Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Momento Musical

Tudo O Que Eu Vi Estou a Partilhar Contigo

Jorge Palma, "Encosta-te a mim"


Trilho Romântico

Debruçada sobre o rio Douro, a cidade do Porto desfruta de uma estrutura urbanística e paisagística inigualável. As marcas desta especificidade sentem- -se na arquitectura, nos monumentos, nos espaços de lazer e até nas ruas. A proposta de hoje é descobrir o Porto, percorrendo duas das mais emblemáticas artérias da cidade. Porto do romantismo e a fábrica de Massarelos e o prestígio da burguesia compõem o itinerário deste passeio pelos "Caminhos do Romântico".
Antes de iniciar o primeiro percurso, a passagem pelo Palácio de Cristal é indispensável. Composto por um enorme e belo jardim, este espaço engloba ainda a Quinta Tait e a Quinta da Macieirinha, consideradas hoje o coração do romântico portuense. À direita da cúpula central, uma portada em pedra abre caminho para as escadas que conduzem à Quinta da Macieirinha. Aí repousa o Museu Romântico, onde estão recriados ambientes da cidade no século XIX, que ilustram um determinado período de tempo a que se convencionou chamar de "romântico". Na história desta zona jaz a lembrança do surto de peste que pôs em fuga muitas das famílias burgueses que aí viviam, donos de casas senhoriais situadas junto à antiga aldeia de Vilar.
O primeiro percurso inicia-se na Rua de Entrequintas, à direita do portão da Quinta da Macieirinha. O mapa, enriquecido com breves indicações históricas, localiza geograficamente os visitantes no Porto do romantismo. A flora selvagem embeleza os muros, em pedra, que delimitam o percurso. Quando a Rua de Entrequintas se cruza com a Rua da Macieirinha, a vista é privilegiada. No horizonte, o vale é composto pela simbiose entre o rio Douro e o lado de lá, Vila Nova de Gaia. Também se avista uma zona de frondosos arvoredos, uma espécie de intervalo verde entre edifícios e ruas que espelha uma outra faceta da cidade. As portadas de antigas residências, na maioria desabitadas, espelham um cenário de abandono. A ausência de manutenção e limpeza começa a esconder o seu traço original.
A chegada à Rua da Restauração marca o final da primeira jornada. É também nesta rua, flectindo à direita para a Calçada de Sobre-o-Douro, que se entra no quarto percurso a fábrica de Massarelos e o prestígio da burguesia. As muitas obras em curso escondem a beleza de algumas moradias que ainda conservam as antigas fachadas.
Já na parte final da rua, descobre-se uma pequena praceta, o Largo do Adro. Aí se situa a igreja do Corpo Santo de Massarelos. Reza a lenda que os mareantes, entre eles o infante D. Henrique, ao avistarem o fogo de S. Telmo nos mastros da sua embarcação, prometeram edificar uma capela dedicada a esse santo, caso chegassem a bom porto. O painel de azulejos na parte de trás da igreja, onde se vê o infante D.Henrique a venerar S. Telmo, contribui para a crença nesta lenda. O percurso continua pelas escadas que conduzem os visitantes à longa avenida do Cais das Pedras. O cenário edílico proporcionado pelo rio Douro, por vezes embelezado pela passagem da traineira, marca o fim deste passeio.
Outros percursos
O percurso do aproveitamento da água está traçado em torno do vale de Massarelos. A arqueologia rural e industrial percorre a Rua da Macieirinha, até à Rua da Restauração. O percurso do Gólgota a Massarelos parte do pólo universitário rumo ao lugar de Massarelos.
Visitas guiadas
O serviço de visitas orientadas está disponível para grupos, mediante a inscrição no Museu Romântico ou a partir do número 22 606 65 68.
Horário do Museu Romântico
Terça a sábado, das 10 às 12.30 horas e das 14 às 17.30 horas. Aos domingos funciona das 14 às 17.30 horas. Encerra às segundas e feriados.
Preço de entrada
A entrada no museu romântico custa 2,06 euros. Aos sábados e domingos é gratuita.
No dia 8 de Setembro, a Rua da Junqueira, na Póvoa de Varzim, e outras artérias vizinhas recebem o 2.º Festival Nacional de Animação de Rua. Este evento tem como principal objectivo a descoberta de novos talentos e o desenvolvimento de hábitos de animação de rua. Está previsto um mínimo de duas a quatro actuações, com duração entre 20 e 30 minutos cada. O festival começa pela manhã e prolonga-se até às 21.30 horas. Os artistas serão avaliados por um júri e pelo público, havendo prémios para os três primeiros classificados e ainda um "Prémio Especial do Público", que resulta da votação dos espectadores.
O Mosteiro de Leça do Balio, na Rua de Santos Lessa, em Matosinhos, acolhe a feira medieval "Os hospitalários no caminho de Santiago". De 6 a 9 de Setembro, os visitantes terão acesso a ceias medievais com música, saltimbancos e malabaristas. A recriação do casamento do rei D. Fernando com D. Leonor Teles faz parte do programa e decorrerá no dia 9, pelas 16 horas. Haverá ainda visitas guiadas pelo mosteiro e uma conferência dedicada ao tema dos cavaleiros da ordem dos hospitais em Portugal, às 15 horas do dia 7. A actuação de Jordi Svall irá animar a noite de dia 6, a partir das 22 horas. A feira medieval estará aberta entre as 11 e as 23 horas.
O Posto de Turismo da Póvoa de Varzim, situado na Praça Marquês de Pombal, recebe a arte cubana de Noel Dobarganes Pérez. Entre 31 de Agosto e 13 de Setembro, estarão expostos cerca de uma dezena de quadros deste artista. Noel Pérez reside em Cuba, onde se formou em Belas-Artes e onde se dedica à pintura e ao artesanato. Para chegar além-fronteiras e ultrapassar as dificuldades que enfrenta no seu país, este artista cubano tem enviado os seus quadros para exposições no estrangeiro. A sua arte vem agora para o Posto de Turismo e pode ser vista das 9 às 19 horas, nos dias úteis, e durante o fim- -de-semana, das 9.30 às 13 horas e das 14.30 às 18 horas.

Desportos de Verão...

Olhe pelo seu coração (só para homens)




Aqui vos deixo os exercícios aprovados pela Associação Internacional de Cardiologia.
De acordo com os últimos estudos realizados, o sistema cardio vascular de um homem pode ser facilmente exercitado. Por exemplo, o simples facto de um homem apreciar o peito de uma mulher já tem um efeito benéfico no coração, portanto não é preciso esforçar-se em demasia para exercitar o coração.


CLICK EM CADA UM DOS LINKS ABAIXO
(realize cada exercício durante alguns minutos, até se cansar)


Exercise 1

Confesse, não é verdade que se sente melhor agora ?

Sem palavras...


Alemão é acusado de usar "irmão duplo" em sexo

Um alemão, inseguro sobre o tamanho de seu pênis, está acusado judicialmente pela sua ex-namorada de usar seu irmão como "duplo de corpo" nas relações sexuais do casal. Manfred Schuh, 26 anos, temia perder a namorada de 24 anos se não tivesse uma boa performance sexual e insistia sempre em apagar a luz nos momentos íntimos.
Ele ia para a casa de banho e nesse momento o seu irmão Walter, 28 anos, assumia seu lugar no quarto. A jovem de 24 anos diz que descobriu a troca após dois meses, quando acendeu a luz e encontrou o outro na cama, segundo o site Metro.
"Ela aparentemente não fazia idéia. Os dois se parecem e o irmão nunca falava quando assumia o lugar do mais novo", disse um porta-voz da polícia sobre o caso.
Fonte: Terra

El Algarve (Ayamonte, Spain)

Panfleto destinado à venda de apartamentos em Ayamonte (Algarve), junto do mercado inglês.

Tomem e embrulhem

cartoon
Cada vez pior
Zimbabwe's annual inflation rate reached a new record high of 7,634.8 per cent last month, according to official figures.

The southern African country is in its eighth year of recession marked by chronic fuel and foreign currency shortages, an unemployment rate of more than 80 per cent and the world's highest inflation rate.


Um dos países com grandes condições de prosperidade encontra-se na situação de calamidade. Porquê? Na miserável senda do anti-colonialismo, entregaram o país a um negro incompetente e deu nisto... Depois façam musicais e peditórios em prol dos desgraçadinhos...

Com a verdade me enganas

Terreiro do Paço
Se aos domingos dizem que é das pessoas, no resto do tempo é só de uns quantos centralistas e centralizadores que asfixiam o país em benefício da miserável capital lisboeta...

No BCP o problema não foi (é) do software; é mais do hardware...


BCPA situação arrasta-se

Mais uma Assembleia Geral, mais um adiamento do esclarecimento que o Banco precisa.
Até quando viverá o BCP assim? Até Março?
Cada dia que passa a instituição fica mais fragilizada. E eu ainda não fui de férias por causa disto...

Paulo Teixeira Pinto e Jardim Gonçalves!
Com o Joe Berardo a prestar declarações, a "coisa" fica parecida com um programa dos 3 estarolas.

Terrorismo branqueado pela imprensa lisboeta

A agência de comunicação pediu a rescisão amigável ao F. C. Porto, por receio de ir à falência, devido a pressões ilícitas que tem vindo a sentir

F. C. Porto não quis comentar decisão da LPM

A agência de comunicação LPM solicitou ao F. C. Porto a rescisão amigável de contrato para a prestação de serviços de assessoria mediática. Em carta enviada à SAD Portista, a empresa de Luís Paixão Martins alega que, por via da ligação ao clube do Dragão, tem sofrido, nas últimas semanas, uma lamentável sucessão de pressões ilegítimas.

"Pela circunstância de estarmos ligados ao Futebol Clube do Porto por um contrato de prestação de serviços de Conselho em Comunicação e Assessoria Mediática temos sofrido, nas últimas semanas, uma lamentável sucessão de pressões ilegítimas.

Não é este o momento adequado para tornarmos público o conteúdo e a forma dessas pressões, mas queremos deixar claro que nunca, nos 20 anos de actividade da LPM, algo de semelhante tinha ocorrido.

Tememos que a continuação do contrato que nos liga ao FCP possa colocar em risco a normal actividade da LPM em prejuízo dos cerca de 70 colaboradores que empregamos e das cerca de 50 instituições que representamos.

