde os meios mais rurais — onde há uma visão mais simples da religião — até a pessoas com estudos, jornalistas, académicos… E, claro, cidadãos comuns.”

Yang nasceu, como Wei e tantos outros chineses, numa família ateia. Em 1997, foi para os EUA estudar e, pelo caminho, converteu-se ao cristianismo. Poucos anos depois, em 2000, fez uma experiência numa viagem que fez de volta ao seu país. “Comecei a perguntar às pessoas se me podiam indicar uma igreja ali por perto.” Yang sabia que estava a apenas 100 metros de uma. O seu objectivo era, antes, saber se os outros também sabiam que tinham uma igreja nas imediações. “Ninguém sabia que havia algo do género naquela zona, parecia que lhes estava a falar de algo completamente fora do normal.” Mas, numa viagem “recente”, repetiu a experiência e teve novos resultados: “Hoje em dia, metes-te num táxi e pedes para ir a uma igreja e o taxista até te pergunta a qual é que queres ir!”.

Não é certo quantos cristãos vivem na China. Os números oficiais apontam para 23 milhões de protestantes — uma estimativa que muitos têm como aquém dos verdadeiros números. Num estudo de 2010, o Pew Research Center adiantou que deverão existir cerca de 67 milhões de cristãos em todo o país. Algo que não foge muito aos números avançados por Yang, que fala em 5% de toda a população e num aumento de 10% a cada ano.

Por outro lado, números oficiais do Partido Comunista Chinês revelados em 2014 indicam que este tem 86,7 milhões de membros. O número de novas adesões nesse ano desceu pela primeira vez numa década — uma quebra de 25,5%.

“Em 2030, a China vai quase de certeza ser o país com o maior número de cristãos em todo o mundo. E isso é algo que preocupa bastante o Partido Comunista, causa-lhe medo”, diz Yang.

É esse “medo” que move a perseguição de cristãos na China, algo que se intensificou desde que Xi Jinping se tornou Presidente, em 2012. O número de relatos semelhantes ao de Wei, em que membros de grupos religiosos clandestinos são alvo de agressões e os seus líderes são presos, são cada vez mais. Ao mesmo tempo, na região de Jendjiang, foram demolidas cerca de 400 igrejas desde 2014.

“Lá em Portugal eles tratam do teu assunto depressa”

Em consequência, muitos cristãos decidem abandonar a China por razões de segurança. Em Março deste ano, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) registou o pedido de asilo de 40 cidadãos chineses — foram os primeiros a fazê-lo em Portugal. Wei é um deles.

“Depois da minha agressão falei com uma pessoa da minha igreja que me falou dos perigos que eu corria… Mais tarde, disse-me que daquela vez em que eles me levaram para o hotel e me espancaram, um dos líderes do nosso grupo foi preso. Por isso, tomei a decisão de sair do meu país.”

Wei foi até uma agência de viagens que lhe foi aconselhada, por já estarem habituados a tratar de viagens de chineses que pretendem sair do país com rapidez. A troco de 80 mil Yuan (quase 12 mil euros), trataram-lhe do visto e da viagem. Lá, aconselharam-no a ir para Portugal. “Eles lá tratam do teu assunto depressa”, disseram-lhe. Oito meses depois de ter sido espancado naquele hotel, fez as malas, despediu-se da família e embarcou num avião. Pelo caminho, fez escala em Istambul, na Turquia. Depois, chegou a Lisboa. No dia 8 de Abril, apresentou um pedido de proteção internacional ao SEF. Até hoje, aguarda uma resposta.

Até agora, Wei fala pouco português — fá-lo com o mesmo tom de voz que usa para falar mandarim, mas neste caso este vem acompanhado de um sorriso atrapalhado. Todos os dias, junta-se com outros chineses que também alegam terem sido vítimas de perseguição religiosa no seu país para rezar. As cerimónias são feitas com a ajuda de uma pequena bíblia em mandarim, de capa preta e com as folhas coloridas a rosa choque na parte de fora.

Para já, ainda não conhece bem a capital portuguesa. Só foi uma vez de livre iniciativa ao centro lisboeta. Mais precisamente a uma igreja no Martim Moniz, cuja localização exata não se recorda ao certo. Estava decidido a entrar, mas quando viu o edifício pela frente abrandou o passo e hesitou. Pensou duas vezes e, por fim, voltou para trás. “Não sabia se era seguro.”

– – –

Nota: Wei é um nome fictício, que usámos por razões de segurança. Pelo mesmo motivo, não divulgámos o nome da sua aldeia nem a sua morada em Portugal.

Texto: João de Almeida Dias

Fotografias: Fábio Pinto

[ ORIGINAL AQUI ]

Porto d'outrus tempus



Eléctrico, com dois atrelados, passando na actual avenida de Montevideu, c.1905.
O eléctrico n.º 18 foi um dos carros americanos de tracção animal que foi motorizado. No início do séc. XX era comum circularem composições como esta na então designada "linha da marginal".
Uma curiosidade: como se pode verificar, a circulação era pela esquerda. A mudança para o actual sentido deu-se apenas a 1 de Junho de 1928.
Veja mais fotos de transportes terrestres desaparecidos: http://goo.gl/2DpPBZ
[Foto enviada por Francisco José Cheta]

Praia de Leça da Palmeira e Matosinhos - Porto Canal - Caminhos da História

Ferragudo, Angrinha Beach, São João do Arade Fort, Grande beach and Portimão Marina aerial view

Centro de Trail Carlos Sá - Penacova



Centro de Trail Carlos Sá - Penacova
Posted by Centros de Trail Carlos Sá 

"O Islã é o ISIS. Quem disser o contrário é um mentiroso", diz a freira Hatune Dogan


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