Estas circunstâncias levam-nos a solicitar a rescisão amigável do contrato.

No momento em que o fazemos deixamos claro que nada de menos ético – muito menos ilegal - ocorreu no nosso relacionamento com a vossa instituição e que as pressões que têm sido exercidas sobre a LPM, essas sim, pressupõem uma lamentável falta de seriedade de entidades que deveriam dar o exemplo ao País.

A curta experiência de trabalho com o FCP confirmou, infelizmente, o que tínhamos identificado no diagnóstico inicial: existe uma anormal coligação de interesses que procura impedir a expressão pública da vossa instituição, mesmo quando se trata de situações que poderíamos descrever como de legítima defesa.

Nas últimas semanas, porque ocorreram episódios mediáticos (a maior parte sem qualquer intervenção nem do FCP nem da LPM) que mostram quão frágil é o guião construído por esses interesses, foram sendo utilizados sobre a nossa empresa meios, públicos e privados, que relevam sobremaneira o desespero dessas entidades e a falta de consideração pelos princípios éticos que deviam respeitar.

Neste contexto, estamos certos de que compreenderão melhor do que ninguém esta nossa decisão.", terminam assim a carta.

Distracções judiciárias

No mesmo blogue profissional (http//bloglpm.lpmcom.pt) onde revela a carta endereçada à SAD do F. C. Porto, Luís Paixão Martins também denuncia distracções judiciárias.

"[...] Como é do domínio público, o Benfica recorre aos serviços de uma agência de comunicação há mais de dois anos e só agora o F. C. Porto decidiu proceder do mesmo modo. E só agora é que o porta-voz da PJ parece preocupado com o assunto", escreve Luís Paixão Martins.

Actuação da Polícia Judiciária posta mais uma vez em causa

O patrão da LPM, empresa que assessoria o Supremo Tribunal de Justiça e empresas como a Coca-Cola, a Nike, a Macdonald's, o Banco Espírito Santo, entre muitas outras, observa que a "discussão acalorada" em torno do Apito Dourado "está a deixar marcas no processo". "A PJ - concluiu Luís Paixão Martins - esforça-se por me posicionar como uma espécie de Maria José Morgado ao contrário. A procuradora consegue fazer do nada um processo terrível. Eu conseguiria (na visão da PJ) tornar em nada um processo terrível. Haja paciência".

Fonte: LPM
Ver artigo original do Jornal de Notícias

Jornalismo terrorista do terreiro do paço


Jornal volta a atacar gratuitamente o Dragão, implicando-o em crimes

Noticia publicada nada tem a ver com o F.C. Porto

Usando como pretexto o assassinato do dono da discoteca 'Chic' na zona industrial do Porto, Aurélio Palha, os jornalistas do Correio da Manhã, Tânia Laranjo, Cynthia Valente e o fotojornalista Jose Gageiro, publicaram hoje no referido jornal, mais um ataque gratuito ao Futebol Clube do Porto, tentando arrastá-lo para uma notícia de querelas entre seguranças da noite portuense, fazendo questão em dar à mesma contornos mafiosos mas que, no fundo, nada tem a ver com o Dragão.

Fotografia mostra um líder dos Superdragões

Para que o leitor se aperceba, começam a noticia com uma fotografia da malfadada vítima com um dos líderes da claque dos Superdragões que não esteve envolvido no acontecimento, nem sequer como testemunha, pondo na legenda "Aurélio andava sempre rodeado de elementos dos Superdragões. Na última festa que organizou, estava junto de um dos líderes da claque, o portista Paulo Trilho".

Simpatias clubísticas

Mas o esforço para implicar o Futebol Clube do Porto, neste crime, não se fica por aqui. Um pouco mais abaixo, na mesma notícia, afirmam "um dos mais importantes empresários da noite e incontornável adepto do FC Porto". A que propósito aparecem as simpatias clubísticas da malograda vitima, na narrativa de um assassinato com armas de fogo, apenas quem escreveu o texto saberá.

Tentativa de implicação do líder dos Superdragões

E depois continuam "outra hipótese admitida por próximos de Aurélio Palha era a de que o alvo seria Fernando Madureira, líder da claque dos Superdragões. Minutos antes do crime, deixara o restaurante onde ocorreu o homicídio.". Quem são os "próximos" e a que propósito seria Fernando Madureira o visado, não esclarecem em toda a notícia.

As pretensões de Tânia Laranjo, não se ficam por aqui e não hesitam em colocar em letras garrafais "MADUREIRA ESTEVE COM A VÍTIMA HORAS ANTES", para logo a seguir avançar "Fernando Madureira, líder da claque Superdragões, afecta ao FC Porto".

Tentativa de colagem da noticia ao Futebol Clube do Porto

Em toda a notícia, a relatar a morte a tiro, dum empresário da noite portuense, aparece cinco vezes a palavra "Superdragões" e três vezes "FC Porto". Outras palavras e frases como "ADEPTO DO FC PORTO", "portista", "dragões", "Estádio do Dragão", "Dragão", "A escola gerida pela mulher actuou no Dragão", "Aurélio Palha era adepto “ferrenho” dos azuis e brancos e acompanhava com regularidade a equipa nas suas viagens ao estrangeiro", etc., proliferam em todo o texto. Mais uma vez, qual a intenção de colar esta notícia ao Futebol Clube do Porto, só os autores saberão, dado que Aurélio Palha chegou inclusive a candidatar-se à presidência do Leça.

Correio da Manhã useiro e vezeiro em atacar o FCP

Já não é a
primeira vez que o jornal procura arrastar o Futebol Clube do Porto para actos ilícitos, muitas vezes passando por cima dos mais elementares direitos defendidos pela Constituição da República Portuguesa.

Objectivo alcançado

A julgar pelos comentários que se podem ler no site online do referido Jornal, a noticia alcançou perfeitamente os seus objectivos, uma vez que na maioria deles se podem ler as frases "Está instalada a guerra entre máfias do norte", "Faz-me lembrar os gangsters de Chicago nos anos 20 e 30", "Homem de bem rodeado por gente desta?".

Total desrespeito pela memória da vítima

A ser verdade o facto de Aurélio Palha ser adepto do Futebol Clube do Porto, certamente a ultima coisa que queria ver era o seu nome ligado a uma tentativa de arrastamento do seu clube do coração para a lama.

Nota: Esta notícia teve por base um artigo da edição online do Correio da Manhã. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver artigo original do Correio da Manha

O VISCONDE SOARES FRANCO, CALADO QUE NEM UM RATO APÓS O ROUBO DA SUPERTAÇA EM QUE O PORTO FOI “GAMADO” NUM PENALTY...

Tarda, mas não falha
Soares Franco, presidente do Sporting, disse anteontem ter visto com mágoa as declarações de Pedro Proença sobre o lance que resultaria no golo do FC Porto durante o clássico do último fim-de-semana. Suponho que o presidente do Sporting não ouviu as declarações de Paulo Bento, no final do jogo, sobre a arbitragem do clássico, ou a mágoa teria sido ainda maior. "Foi uma boa arbitragem, que não teve influência no resultado", disse o treinador do Sporting.

Ricardo deixa substituto à altura...

O que é que Polga fez no Dragão?
– Fez um passe?
– Sim, transmitiu a bola a outro jogador.
– Fê-lo deliberadamente com o pé?
– Sim, não pareceu que tenha tentado usar a cabeça ou qualquer outra parte do corpo que não o pé.
Portanto, bem vistas as coisas, Polga fez aquilo que a lei estipulou que não podia fazer. Proença interpretou impecavelmente o que diz o texto da lei. Se a lei está mal feita ou mal redigida, não é um problema dele.



Federação e Liga - Que nos impõem minutos de silêncio (em todos os jogos oficiais) quando morre um ex-internacional Português que usava bigode, mas menos de meio ano depois, quando morre outro ex-internacional Português que também usava bigode, nada se passa (só num jogo se cumpriu o minuto de silêncio). Afinal qual é o critério? E como não é certamente o bigode, não quero crer que seja a cor das camisolas que um e outro usaram. Ou será?

Porto do ar

História...

... Imperial do Médio Oriente


História...

... das Religiões

História...

... da Humanidade

Toda a história da humanidade resumida humorísticamente nesta pequena banda desenhada...

(clique)

Diz Jorge Maia (e muito bem)

Quem vai ganhar o clássico? O FC Porto. Ou o Sporting. Se não empatarem, claro.A verdade é que, tal como ficou demonstrado na Supertaça, muito pouco separa as duas equipas, pelo menos nesta fase da temporada. Um momento de inspiração, como aquele remate fabuloso de Izmailov, ou um erro de arbitragem, como a grande penalidade de Tonel que Bruno Paixão não viu, podem fazer toda a diferença. Os adeptos do FC Porto esperam que não.
Escolhas: Proença
Mais uma vez, seguindo uma longa tradição que, de resto, trasita da anterior Comissão de Arbitragem, a escolha do nome do árbitro de um clássico envolvendo o FC Porto recaiu sobre um lisboeta. Pedro Proença foi o o eleito, servindo a sua classificação na última temporada como argumento para a nomeação. Fora das considerações da CA, pelos vistos, terão ficado os erros cometidos pelo árbitro no Guimarães-Setúbal da última jornada. Curiosamente, também, parece não haver árbitros fora da área de influência da capital capazes de apitar clássicos envolvendo o FC Porto de forma satisfatória. Porque será?

Magistrados

...O clube presidido por Pinto da Costa solicita, por outro lado, ao Ministério Público, que seja efectuada uma investigação a "todas as viagens de Magistrados que acompanharam outros clubes nas competições europeias"...

Miguel Sousa Tavares - Cenas do primeiro capítulo


‘Nortada' do Miguel Sousa Tavares

1 - Arrancou o campeonato e, segundo deduzi da leitura de A BOLA de ontem, prepara-se já a primeira chicotada da época e no Benfica. As próximas horas (talvez já quando este texto sair) revelarão se o despedimento de Fernando Santos é uma notícia confirmada, um desejo do seu autor ou ambas as coisas.

Fernando Santos é crucificado por ser o elo mais fraco da cadeia e o mais fácil de servir como bode expiatório. Não vou discutir se ele é ou não bom treinador — isso é, sobretudo, uma questão subjectiva e que não seria elegante abordar agora. O que sei é que há uns vinte anos que os treinadores do Benfica pagam pelos desejos eternamente adiados de regresso aos gloriosos tempos do Glorioso. Mas, nesses vinte anos, também não vi que o Benfica tenha tido um único presidente à altura dessa tarefa. Se agora, por exempo, é só o futebol que falha, e a nível da equipa profissional, cabe perguntar em que outro escalão do futebol é que o Benfica foi campeão na época que passou ou em que outra modalidade desportiva foi campeão? Em nenhum e em nenhuma. Donde, todos os treinadores do Benfica são incompetentes e só a Direcção está acima de qualquer crítica. A verdade é que, nos clubes portugueses, e não apenas no Benfica, só há duas espécies de amovíveis: os treinadores e os bons jogadores — que vão e vêm ao sabor das circunstâncias e das oportunidades. Já os presidentes e os maus jogadores, esses, não há quem os remova.

Fernando Santos foi aposta pessoal de Luís Filipe Vieira. José Veiga também e, segundo nos informaram, foi ele quem escolheu os reforços para esta época. Com muita publicidade a ajudar, convenceram os benfiquistas de que, como disse Vieira, esta era «a melhor equipa da década». Isso permitiu a Vieira vender o Simão (que estava para o Benfica como o Quaresma está para o Porto) por 20 milhões, depois de ter jurado que só vendia por 25. Permitiu-lhe vender o Manuel Fernandes no próprio dia do jogo decisivo da Champions, depois de ter garantido que não o vendia e apresentar em troca o Freddy Adu — o «novo Eusébio», um suposto «fenómeno» cobiçado por Manchester, Arsenal e Chelsea, e que o génio de Veiga permitiu comprar pela pechincha de 1,5 milhões de euros. Assim decretado que esta era uma equipa de sonho, restava esperar pelo espectáculo e resultados correspondentes. Como eles não apareceram logo, a culpa só pode ser do treinador, pois que, por definição, o presidente é infalível.

Não há nada como governar sem crítica nem escrutínio. Que o diga Pinto da Costa. E que o diga Luís Filipe Vieira, que conta com 80 por cento da imprensa desportiva eternamente a incensá-lo, promovê-lo e absolvê-lo de todas as asneiras cometidas, num exercício diário de bajulação e subserviência que não abona nada a corporação dos jornalistas desportivos.

2 - Um FC Porto transfigurado para melhor em relação ao da Supertaça, venceu com categoria, vontade e toda a justiça do mundo o difícil jogo de estreia em Braga. Eu esperava mais do Braga e menos do Porto, mas felizmente sucedeu o contrário. Desculpem-me a imodéstia, mas sinto-me um bocadinho responsável pela vitória: de há três anos para cá, tenho-me batido incansavelmente em defesa de Ricardo Quaresma e para que o clube o não venda. Começei a fazê-lo ainda quando Co Adriaanse, com o apoio generalizado da crítica, o remetia ao banco de suplentes, com a justificação de que ele «não defendia». Depois de uma época em que Quaresma foi responsável por 50 por cento das assistências para golo, ei-lo que começa esta arrancando sozinho com a vitória em Braga. Depois das vendas de Pepe e de Anderson, se o venderem também, se lhe partirem uma perna ou se o CD da Liga voltar a tomá-lo de ponta, a equipa encosta. Por mais que Jesualdo fale no «colectivo», que até se portou muito bem em Braga.

3 - A suspensão de Lisandro López pelo CD da Federação é um caso de total falta de vergonha e um aparente prenúncio de que este vai ser mais um ano a pagar a factura do Apito Dourado. Que venha esse julgamento e depressa, para que sejam restabelecidas as condições de igualdade na disputa das competições!

4 - E, por falar em Apito Dourado, vou dizer uma coisa que ninguém, na barricada oposta, seria capaz de dizer, em sentido contrário: cheira-me que o tal relatório anónimo baptizado de Apito Encarnado não passa de uma manobra inspirada pela Direcção portista.

Mas, dito isto, também não entendo a consternação das vestais da «moral desportiva» com o facto de o procurador-geral da República ter decidido abrir um inquérito aos factos constantes do dito relatório. E, por várias razões. Primeiro, porque as acusações feitas são demasiado graves para que o procurador lhes passasse simplesmente uma esponja por cima. Segundo, porque é fácil de adivinhar que o inquérito concluirá que nada é verdade. E terceiro, porque, tendo o dr. Pinto Monteiro, acabado de entrar em funções, determinado a reabertura da instrução em processos arquivados contra Pinto da Costa, com base unicamente no livro de Carolina Salgado — (de que hoje não restam dúvidas de que foi inspirado, congeminado e escrito a mando de altos cérebros benfiquistas) — não se percebe como poderia ele mandar para o lixo este relatório, sob o argumento de que se tratava de uma simples manobra clubística.

Acontece que o relatório Apito Encarnado, sendo anónimo e provavelmente falso quanto à sua origem, não deixa, contudo, de colocar questões pertinentes, muitas das quais eu próprio aqui tenho colocado. Por exemplo (e são apenas alguns exemplos): por que razão umas escutas foram motivo de investigação e outras não? Por que razão dois jogos do FC Porto, sem qualquer importância nem influência no campeonato de então foram declarados suspeitos e outros muito mais importantes e decisivos o não foram? Por que razão o único crime provado com a obra literária da dª Carolina — a sua auto-incriminação nas agressões ao dr. Ricardo Bexiga — ainda não levou a que ela fosse constituída arguida, continuando antes a gozar do estatuto de testemunha privilegiada e com direito a protecção pessoal paga com o dinheiro dos meus impostos? Por que razão a dª Carolina — com o curriculum vitae e as motivações de vingança que se conhecem — é uma testemunha tão credível para a dra. Maria José Morgado, e a irmã, sem passado nem motivações correspondentes, é apenas uma difamadora, quando se atreve a vir a público desmentir a maninha?

5 - Sábado não estarei cá para ver o FC Porto-Sporting. Não vou fazer antevisões, mas vou deixar um desejo que muito vai irritar os sportinguistas, mas paciência: desejo que nenhuma decisão do árbitro determine o resultado. É que, independentemente de eu achar que o FC Porto jogou mal e perdeu por culpa própria os dois últimos confrontos com o Sporting, em ambos os jogos o resultado final foi influenciado por decisões de arbitragem. Na final da Supertaça, e por todos reconhecido, ficou por marcar um penalty contra o Sporting a castigar um desvio de Tonel com a mão. E, no jogo determinante do campeonato passado, no Dragão, o golo da vitória leonina resultou da conversão de um livre que não existiu, em contraste com o flagrante penalty cometido no último minuto por Polga e que Pedro Henriques, sob o síndroma Apito Dourado, não teve coragem de marcar.

Aliás, quem me segue, sabe que há muitos anos que eu tenho esta tese: no meio da eterna guerra Benfica-Porto, de Apito Dourado para aqui e Apito Encarnado para ali, quem tem verdadeiramente saído a ganhar é o Sporting. Sempre prontos a apresentarem-se como os «cavalheiros do futebol», sempre a protestar contra as arbitragens quando perdem e sempre calados quando são beneficiados, os sportinguistas têm sido, ano após ano, os contemplados com o maior número de erros favoráveis das arbitragens e sempre ajudados, quando jogam em Alvalade, por um caseirismo doentio dos árbitros, sob pressão das bancadas. Por isso é que, nos jogos internacionais, eles são sempre surpreendidos por arbitragens a que não estão habituados. Mas uma tese é uma tese — cada um pode ter a sua.
No jornal “A BOLA” de 2007.08.21

Palhaço

O Filantropo Modesto:

"Não sou tão importante como Gulbenkian mas quase"
Frase do comendador Joe Berardo ao Jornal de Notícias

Texto Integral do Dossiê APITO ENCARNADO

Fonte:
Dossier "Tu, Luis" em pdf
Dossier "Tu, Luis" em html


Exmo Sr.
Procurador-Geral da República

Somos um conjunto de funcionários de investigação que serve esta Instituição há muitos anos. Ela, apesar do momento negro que atravessa, ainda nos merece todo o respeito pelo seu passado recheado de excelentes serviços prestados à sociedade.
Decidimos efectuar esta comunicação não só pela razão anteriormente aludida, mas também em respeito pela memória de muitos dos excelentes funcionários que a serviram.
Esta Instituição ao longo dos anos da sua existência tem-se pautado por práticas de investigação, reconhecidas universalmente, tendo por objectivo a descoberta da verdade dos factos.
Assistimos nos últimos anos a algumas tentativas de influenciar investigações, tendo nalgumas delas, devido à sua mediatização, sido públicas tais intenções - recordamos os processos relacionados com a “Moderna” e “Finanças”.
No entanto, nada até agora se assemelhou ao que está a acontecer com o denominado “processo apito dourado”.
A nossa desilusão inicia-se com a análise que efectuámos aos processos ainda sem a intervenção da equipa “milagrosa” e continua com as práticas infames e desprezíveis cometidas por alguns elementos desta equipa.
Deparámo-nos com práticas que pensávamos já estarem arredadas num estado democrático. Todo o trabalho foi efectuado com alvos previamente definidos, tendo sido para tal, cometidas inúmeras ilegalidades e efectuados actos processuais, no mínimo, de validade duvidosa.
Actos iguais cometidos por pessoas diferentes tiveram decisões diferenciadas, o que revela que a equipa do Dr. Carlos Teixeira protegeu nitidamente algumas pessoas.
Analisando quem foi protegido verifica-se que estamos perante a rede de influências das pessoas que prestaram serviços e vassalagem ao S. L. Benfica e ao seu presidente Luís Vieira.
Nada nos move contra o S. L. Benfica, pois alguns até adeptos somos deste clube e, como é óbvio, queremos que o nosso clube vença sempre, mas não a qualquer preço.
Também não pretendemos ser enganados por quem, com discursos incendiados e dirigidos à populaça vai enganando os adeptos mais distraídos, “sacando” dinheiro ao clube.
Também a nossa conduta profissional impõe-nos a obrigação de não deixar passar em claro esta cabala.
Verificámos que o direccionamento da investigação (custa-nos empregar esta palavra, pois de investigação estes processos nada tiveram) não se ficou só pelos autos, pois o Dr. Carlos Teixeira, não conseguindo vencer o seu benfiquismo primário, entregou informação e peças processuais, previamente seleccionadas, a alguns jornalistas da sua cor, nomeadamente aos Srs. António Gomes e Rogério Azevedo.
Havia que injectar a opinião pública.
Mas vamos a alguns factos:
O Sr. Valentim Loureiro sempre que prestou declarações, e quando ouvido nos vários processos sobre a informação, que lhe era fornecida antecipadamente à sua divulgação pública, das nomeações dos árbitros, disse que a mesma lhe era fornecida quer pelo Presidente, quer por um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga. Em nenhum processo o Presidente de tal Conselho é arguido. O Vogal é-o em todos.
No processo que se encontra em fase de instrução relativo ao jogo Boavista-Estrela da Amadora analise-se a acusação. É uma peça digna de figurar no Guinness World Records. Inocentam-se condutas criminosas e acusam-se práticas legais, distorcendo-as.
Num jogo da Taça de Portugal S. C. Braga-F. C. Porto o Sr. Pinto de Sousa contactou os dois presidentes, quanto às suas preferências para arbitrar o jogo. O do F. C. Porto referiu que poderia ser qualquer um, menos o árbitro X. O do S. C. Braga referiu que não queria os árbitros Y, Z e W. O presidente do F. C. Porto é arguido no processo o do S. C. Braga não. Mas mais. Analise-se as escutas relacionadas com este jogo e verificar-se-á que no final do jogo o Dr. Mesquita Machado ligou ao ex-árbitro Azevedo Duarte todo indignado por não ter sido nomeado um determinado árbitro. Também não é arguido.
Não obstante o Sr. José Veiga ter sido escutado a solicitar que o árbitro, que dirigiria o encontro que a sua equipa realizaria no fim de semana seguinte, fosse contactado para beneficiar a sua equipa e apesar de ter ganho em casa do adversário por 0-1, o Sr. Magistrado entendeu que a matéria apurada não era suficiente.
Critérios ...
Apesar de lhe ter sido fornecida a informação que a seguir indicamos, relacionada com a época 2004/2005 (ano em que o S. L. Benfica quebrou o longo jejum), o Dr. Carlos Teixeira esqueceu-se de lhe dar o devido tratamento:
- As reuniões secretas entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. José Veiga com o presidente e, por vezes, um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga em locais (Bares e Restaurantes) devidamente identificados em Lisboa e cujos funcionários estavam disponíveis para testemunhar.
- As reuniões efectuadas num Restaurante em Penafiel, bastante conhecido da gente do futebol, entre o Sr. José Veiga e vários árbitros e árbitros assistentes.
- As reuniões semanais entre o Sr. José Veiga com um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga na zona litoral centro do País, perto da residência deste último (por coincidência os estágios do S. L. Benfica, nessa época, eram efectuados no litoral e relativamente próximo do mencionado local). Este vogal, por sua vez, levava as indicações ao Presidente das exigências dos Srs. Vieira e Veiga que indicavam os árbitros não só para os seus jogos, mas também para os dos seus rivais.
- As reuniões entre o Dr. João Rodrigues com o Sr. Pinto de Sousa num Hotel de Lisboa.
- As reuniões entre o mesmo João Rodrigues, no mesmo Hotel, com vários árbitros.
- As fortes ligações do Sr. José Veiga aos Laboratórios Internacionais de Doping.
- A promessa de contratação de um jogador do Guimarães. O Sr. José Veiga prometeu-lhe a contratação, caso não jogasse contra o Benfica. O jogador efectivamente não jogou. O Benfica tentou recuar na promessa, mas o jogador ameaçou que “metia a boca no trombone” e lá tiveram que o contratar.
- A promessa de contratação de um jogador do Estoril antes do “famoso” jogo Estoril-Benfica no Algarve. O Sr. José Veiga jantou com ele num Restaurante da linha do Estoril, tendo-lhe prometido a sua contratação, caso facilitasse a vida ao Benfica. As facilidades aconteceram, mas a contratação não.
- As reuniões efectuadas na semana que antecedeu o atrás citado jogo com vários jogadores do Estoril com o Sr. José Veiga e nalguns casos com o seu primo (o homem forte da segurança. Foi o autor da agressão no Aeroporto de Lisboa, quando o Sr. Luís Vieira foi “raptar” o jogador Moretto ao Brasil). Foram efectuados pagamentos pelo primo do Sr. Veiga, ao que consta, ao guarda-redes do Estoril. Sobre estes factos existiu a disponibilidade em falar dum elemento do Estoril. Aliás o homem propunha-se contar, não só, tudo sobre esta “novela”, mas de muitas outras que tinha conhecimento do Sr. Luís Vieira.
- As escandalosas arbitragens dos Srs. João Ferreira, Hélio Santos, Elmano Santos, Bruno Paixão, entre outros. Mas destas não interessava solicitar análises aos peritos.
- As ligações do presidente do Belenenses aos Srs. Luís Vieira, Cunha leal, Tinoco Faria, Pedro Mourão, Frederico Cebola que influenciaram a decisão no caso “Mateus”. Foram inclusivamente denunciados os pagamentos que foram efectuados a alguns destes senhores por alguns escritórios de advogados.
O Gil Vicente também gostará de saber que não foi prejudicado s6 na época passada, com intervenção do Sr. Luís Vieira. Ele pagou ao “paineleiro” Fernando Seara cerca de 100 mil contos (s/ recibo) para conseguir que o Alverca ficasse na 1.ª Divisão (era satélite do S. L. Benfica), prejudicando o Gil Vicente. Consta que o atrás referido “paineleiro” se juntou (falamos de escritório), há relativamente pouco tempo, ao já citado João Correia.
Existiam nos autos indícios quer em quantidade, quer devido à sua relevância que justificariam, caso o Magistrado fosse isento, que os Srs. Luís Vieira, José Veiga, António Salvador, João Rodrigues, Tinoco Faria, Luís Guilherme, Cunha Leal, António Duarte, Pedra Mourão, Frederico Cebola, Paulo Relógio fossem colocados sob escuta, mas tal não interessava.
Consta que houve interferência do Dr. João Correia junto da estrutura sindical do Ministério Público que, como se verifica, terá surtido, até agora, efeito. Será por ele fazer parte do Consel ho Superior do Ministério Público?
Entretanto nova fase surge no “processo apito dourado”.
Aparece um livro e surge a equipa “milagrosa”.
Vamos à sua constituição.
Comecemos pela Dr.a Maria José Morgado.
O seu marido trabalha há alguns anos para o Sr. Luís Vieira recebendo, sem recibo, elevadas quantias em dinheiro, mau grado não se coibir de criticar tudo e todos, nomeadamente as fugas ao fisco.
Quando a Polícia iniciou, com o comando da Dr.ª Maria José Morgado, o afamado processo das Finanças, recordar-se-á V. Ex.ª que o mesmo se tinha iniciado com uma comunicação que circulava no interior das Finanças denunciando a forma como havia sido vendida a Fábrica de Louças de Sacavém.
A mesma fora adquirida por negociação directa por uma empresa de que o Sr. Luís Vieira era sócio por um preço quase anedótico. Na altura apurou-se que viviam no Condomínio Privado que entretanto ali fora construido pela empresa compradora quatro Directores de Finanças.
O que resultou para o Sr. Luís Vieira? Quanto sabemos, até agora, nada.
Na altura em que o processo decorria, o marido da Dr.ª Morgado escrevia pelo Natal no Expresso um artigo que denominava “Conto de Natal”. Fazia-o “camuflado” tentando atingir alvos concretos.
Recordamos que efectuou um direccionado ao Sr. Vítor Santos - Bibi e, no ano em que o processo atrás referido se encontrava em fase de investigação, um que era direccionado à então Ministra da Justiça que, de forma cobarde, intitulou de “Etelvina”.
Acusava-a de ter subido na vida à custa de práticas de baixa índole. Mais tarde ele e a mulher fizeram correr a notícia de que o processo não tinha tido êxito por interferência da Ministra para proteger um Director de Finanças.
Correlacione V. Ex. a os factos e retire as devidas ilações.
Quanto ao Dr. Carlos Farinha, pensamos que terá sido escolhido para a Dr. a Morgado o “premiar” por ele se ter mostrado solidário e ter pedido a demissão quando ela fez o mesmo.
À nomeação do Sr. Sérgio Bagulho já lá vamos.
Quanto aos outros elementos não queremos tecer grandes comentários, mas sempre diremos que estranhamos a nomeação do titular do processo “Mantorras”, processo que se encontrava em investigação.
Terá sido para o processo ser “exterminado” de vez?
Pensamos que sim, pois deram tempo para que o Sr. Luís Vieira montasse a sua estratégica de defesa.
Sobre este processo já nos debruçaremos mas adiante.
Quanto ao Sr. Bagulho eram conhecidas as suas fortes ligações ao clube S. L. Benfica e ao seu presidente Luís Vieira, com quem era visto frequentemente a jantar em Restaurantes de luxo da baixa lisboeta.
Constava que era o seu novo “Suzano”, ou seja um dos seus homens de mão para efectuar trabalhos sujos, nomeadamente algumas cobranças.
O Luís Vieira conhecia factos que revelados poderiam acabar com a sua carreira e jogava com eles, “obrigando-o” a fazer aquilo que queria.
Era também comum ver-se o Bagulho a “pavonear-se” nos camarotes presidenciais do Estádio da Luz.
Alguém de boa fé nomearia este homem para este processo?
Entretanto, o Dr. Cartas Farinha abandona a equipa, pois tem que ir cumprir uma comissão à Madeira.
Quem é que aparece?
O Sr. Manuel Carvalho.
Nos corredores da Polícia consta que quem o indicou foi o Dr. João Correia, advogado com quem o Sr. Carvalho se reúne com frequência para receber directrizes, quanto ao caminho enviesado a dar ao processo.
Sabemos, e só estamos a constatar um facto, das dificuldades financeiras que o Sr. Carvalho tem passado devido a uma desastrosa incursão no mundo empresarial.
Durante esta fase do processo circulou muito dinheiro com proveniência do Sr. Luís Vieira e com diversos destinos.
A D. Carolina tem sido um dos seus destinos preferidos, tendo o seu último recebimento sido efectuado pelas mãos “sujas” da Sr.ª Leonor Pinhão.
Esta entregou-lhe cinquenta mil euros com a indicação que não os depositasse em Portugal.
A D. Carolina cumpriu e deslocou-se a Tuy, onde efectuou o depósito no Banco Santander.
Outro dos destinos do dinheiro do Sr. Luís foi o pai da D. Carolina que igualmente se deslocou a Espanha para depositar as quantias recebidas.
Já que falámos na Sr.ª Pinhão, ideóloga do livro que originou a reabertura do processo, questionámo-nos de qual a razão da equipa “milagrosa” só ter usado o livro da D. Carolina e não outros escritos de credenciados jornalistas que denunciavam várias ilegalidades cometidas pelo Sr. Luís Vieira?
Será o poder discricionário...
A título exemplificativo referimos o jornalista António Tavares-Teles que quase diariamente denuncia factos relacionados com o Sr. Luís Vieira - vide artigos recentes no jornal “O Jogo” em 8 e 9 de Junho de 2007.
Por que razão não se investigam os artigos dos jornais Público dos dias 29 e 30 de Março de 2007, ambos na pág. 26 e Correio da Manhã de 10 de Maio de 2007-pág. 24?
A escritora do livro (que foi considerado relevantíssimo elemento de prova, tendo originado as reaberturas de inúmeros processos), Fernanda Freitas, disse (citamos): “Estou arrependida por ter pactuado por desconhecimento de causa com falsidades e invenções no texto que escrevi”.
Alguém terá considerado esta afirmação?
Sabemos que existem vários crimes (furtos, fogo posto, tentativas de homicídio), cujos autores materiais já confessaram e imputaram a responsabilidade da autoria moral à D. Carolina.
O que se passa com estas investigações e com a entrevista publicada no Correio da Manhã de 14 de Maio de 2006 em que um indivíduo exibia objectos furtados ao presidente do F. C. Porto e denunciava um plano de extorsão?
Como é possível manter-se em liberdade alguém que cometeu tantos crimes com um grau de perigosidade tão elevado.
Parece-nos, salvo melhor opinião de V. Ex.ª, que o quadro legislativo português não prevê a figura de “arrependido”.
Qual o motivo de tal protecção e que “taxa de juros” seremos obrigados a pagar?
Mas já que falámos em crimes cometidos é altura de abordar a agressão ao Sr. Bexiga.
Uma conceituada jornalista que colaborou com vários jornais de referência ao abordar a D. Carolina sobre a autoria deste crime referiu-lhe:
“Então vocês vão cometer uma agressão num parque de estacionamento? Não vêem que foram filmados pelas câmaras de filmar”.
A D. Carolina retorquiu:
“Eu não brinco em serviço. No dia anterior mandei destruir as câmaras”.
Para V. Ex.ª fazer um juízo sobre a maquinação que foi montada providencie no sentido de verificar se alguma vez aquele parque possuiu câmaras de filmar.
A resposta que obterá será: NUNCA!
A Sr.ª Pinhão nas reuniões que efectuou frequentemente no Restaurante Le Petit e no Hotel Mundial com a D. Carolina esqueceu-se de pormenores importantes.
Como ideóloga também terá sido a Sr.ª que instigou a D. Carolina a cometer os crimes atrás aludidos?
Retratá-los-á na sua “fita”?
Nem todos são ingénuos Sr.ª Pinhão, mas reconhecemos que a Sr.ª tem alguma esperteza.
No entanto, no dia em que Deus distribuiu a inteligência a Sr.ª acordou tarde, como é habitual, e ficou no final da fila. Infelizmente, este é um dom que não se compra em qualquer Centro Comercial.
Num dos furtos a que atrás fazemos referência foram recuperados pela P. S. P. na residência da D. Carolina alguns dos objectos que haviam sido furtados do escritório do seu ex-companheiro, escritório, cuja existência só os dois conheciam.
Entre os objectos não recuperados figuravam vários quadros.
O semanário Sol publicou a entrega dos objectos recuperados ao presidente do F. C. Porto.
Imediatamente o Sr. Luís Vieira, ao ter conhecimento do artigo publicado, liga à D. Carolina dizendo-lhe que já não quer em sua casa o quadro do Cargaleiro.
O referido quadro foi pelas mãos da Sr.ª Pinhão levado para o Porto e entregue à D. Carolina.
Sabemos que o Sr. Luís Vieira aprecia obras de arte, nomeadamente quadros, e gosta de, quando entende oportuno, oferecer peças valiosas a Presidentes de Bancos.
Depois os financiamentos estão mais facilitados, não é Sr. Luís?
O local de aquisição dos mesmos também é igual e cirurgicamente seleccionado, não é Sr. Luís?
Mas para que V. Ex.ª faça um correcto juízo sobre o “pagante” desta farsa referiremos alguns factos do seu passado.
Comecemos pelos pneus.
A Polícia Judiciária possuía um dossiê sobre a actividade de tráfico de estupefacientes do Sr. Luís Vieira.
O dossiê ainda existirá ou os seus “homens” já lhe terão dado sumiço?
O Sr. Vieira demonstrava o seu receio às pessoas que lhe eram mais próximas na candidatura ao S. L. Benfica, pois dizia: “se eu lá chegar, vem logo à ribalta o esquema do pó nos pneus”.
Nesta altura do negócio dos pneus apareceu um homem morto nas instalações da sua empresa.
Talvez o então titular do processo, um colega já aposentado, queira agora contar a história das ameaças que o Sr. Luís Vieira, acompanhado por um grupo de ciganos, efectuou à sua família numa esplanada em St.a Iria da Azóia.
Quando estes factos forem conhecidos talvez alguns responsáveis de transportadoras que efectuavam o transporte dos pneus queiram divulgar o que efectivamente transportavam.
Também, poderá ser que os responsáveis da empresa de Braga que adquiriu esta empresa ao Sr. Luís Vieira divulguem a forma como foram burlados, pois os elementos contabilísticos da empresa foram previamente falsificados.
Em Julho de 1993 foi julgado e condenado no Tribunal da Boa-Hora pela prática de um crime de roubo.
Foi condenado a 20 meses de prisão.
No acórdão do 3.º Juízo Criminal de Lisboa, o Juiz-Presidente, Afonso Henrique Cabral Ferreira, refere com alguma ironia que “esta história é diga da sétima arte” e destaca que “o Sr. Luís Filipe Ferreira Vieira foi o único que não se declarou arrependido pelo crime cometido”.
Afinal a “queda” para a sétima arte já é antiga...
O Homem que lhe deu a mão e a quem ele deve a fortuna que hoje diz ter, era um Director de uma Instituição Financeira, António Pedra Almeida Gomes, que, entretanto, se aposentou e, como já não era útil, foi “descartado”.
Aliás isso é uma das suas práticas, serve-se das pessoas e depois abandona-as.
Enquanto Presidente do Alverca há muitas histórias, mas focaremos a relacionada com a adulteração de resultados nas últimas jornadas num ano em que o Alverca estava em risco de descer de divisão, mas salvou-se “empurrando” para a descida o Beira-Mar.
Estes factos deram origem a um inquérito no Departamento de Aveiro, pois os mesmos foram conhecidos, após aliciamento efectuado ao guarda-redes do Beira-Mar Palatsi.
O Palatsi deu conhecimento ao então presidente Mano Nunes e deslocaram-se ambos ao Departamento da P. J. em Aveiro.
Apesar do inquérito ter sido distribuído ao elemento mais fanático pelo Benfica daquele Departamento o processo deu alguns “passitos”.
Havia no inquérito informação que revelava haver resultados combinados nas últimas quatro jornadas.
O Sr. Luís Vieira telefonou ao guarda-redes Palatsi dizendo-se director do clube que se deslocava a Aveiro na jornada seguinte.
Esse clube era um dos três que lutava por um apuramento para a Taça UEFA. Quão habilidade maliciosa o homem tem...!
O referido jogo terminou empatado, sem aparentes casos.
Todavia, os seus tentáculos tinham que se estender aos jogos onde o Alverca intervinha.
Aí conseguiu, nalguns casos directamente, noutros por intervenção de outras pessoas os seus objectivos.
Recordámos que um dos homens de quem se serviu foi do então presidente do Benfica, Sr. João Azevedo.
Como é seu apanágio, quando já não lhe servia, esquecendo os serviços prestados, descartou-o, conseguindo mal chegou à presidência do Benfica a sua expulsão de sócio.
Um dos jogos comprados foi em Campo Maior.
Existem actualmente alguns atletas, que então jogavam no Alverca, disponíveis para falar.
Nesse jogo o melhor goleador do Campomaiorense ainda na primeira parte simulou uma lesão e abandonou a partida.
Não obstante as facilidades concedidas o Alverca não conseguia marcar.
Já na parte final da partida quando o avançado Mantorras seguia com a bola o defesa que estava à sua frente mergulhou para o chão numa queda digna de um qualquer palhaço numa pista circense.
O Mantorras marcou e o Alverca venceu 0-1.
Outro dos jogos foi na Madeira com o Marítimo.
Aí foi contactado o seu familiar António Simões, então treinador-adjunto.
O resultado para, não dar muito nas vistas. foi um empate.
Não deixou de ser uma surpresa o Alverca ter conseguido empatar no reduto madeirense.
Na última jornada o Alverca recebia o V. Guimarães, candidato à Europa e o Beira-Mar deslocava-se a Vidal Pinheiro, estando o Salgueiros já com uma classificação tranquila.
Houve que atacar nas duas frentes.
Como o V. Guimarães não se vendia, pois pretendia ir à Taça UEFA, havia que comprar o árbitro.
Aí foram contratados com êxito os serviços do ex-árbitro Sr. Pinto Correia.
O Alverca venceu 2-1 (analisem-se as declarações dos responsáveis do V. Guimarães relativas a este jogo), mas não era suficiente.
O Beira-Mar não podia vencer, pois se assim acontecesse seria o Alverca a descer.
O Sr. Pinto Correia recebeu pelos serviços prestados neste encontro um veículo automóvel.
Curioso, também, é o facto deste senhor, depois de abandonar a arbitragem ter iniciado uma actividade, até então para ele, desconhecida, comerciante de pneus - mais uma coincidência.
Vamos ao jogo de Vidal Pinheiro.
Como comprar o Salgueiros para dificultar a vida ao Beira-Mar?
Através do presidente não, pois o Sr. Luís Vieira estava de relações cortadas, devido ao caso “Deco”.
Há uma expressão que o Sr. Luís Vieira profere com frequência: “Se não podemos ir ao General, vamos aos sargentos”.
Se assim o pensou, assim o fez.
Contactou três jogadores, os mais influentes e conseguiu os seus objectivos, pois o Beira-Mar não conseguiu ganhar, apesar da excelente exibição.
O jogo, que pasme-se ninguém estranhou, terminou 4-4.
O pagamento aos três atletas foi efectuado pelo Sr. Manuel Bugarim.
No início da época seguinte, estava o Salgueiros em estágio no Algarve, estes factos chegaram ao conhecimento do seu presidente.
Imediatamente suspendeu os três atletas e rescindiu posteriormente os seus contratos.
Entretanto os dois presidentes conciliaram-se.
Na parte final da época as posições dos dois clubes estavam invertidas, o Alverca em posição já tranquila e o Salgueiros em risco de descer.
O Salgueiros visitava o Alverca e foi combinado que o Alverca facilitaria.
Esta combinação foi conhecida.
No dia do jogo o então Director Desportivo do Alverca, Sr. Couceiro foi avisado telefonicamente que havia conhecimento, por parte de outros clubes, de tal intenção.
Também o titular do processo existente no Departamento de Aveiro foi avisado.
Como seria difícil efectuar a prova à posteriori, o referido investigador decidiu contactar telefonicamente os dois presidentes.
Assim, o jogo decorreu normalmente e o Alverca venceu.
Voltemos aos “passitos” do processo de Aveiro.
O Sr. Luís Vieira já então tinha os seus homens na nossa Instituição.
Foi avisado que as coisas estavam feias, pois haviam acontecido demasiados factos estranhos.
Então, aquela mente matreira decide efectuar uma carta anónima dirigida ao processo onde imputa toda a responsabilidade dos factos ocorridos ao então Presidente da Assembleia-Geral do Alverca, Sr. Eduardo Rodrigues, seu único sócio na empresa que comprara a Fábrica de Louças de Sacavém.
Quando o titular do processo, o tal fanático benfiquista de Aveiro, vem ouvir em declarações o Sr. Eduardo Rodrigues à sua empresa, em Alverca, por coincidência também, estava no gabinete do seu sócio o Sr. Luís Vieira.
Ali se manteve e foi ele que “conduziu” as declarações do seu sócio.
Também o Beira-Mar gostará de saber que não foi só prejudicado na época supra citada, com intervenção do Sr. Luís Vieira. Foi com dinheiro proveniente dele ou do Benfica que o Setúbal se “safou” na última época e o sacrificado foi novamente o Beira-Mar. Vamos aos factos. Recordar-se-ão do episódio do “rapto” do guarda-redes Moretto. Nesse ano o presidente do Setúbal chegou a anunciar que o Benfica é que pagou os ordenados em atraso ao plantei, pois conseguira contratar um jogador que já havia rescindido o contrato com o Setúbal. A História nunca foi realmente conhecida. Talvez o Sr. Rui João Soeiro que entretanto saiu de cena alguma vez fale quanto é que aceitou como dádiva para a sua conta pessoal. Entretanto, os actuais directores (Carlos Costa e Ronald Inácio) do Setúbal sabendo do que se passou contactaram o Sr. Luís Vieira e ameaçaram-no que se não fossem ajudados contariam o que sabiam. Assim, o Sr. Luís Vieira contactou o seu homólogo (e companheiro de negócios) da Naval, entrou com a “massa” e o “caldinho” foi “cozinhado”. Foi um pouco mal confeccionado, pois cheirou a esturrado, mas até agora ninguém notou o cheiro a esturro.
Os negócios entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. Aprígio Santos são a pesquisa de terrenos em conta, nem que pertençam a reservas, pois vendem-nos a preço elevado ao fundo do BPN, havendo um conluio com o seu Presidente, Oliveira e Costa.
O lucro obtido é repartido entre os três, e os accionistas do Banco são severamente penalizados.
Ainda no Alverca fez o negócio “Mantorras”, estando nos dois lados da barricada, o que já de si foi muito estranho.
Na altura, com a concordância do Sr. Vítor Santos - Bibi, engendraram um esquema para sacarem um milhão ao Benfica.
A forma como tal se processaria consta do processo numa cópia manuscrita pelo Sr. Luís Vieira.
Como o Sr. Luís Vieira tentou enganar o Sr. Vítor Santos, este cedeu a informação à TVI, conseguindo impedir a concretização da negociata.
Recordamos que na altura o Sr. José Couceiro foi entrevistado nessa estação sobre esta transferência e quando lhe demonstraram que o Sr. Luís Vieira havia celebrado um contrato de cessão de posição contratual com a PGD, em seu nome pessoal, referiu de imediato que isso era um assunto de Polícia.
Tinha razão o Sr. Couceiro, desconhecia era que o Sr. Luís Vieira a controlava.
Como o dinheiro não saiu como havia idealizado, decidiu comprar jogadores à molhada ao Alverca para poder tirar o dinheiro que pretendia do Benfica.
O desnorteamento para sacar a qualquer preço foi de tal ordem que até venderam ao Benfica um jogador, Anderson, cujas direitos desportivos não pertenciam ao Alverca.
Quando o Sr. Luís Vieira percebeu que o Anderson não era do Alverca tentou que lhe devolvessem esse dinheiro, pois pretendia com ele comprar um apartamento para o seu filho em Miami.
Houve nesta altura um desentendimento com o Sr. Bugarim que não concordava, pois havia outras parcelas relacionadas com outros jogadores vendidos que não haviam chegado ao Alverca.
Esses valores saíram do Benfica em numerário, levantados por um ex-candidato à presidência do V. Setúbal e foram utilizados para adquirir pela empresa Turixira, cujo Presidente do Conselho de Administração era o Sr. Luís Vieira, terrenos na zona de Tavira.
Há três empresários que se quisessem falar poderiam esclarecer toda esta tramóia.
Um está disponível para falar, mas quando ouvido pela P. J. não sentiu confiança suficiente para “abrir o livro”, pudera...!
Outro antes de falar foi contratado a bom dinheiro pelo S. L. Benfica para a função: “estar calado”.
O terceiro está fora do País, mas perfeitamente localizado.
Não temos opinião formada sobre o nosso colega titular do processo “Mantorras”, mas sabemos quem o rodeava e recolhia informação privilegiada.
Foi essa informação privilegiada que levou o Sr. Luís Vieira a combinar com o Sr. Joaquim Oliveira a caixa no 24 Horas da sua ida à P. J..
Tal notícia foi previamente combinada entre os dois e o que se passou foi uma autêntica encenação (lá vem outra vez a queda para a sétima arte) do Sr. Luís Vieira.
Entender-se-á esta combinação, que retirou à P. J. a oportunidade de ouvir como arguido o Sr. Luís Vieira, quando se perceber quem está por detrás da empresa em Off Shore “Spinelli”, proprietária do Alverca.
Serão os Srs. Vieira e Oliveira?
A desorientação foi de tal ordem que ao que consta, para se verem livres de um jogador que tinha contrato até 2008, rescindiram-lhe o contrato por mútuo acordo, mas sem ele saber.
Mas o caso “Mantorras” não é virgem.
Os adeptos do S. L. Benfica deveriam saber qual o destino que os Srs. Vieira e Veiga deram aos dois milhões de euros que dizem ter custado o jogador Kikin Fonseca ao Cruz Azul.
O site sportugal divulgou que o jogador veio a custo zero e eles, imediatamente, venderam-no para que se não falasse mais no assunto.
Outro negócio que era importante perceber foi o do jogador Marcel.
Na véspera da sua concretização, a sua anterior equipa foi jogar ao estádio da Luz.
Foram severamente prejudicados, de tal forma que quem prestou declarações à comunicação social foi o seu presidente, agastadíssimo com o que se passara.
Surpresa das surpresas no dia seguinte aparece a negociar o referido jogador.
Voltemos à época 2004/2005 (ano em que o S. L. Benfica quebrou o longo jejum), nomeadamente à sua preparação, na qual o S. L. Benfica em vez de contratar jogadores contratou pessoas para os órgãos sociais da Liga, controlando-a na sua totalidade.
Este assunto é deveras conhecido do público em geral, pois o Sr. Vieira chegou inclusivamente a tecer declarações em que confirmava nitidamente as suas intenções.
Porém, desconhecerá a maioria das pessoas o que foi negociado com o segundo clube com mais influência nesse ano na Liga (Braga).
O Sr. António Duarte (representante do Braga) e n.o 2 do Sr. Cunha Leal tinha que dizer ámen a tudo o que este último quisesse.
Os dois clubes foram durante a época escandalosamente beneficiados, mas no momento da decisão do campeonato, como o Braga ainda era candidato, ainda houve desentendimentos, mas decidiram oferecer o campeonato ao Benfica com a contrapartida do presidente do S. C. Braga construir, por adjudicação directa, o Centro de Estágio do Benfica, através da sua empresa de construção “Britalar”.
Já que falamos do Sr. Salvador era importante investigar as ligações que possui à Bragaparques e ao Sr. Vieira.
O Controlo dos órgãos da Liga não se limitava aos de maior visibilidade, pois o Sr. Vieira introduziu uma série de elementos que ainda hoje lá se encontram, nomeadamente alguns Delegados.
Um desses Delegados, de nome Reinaldo, foi contratado no Algarve através de um colaborador do Sr. Luís Vieira, o sobrinho do Presidente da Câmara de Albufeira.
Neste momento, já estão na Liga como Delegados dois funcionários das empresas do Sr. Reinaldo.
São os tentáculos do polvo a crescer.
Esse senhor Reinaldo foi o Delegado nomeado para o jogo Benfica-Porto da época 2005/2006 e que impediu, ainda sem as fichas de jogo entregues, a ida ao relvado, antes do início do encontro, de alguns elementos do F. C. Porto, nomeadamente um dos seus médicos e o seu presidente.
Coincidência das coincidências, na época transacta, 2006/2007, o mesmo Delegado foi nomeado para o Benfica-Porto.
Mas quem é este Sr. Reinaldo?
É um fervoroso benfiquista e proprietário de várias empresas no Algarve, direccionadas para a venda e aluguer de habitação.
É para as suas habitações que a Liga envia todos os elementos que têm de se deslocar para o Algarve.
Por outro lado, o Sr. Luís Vieira custeia os alojamentos de férias dos árbitros e árbitros assistentes, observadores, delegados e assim por diante que frequentemente passam férias nas instalações do Sr. Reinaldo.
O que receberá em troca o benemérito Sr. Luís Vieira?
Traçado que está o perfil do “pagante” de toda esta farsa era importante perceber o valor das importâncias que despendeu com a D. Carolina para que avançasse com o livro, para se disponibilizar a prestar as declarações que prestou, bem como com os funcionários da nossa Instituição que deram guarida a tal estratagema.
Sabemos que o Sr. Luís Vieira virá, como é óbvio, atendendo aos seus tentáculos, a ter conhecimento desta comunicação.
Não temos disso receio, apesar das ameaças veladas que alguns de nós já recebemos.
Conhecemos perfeitamente os seus homens, que brindes lhes oferece e como estão estrategicamente colocados.
Até ao nível da Direcção, mas isso há-de ser limpo, nem que para isso joguemos sujo, como o Sr. Luís.
O Sr. Luís frequentemente diz-se um exemplar chefe de família e não paga garrafas de champanhe.
É nosso conhecimento que o Sr. gosta de outros tipos de garrafas, nomeadamente frascos de perfume, não é?
E também conhecemos a sua veia caritativa para oferecer vivendas.
Para já fiquemo-nos por aqui, ok Sr. Luís?
Esta comunicação está a ser efectuada num PC da Instituição, mas que não está distribuído a nenhum de nós.
Talvez o seu homem de Vaiado dos Frades quando decidir descobrir em que local o documento foi efectuado tenha uma surpresa.
Recordaremos, por último, ao Sr. Luís Vieira que é do nosso conhecimento que o que conseguiu com a D. Carolina já havia tentado com a anterior esposa do Sr. Pinto da Costa.
Mal a separação aconteceu, convidou-a para passar a passagem de ano no Hotel Montechoro e, em seguida, tentou inúmeras jogadas, mas infelizmente para si a Sr.ª D. Filomena é uma senhora.
Por fim, sugerimos a V. Ex.ª, Sr. Procurador-Geral, que providencie para serem encontradas instalações para a equipa “milagrosa” na Rua António Maria Cardoso, pois os três episódios que a seguir contamos, assemelham-se a práticas ali, em tempos, realizadas.
1. Quando da audição do empresário António Araújo o mesmo foi aliciado na presença do seu advogado a imputar as responsabilidades ao presidente do F. C. Porto, dando-lhe como contrapartida o arquivamento dos seus processos.
2. A Sr.ª D. Filomena, ex-esposa do Sr. Pinto da Costa, foi ouvida por factos relacionados com a venda de um imóvel, num período em que já estava separada do referido Sr..
Estavam em causa os valores da venda, pois havia a suspeita que o valor de escritura não seria o valor real.
Prometeram-lhe o arquivamento dos autos, desde que se disponibilizasse a falar da vida do seu ex-marido.
Apesar de não ter aceite não se coibiram de lhe efectuar algumas perguntas sobre tal senhor.
3. Não obstante os intensos treinos, as audições da D. Carolina não correram sempre bem.
Assim, à cautela o seu treinador colocava-se atrás do colega que procedia à audição para, por gestos, lhe poder dar indicações sobre alguma dúvida que a mesma tivesse.
Entre outras indicações, recordamos a que se passou quando lhe perguntaram quem recebeu à porta da residência do presidente do F. C. Porto o árbitro Augusto Duarte.
A D. Carolina respondeu imediatamente que foi o seu ex-companheiro, mas eis que o seu treinador brandindo a mão em sinal negativo, lhe dá indicações em “V” com os dedos indicador e médio, sugerindo-lhe duas pessoas e em seguida apontando para si, sugere-lhe que ela também recebeu o referido árbitro.
Assim declarou a D. Carolina, pois é bem mandada.
Realça-se que a D. Carolina quando este episódio se passou encontrava-se doente, inclusivamente acamada, não tendo sido, como é lógico, quem recebeu o referido Augusto Duarte.
Presumimos que as investigações a efectuar nos processos relacionados com o apito dourado deveriam começar pelos processos arquivados, pois atentas as informações de quem não aceitou os arquivamentos será de prever inúmeras anuências aos objectivos da equipa “milagrosa”.
Para tal deverão ser nomeados magistrados e polícias íntegros e sem máculas, para que se possa apurar todas as manigâncias praticadas.
Acreditamos que V. Ex.ª desconhecia todos os factos aqui denunciados e que providenciará para que seja reposta a verdade, culpabilizando os verdadeiros culpados e inocentando os que não cometeram ilícitos.
No entanto, como “o seguro morreu de velho”, enviaremos cópias desta comunicação a diversas entidades para que os factos aqui denunciados não “caiam novamente no silêncio”.
Assim, serão enviadas cópias para:
.Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional;
.Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol;
.DIAP - Porto;
.F. C. Porto e
.Produtora Utopia (como as filmagens começaram há dias, ainda poderão “enriquecer” a personagem do Sr. Vieira).
Aproveitamos a oportunidade para solicitar a V. Ex. a que informe a Dr. a Mizé Tung que também fizemos milhares de quilómetros e falámos (sem ter nada para prometer, nomeadamente arquivamentos) com centenas de pessoas.
Os depoimentos recolhidos são puros e verídicos, pois não houve qualquer tipo de manipulações, nem prévios treinos.
Possuímos gravações de imagem e som, bem como documentação que comprova o aqui exposto e estaremos disponíveis para as ceder, desde que vejamos que o sentido a dar a estes casos seja o sentido da verdade e da justiça.
Fá-lo-emos de forma anónima, como agora, pois não queremos colocar as nossas carreiras em risco.
Mas, caso vislumbremos alguma tentativa de manipulação dos factos, temos jornalistas “prontos” para divulgar como foi criada a maior FARSA DA JUSTiÇA PORTUGUESA.
Se à D. Carolina escreveram um livro indicando-lhe o guião, também poderemos indicar o guião a alguém que queira escrever um livro, eventualmente com o título “Tu, Luís...”.

Lisboa, 3 de Julho de 2007


A credibilidade do anonimato

Francisco José Viegas, Escritor

Tudo começou quando o presidente do Benfica anunciou, com a compreensiva cobertura da Imprensa, que tinha descoberto à porta de sua casa um dossier "anónimo" com "informações relevantes" sobre o fantástico mundo do futebol e, em especial, sobre o "Apito dourado". Os "incertos", como se usa escrever nos autos, não quiseram entregar o seu documento à Polícia, aos tribunais ou ao Governo; confiavam mais no presidente do Benfica, que lhes oferecia mais garantias. Assim vai o Mundo.
Seja como for, e munido de uma delegação à altura e devidamente empertigada, o cavalheiro entregou o dossier "anónimo" às autoridades, exigindo esclarecimentos, investigação, fuzilamentos, moral nas ruas, paz nos balneários, castigos, açoites, castidade no lar e denúncias públicas.
As autoridades fizeram-lhe a vontade e o novo procurador-geral da República, que conhece bem a Imprensa, mencionou a vontade de fazer justiça por todos os meios. Pôs a Polícia a ler.
Ora, como se sabe, um dossier "anónimo" é um dossier que não tem assinatura ou lhe falta assinatura, pura e simplesmente, ou a apagaram para que seja "anónimo". Por exemplo: alguém pode elaborar um dossier "anónimo" e, para lhe dar credibilidade (imagine-se!), é necessário retirar-lhe a assinatura; imagino que, se a tivesse, ninguém ligaria. Sem assinatura (esse sinal infame que indica o nome do acusador, do denunciante, do queixoso, do mentiroso, da vítima ou do interessado), o documento ganha muito mais credibilidade.
Entretanto, apareceu um novo dossier "anónimo", agora em papel timbrado da PJ; a sua origem pode, portanto, ser diferente do primeiro, mas nada o garante porque anonimato é anonimato. De qualquer modo, as autoridades, postas diante dessa evidência, têm de apreciá-lo, porque não é possível desprezar um dossier "anónimo" e apaparicar o outro. Há, como se sabe, uma ética do tratamento do dossiers "anónimos"; faz parte da originalidade portuguesa - se ligas a um, tens de ligar a outro; se lês um, tens de ler o outro, e assim por diante, até não haver espaço nos arquivos da Procuradoria ou lugar nas primeiras páginas dos jornais.
O que eu faria e o que o leitor faria é, provavelmente, diferente do que está a ser feito, mas há pormenores que nos ultrapassam. Evidentemente que na base do "anonimato voluntário" poisam mais facilmente a mentira, o interesse, o embuste, a pataratice, a impostura e até o medo. A assinatura não está lá; mas a marca do forjador permanece, o albardeiro deixou-a.
Simplesmente, procuradores, polícias, investigadores anónimos e diligentes funcionários dos departamentos criminais, em vez de chamarem o pessoal do CSI de Las Vegas, para encontrarem impressões digitais, manchas de uísque, pingos de sardinha e de caldeirada, ou cabelos sujos, sentam-se nos seus gabinetes (vá lá, é uma imagem literária), ajeitam os óculos, empilham uma série de blocos para apontamentos ao lado de uma dúzia de lápis afiados, e iniciam a leitura. Fazendo a vontade aos autores dos dossiers "anónimos", ou a quem lhes retirou a assinatura, deixam na opinião pública a ideia de que a denúncia anónima, a falta de escrúpulos, a chantagem pessoal e a literatura de vingança mais abjecta são instrumentos da justiça ou da procura da verdade.
É evidente que este exemplo pode frutificar. Ele pode trazer benefícios evidentes, quer à indústria de entretenimento quer ao negócio do papel impresso. Centenas de autores de dossiers "anónimos" estão disponíveis para continuar este trabalho e para exigir leitores na Polícia e nos gabinetes de investigação criminal. Romancistas falhados, burladores profissionais, delatores de vizinhos, mentirosos encartados ou patifes banais estão agora autorizados a escrever os seus textos. Vinte, trinta páginas bastam para aceder à glória. É uma alegria. O dossier "anónimo" está na moda. Convido-vos à escrita.

Anonimato (I)

Aqui há uns tempos o Orelhas falava dia sim, dia sim, de um dossier anónimo, que lhe tinham deixado na caixa do correio de casa, o qual continha a VERDADE DAS VERDADES !!
Aliás, o facto de ser anónimo até lhe dava mais credibilidade, mais não fosse porque o que lá constava era tão verdade, tão verdade, tão verdade, que os seus autores até tinham optado por se proteger.
De repente …a semana passada, surge mais um dossier anónimo. Ora, segundo o Correio da Manhã, A Bola, o Record e a TVI, entre outros, se é anónimo, não vale nada. É só falsidades. Se assim não fosse claro que estava assinado.Não sei se estão ver a lógica…. ou seja, a corja jornaleira antiportista queria que os inspectores da Policia Judiciária se identificassem….

O mau, o vilão e a RTP

A RTP (e um dia depois a RTPN) exibiu a semana passada anteontem à noite, em 'prime-time', um documentário sobre Pinto da Costa, intitulado "O bom, o mau e o vilão", (o "bom", como se verá à frente, estava naturalmente a mais) na que terá sido a peça pretensamente jornalística mais parcial da televisão portuguesa dos últimos anos, em que apenas pretendeu - e conseguiu - ridicularizar Pinto da Costa e o Porto.
É difícil entender o que leva a RTP, que até tem um passado de subserviência ao F.C. Porto, aos seus rivais Benfica e Sporting, mas também ao poder político, a decidir-se pela exibição em horário nobre de um pretenso documentário que se limita a recolher e a exibir as piores imagens das últimas três décadas do F.C. Porto, mesmo que não tenham absolutamente nada a ver com Pinto da Costa (uns dois ou três minutos com o episódio da camisola rasgada de Rui Jorge por José Mourinho, situação em que o presidente do F.C. Porto não foi tido nem achado), numa espécie de "worst off" do F.C. Porto.
Logo no início, a narradora informa-nos de que os amigos não quiseram falar, porque Pinto da Costa está de relações cortadas com a RTP e a partir daí, como que aproveitando a deixa, tudo serve para deixar mal na fotografia o presidente do F.C. Porto e quem mais se lhe aproxime - lamentável a insinuação sobre Alípio Dias, quando se diz que foi o Crédito Predial Português que prestou a garantia bancária que travou a penhora do Estádio das Antas. Alípio Dias era então presidente do banco e aparece a abraçar Pinto da Costa e logo a seguir a narradora conclui, insinuante "Hoje é presidente do Conselho Superior do F.C. Porto".
Ao longo de uma hora o tom é sempre de desdém, seja pela imensa série de vitórias nacionais e internacionais da equipa de futebol, que mais não são do que uma nota de rodapé no programa, o que é estranho quando se trata da biografia de um dirigente desportivo, seja pelo gosto por poesia, seja pelas relações afectivas do protagonista, hoje bem conhecidas de todos, quanto mais não seja pelo mediatismo do livro da ex-companheira Carolina Salgado. De resto, não deixa de ser sintomático que o único ex-treinador do F.C. Porto a falar no documentário seja Octávio Machado, ele que é o único dos ex-treinadores a dizer mal de Pinto da Costa. Bobby Robson, Victor Fernandez, Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Quinito, Ivic, António Oliveira, Fernando Santos treinaram o clube. Todos já tantas e tantas vezes falaram publicamente bem de Pinto da Costa, mas a RTP só recolheu o testemunho de Octávio Machado. Coincidência.
Pinto da Costa está sob investigação, as escutas conhecidas são, no mínimo, comprometedoras e não abonam nada a favor do presidente do F.C. Porto. A justiça, cedo ou tarde, se encarregará de demonstrar a responsabilidade de Pinto da Costa. A RTP, no entanto, considera que se trata de serviço público fazer o julgamento televisivo, apresentando uma hora de emissão em que o melhor que se ouve é quando Jorge Costa diz que o F.C. Porto é obra de Pinto da Costa. Goste- -se ou não, é capaz de haver um bocadito mais de coisas a dizer, como acentuar o sucesso desportivo do clube, as contratações bem feitas, que permitiram, por exemplo, aproveitar Deco e Maniche, dois proscritos do Benfica, fazê-los campeões da Europa e transferi-los por milhões de euros, etc, etc.
A perspectiva de serviço público da RTP é tanto mais curiosa se recordarmos que em 2003, no ano em que o F.C. Porto venceu a Taça UEFA, o canal público não transmitiu os jogos em casa do clube, não porque algum concorrente se tenha antecipado e comprado os direitos, mas apenas porque a RTP considerou que era dinheiro mal gasto. O critério, curiosamente, já não foi o mesmo em 2005, quando o Sporting foi à final da Taça UEFA, ou na época passada, quando o Benfica chegou aos quartos- -de-final. Neste caso, a RTP até chegou a transmitir as meias-finais na RTP-N porque já tinha comprado o jogo em casa do Werder Bremen, adversário da equipa portuguesa, caso esta tivesse chegado às meias-finais. Isto para não falar do Verão de 2003, quando a RTP se preparava para não transmitir a final da Supertaça europeia, entre F.C. Porto e Valência, alegando, primeiro, que o jogo não era oficial, depois, que não se tratava de final.
Aliás, para que estas coisas sejam realmente transparentes - e a RTP é uma empresa pública, subsidiada por todos nós, com obrigação de boas práticas e contas claras -, a estação deveria, por exemplo, tornar público quanto pagou pela transmissão de jogos do F.C. Porto, do Benfica e do Sporting nos últimos cinco, dez ou 15 anos. Todos perceberíamos melhor o conceito de serviço público para a RTP e o documentário transmitido.


Artigo de opinião de Francisco J. Marques in Jornal de Noticias - Sáb, 18 de Agosto de 2007

Dragões: manifestem a vossa indignação junto do provedor da RTP !!!

Ainda o tratado da UE

Sócrates disse que quer que o Tratado da UE se chame Tratado de Lisboa, tendo que ser, para isso, assinado na capital.
Acho que sim. Já na nossa anterior Presidência, o documento mais importante a ser produzido ficou conhecido como a Estratégia de... Lisboa.
Acrescentou ainda Sócrates que, dessa forma, estariamos perante uma "bonita tradição". À parte esta pieguice efeminada, o sinal que o nosso PM dá é o de que, em Portugal, existe Lisboa, só.
Em anteriores momentos fundamentais da vida da UE, assinaram-se tratados importantíssimos em Maastricht e Nice, duas cidades não capitais e que, nem por isso, deixaram de poder figurar na História. Mas, Portugal, este provinciano país governando por um deslumbrado do Parque Eduardo VII, só pode dar Lisboa a conhecer ao mundo. O resto, o deserto, não importa mostrar...

O Portugal não investigado pelo(a)s Procuradores


De acordo com o Correio da Manhã, estão vendidos mais de 60% dos cem apartamentos que constituem o Estoril Sol Residence, condomínio de luxo desenhado pelo arquitecto Gonçalo Byrne. Os preços oscilam entre um mínimo de 8000 (nos andares baixos) e um máximo de 8500 euros por metro quadrado (nos andares altos). No topo dos quinze pisos há duas penthouses. A mais cara foi vendida por preço não revelado. A outra, mais barata, está disponível por 8,7 milhões de euros. Exacto: oito milhões e setecentos mil euros. São os apartamentos mais caros à venda em Portugal. Por enquanto, um T2 custa 1,5 milhões de euros, podendo um T4 chegar aos 2,5 milhões. OK. Viver voltado para a baía de Cascais foi sempre um privilégio. Diz ainda o jornal: «O sucesso de vendas está a ser tal que a imobiliária considera a possibilidade de aumentar os preços — que são valores de pré-construção e que têm em conta o facto de os apartamentos só estarem prontos a habitar em 2010.» É provável que alguns destes apartamentos acabem por ser comprados por estrangeiros. Decerto não os cem. Nada disto surpreende. Há, houve sempre, dois Portugais. Aquele senhor cujo dinheiro comprou o título de comendador, anda a barafustar com o montante das remunerações (considerado excessivo por Berardo, detentor de 6% das acções) dos administradores do grupo BCP. O comendador acha mal que uma dúzia, ou dúzia e meia de senhores, aufira por ano qualquer coisa como 3,5 milhões de euros de remuneração fixa, fora prémios e outros benefits. Mas esses ao menos pagam impostos e podem ser escrutinados. E os outros? A turba que paga com dinheiro à vista apartamentos de milhões? Ele, provavelmente é um dos tais...

Depois do Paixão ... o Ferreira, porque "lhes" dá garantias!


Dizia o orelhas em escuta esquecida pela sra Morgado:
"Ó pá, esse não me dá garantias nenhumas"

"O João?...O João pode ser", concordava, já com um tom de voz aliviado, o presidente benfiquista...

1ª Jornada da Liga:

Árbitro nomeado para o Braga-Porto: João "pode ser" Ferreira!

Depois do Paixão na Supertaça, alguém acredita que estas nomeações são uma coincidência?

Rui Santos: Mentiroso

Comunicado da F.C. Porto – Futebol, SAD

O Conselho de Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD emitiu esta segunda-feira um comunicado na sequência de declarações e documentos exibidos na SIC – Notícias, durante a noite de ontem.

COMUNICADO

Tendo em conta as declarações ontem produzidas e os documentos exibidos no programa «Tempo Extra» da SIC – Notícias, o Conselho de Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD vem informar:

1 - Os «
factos» que ali foram referidos não correspondem à verdade;

2 - O
documento então exibido como sendo o Auto de Interrogatório de Arguido não tem, como deveria, qualquer elemento que permita atestar a sua veracidade, sendo falso;

3 - Para que não restem dúvidas sobre este assunto, a F.C. Porto – Futebol, SAD disponibiliza um
extracto das declarações do seu Presidente, prestadas no Tribunal Judicial da Comarca de Gondomar no dia 07 de Dezembro de 2004, no âmbito do processo 220/03.6TAGDM;

4 - A comparação permitirá concluir pela a existência de diversos enganos que então foram citados, designadamente, pela troca de nomes, trocando «Luís César» - colaborador de há longos anos no Clube - por «Luís Guilherme», ex-presidente da Comissão de Arbitragem da Liga;

5 - Mais, o Presidente nunca declarou auferir 400 euros de rendimento mensal, como de resto tinha já esclarecido em entrevista recente à SIC – Notícias, e como é fácil de constatar lendo o extracto do documento original;

6 - De resto, já Outros, num passado recente, autores das mesmas afirmações falsas, vieram desmenti-las publicamente, assumindo a falsidade das mesmas;

7 - O Conselho de Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD, já deu instruções no sentido de processar o autor das declarações difundidas no referido programa televisivo, bem como os autores de tal falsificação, caso não tenha sido o próprio.

Porto, 13 de Agosto de 2007
O Conselho de Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD