Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Momento Musical

Tradução do Ano

Mais eficaz que as campanhas dos McCann

Rapidez... até aqui o Porto continua a ser superior...

Balboa: «Rui Costa é um fenómeno, num dia convenceu-me a vir»
Cristian Rodríguez: «Escolhi o F.C. Porto em cinco minutos»

Ferido de morte, mas só depois da ignomínia...

O CJ da FPF está ferido de morte, disse o outro!
Mas só depois de dar o parecer “encomendado” ou antes também já estava?
E porque manter uma condenação ao Pinto da Costa mesmo sabendo que um Tribunal Civil já o ilibou provando que a testemunha mentira!
E porque manter uma condenação ao Boavista só porque o Major terá coagido árbitros? Se ele nem era dirigente do Boavista e até nem tinha qualquer cargo no Clube?
E porque manter acusações sabendo que a CONSTITUIÇÃO não permite o uso de escutas telefónicas?
E se as escutas são válidas porque motivo uma INEQUÍVOCA chamada de Vieira a escolher árbitros não serve sequer para uma investigação...

Atirou o pau ao gato...

"Dar um tiro em alguém por ser homossexual e por supostamente ter tido relações sexuais com um gato que ajudou a resgatar, e por isso o animal ter ficado paneleiro, é talvez o motivo mais torpe que eu já vi na minha vida"
(joão amaral, juiz-presidente, tribunal são joão novo, Porto)

A mama do Estado Lisboeta

Em 2007, a totalidade dos administradores das empresas públicas, a maior parte localizadas na região da grande lisboa, geriram as mesmas por 27 milhões de euros em remunerações directas (34 milhões, incluindo benesses pagas indirectamente) para gerarem um prejuízo global de 373 milhões de euros! Biltres!

Interesse público, ou interesse em confundir o público?








Tal Pai tal filho: este parecer de Freitas do Amaral só pode surpreender os mais distraídos.
Em favor de Marcelo Rebelo de Sousa abonam os factos, de ter dado uma opinião a pedido de uma jornalista, num programa de Televisão e sem receber nada em troca. Marcelo, também não tem, ao contrário de Freitas, um filho a escrever artigos vergonhosos como estes:

Domingos Amaral - Filho de Freitas do Amaral - “A Chicago dos anos 30”
"É como se o Porto se estivesse a tornar numa arena de bandidos que um dia já foram mais poderosos, e hoje perderam o tino e a razão. Aqui há uns anos, quando regressou ao Porto já como treinador do Chelsea, José Mourinho trouxe uns seguranças com ele. Tinham existido uns problemas com alguns adeptos do FC Porto, um deles cuspiu-lhe durante um jogo em Inglaterra, e Mourinho temia que as coisas pudessem dar para o torto. Quando lhe perguntaram porque é que trazia seguranças, Mourinho respondeu simplesmente: “quando vou a Palermo tenho de tomar cuidado”. Assim, sem tirar nem pôr. O homem que durante dois anos e meio treinara o FC Porto, levando-o a dois títulos de campeão nacional, uma Taça de Portugal, uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões, um palmarés nunca antes conseguido por nenhum treinador, esse mesmo homem, que conhecia muito bem o Porto (cidade), referia-se à Invicta como Palermo!
Palermo…As associações com a mafia eram evidentes. Mourinho estava bem consciente do que se passava nos ‘bas fonds’ da cidade, e sabia que esses ‘bas fonds’ se tinham aproximado em demasia do poder no FC Porto. Na época, os SuperDragões andavam de braço dado com Pinto da Costa, e também com Carolina Salgado, com quem o presidente do FC Porto vivia. Os homens fortes da claque tinham assento na tribuna de honra do Dragão e jantavam com o presidente. Contudo, toda a gente, incluindo Mourinho, sabia que essa tropa de choque era composta por gente perigosa, gente que andava armada, cometia crimes, e não tinha qualquer tipo de escrúpulos.
Os tempos passaram, e agora, ao examinar a longa lista de assassinatos que têm acontecido na “noite” da cidade do Porto, é inevitável mas lá estão as relações aos SuperDragões. Alguns dos mortos, e alguns dos supeitos, pertencem ao mesmo grupo que rodeava o presidente do FC Porto na época em que ele foi chamado ao tribunal de Gondomar e levou os SuperDragões para intimidar os juízes. A sensação que fica é que estas proximidades são perigosas, e que um dia ainda acabam mal. Entretanto, as mortes sucedem-se no Porto. Primeiro foi um segurança, depois um porteiro, depois um dos mais conhecidos empresários da noite, e por aí fora tem continuado a matança. Seis são já os corpos, crivados de balas, de pistola, ‘shotgun’ ou metralhadora. Sim, leu bem, metralhadora. À porta de casa, à porta das discotecas, no meio da rua, grupos armados param carros, ajustam a mira e matam quem desejam matar, com violência. Fala-se em “ajustes de contas”, em “guerras da noite”, mas a verdade é que a lista de mortos não pára de aumentar.
Alguém mais inspirado, julgo que do PSD, veio dizer que o Porto parecia “a Chicago dos anos 30”. A metáfora não é totalmente desajustada. Palermo, Chicago, tudo lugares míticos do crime, o que significa que para a psicologia do Porto isto é algo de traumatizante. Para mais, a PJ parece não querer intervir. Até agora, ainda ninguém foi preso. Seis meses depois de começarem os homicídios, a PJ não se decidiu ainda a intervir. A mensagem que passa é “deixem-nos matar-se uns aos outros”. É como se a PJ soubésse que o que se está a passar é uma guerra dentro dos ‘gangs’ pela supremacia na noite do Porto e preferisse estar sentada no alto do monte, observando a guerra à distância, enquanto os ‘gangs’ se matam entre si.
É verdade que, até agora, os crimes ainda não atingiram o público. O alarme social é mais distante. Ninguém que frequente a “noite” do Porto teme pela sua segurança ou pela sua vida, porque os ‘gangs’ não querem gerar o caos social, mas apenas lutar entre si. E, sendo assim, o perigo é menor. Não se trata de gente que mate indiscriminadamente, ou que queira pôr o negócio da noite em risco. Bem pelo contrário. Os assassinatos são cirúrgicos, operações especiais cujo único objectivo é eliminar mais um membro de um ‘gang’ e não assustar a malta que vai à discoteca.
Seja como fôr, fica uma ideia de um Porto criminoso, um Porto perigoso. É como se a cidade se estivesse a tornar numa arena de bandidos que um dia já foram mais poderosos, e hoje perderam o tino e a razão."


Domingos Amaral - Filho de Freitas do Amaral - “Caos no futebolA UEFA não gosta de “batoteiros”.
"Para grande espanto dos portistas foi isso que Platini chamou ao FC Porto: um clube “batoteiro”.
Vamos aos factos: o FC Porto e o seu presidente Pinto da Costa envolveram-se perigosamente com árbitros há uns anos. Quando o caso
se tornou público, foi feita uma investigação e, muitos meses mais tarde, o Conselho de Disciplina da Liga condenou o FC Porto à perda de 6 pontos, e o seu presidente a dois anos de suspensão. Como o campeonato já ia no fim e o FC Porto levava 18 pontos de avanço, os dirigentes portistas reagiram com arrogância e galhofa a uma condenação que sentiram como umas cócegas inofensivas. Com típica esperteza saloia, decidiram que o clube não iria recorrer da decisão, só o presidente o iria fazer. Assim, descontavam os pontinhos este ano e não se falava mais no assunto. Esqueceram-se dum pequeno detalhe: a UEFA. Ao não recorrer para não perder pontos no ano seguinte, o FC Porto reconhecia-se como culpado. Ora, a UEFA, já dissera o seu presidente Platini, não gosta de “batoteiros”. Convém repetir a palavra, para que ela penetre bem nos nossos duros ouvidos: “batoteiros”. Platini chamou ao FC Porto um clube “batoteiro”. Era portanto mais ou menos esperado que a UEFA iria condenar o FC Porto. Mas, quando tal bomba surgiu, os portistas de imediato gritaram furiosos que era tudo uma grande conspiração do Benfica contra eles!
..É importante relembrar que não foi o Benfica que não recorreu da decisão do CD da Liga, mas sim o FC Porto; nem foi o Benfica que decidiu impedir o FC Porto de participar nas provas europeias, mas sim a UEFA. Contudo, os escribas portistas davam a entender que as decisões eram tomadas pelo Benfica!
Perante o profundo choque, os juristas do FC Porto meteram-se num avião para a Suíça a correr, e recorreram para um misterioso tribunal de que ninguém antes tinha ouvido falar, o Tribunal de Apelo da UEFA. Aí, depois de pressionarem publicamente o funcionário da FPF para ele não se armar em esperto, conseguiram convencer a malta europeia que o caso em Portugal ainda não tinha terminado, porque o Conselho de Justiça da FPF ainda iria apreciar o recurso que Pinto da Costa, em nome individual, tinha metido.
Regressaram por isso a Portugal todos ufanos! O FC Porto afinal, ia mesmo participar na Liga dos Campeões! Pelos vistos, a malta da UEFA não era benfiquista mas sim portista, e por mais que Platini dissesse publicamente que a coisa não iria ficar por ali, os portistas acharam que tinha sido feita justiça!
..Faltava a última etapa: o Conselho de Justiça da FPF ia apreciar o caso, era preciso que ele desse uma decisão favorável a Pinto da Costa! Iniciou-se assim um processo subterrâneo na tentativa de influenciar o CJ. O presidente era amigo de Valentim em Gondomar, e o vice era grande amigo de Pinto da Costa, até lhe organizava homenagens na Assembleia da República. A coisa parecia estar no papo!
Contudo, no dia da votação, a maioria dos conselheiros do CJ não quis ir na conversa do seu presidente e do seu vice. Que faz então o presidente do CJ ? Bem, como não conseguiu expulsar um dos conselheiros, decidiu acabar com a reunião ali mesmo! Qual votação, qual carapuça! Se a votação é para perder, acaba-se já isto e toca a lavrar acta! Mas, para espanto do presidente e do vice, que fugiram dali como dois cobardolas, os outros conselheiros ficaram e até votaram! O desastre portista ficava à vista de todos!
O presidente do FC Porto perdia o recurso, e portanto ficava exposto a uma decisão final da UEFA contra o seu clube. Uma tragédia no Dragão, coisa que ninguém esperava e ninguém previra! Podia lá ser! Uma fúria imensa levantou-se, e foram iniciadas pressões sobre a FPF para que isto não ficasse assim! O FC Porto jamais aceitará que cometeu erros e que usou estratégias erradas. Primeiro, há que rebentar com a credibilidade dos órgãos da FPF, da Liga, o que for preciso. Aproveitando-se deste campo minado que é o futebol luso, o FC Porto tenta de tudo para evitar enfrentar a dura mas óbvia realidade: cometeu erros graves e tem de pagar por eles. É assim a vida.”

Assim e perante isto, a frase que dá título ao post, tem toda a justificação.
Vamos estar igualmente atentos ao que vai escrever o Palhaço Delgado, ele que apelidou de "pareceres mercenários, pagos a peso de ouro" os pareceres dos Professores Costa Andrade e Damião Cunha, a propósito da não validade das escutas....


Repita lá outra vez, (cabra) ?

"Olga Coimbra argumenta que, mesmo que Carolina não estivesse ao lado de Pinto da Costa pelas 13 horas (como garantira ao juiz), era possível a testemunha ter tido conhecimento posterior da conversa da "fruta", pois esteve no estádio onde decorreu o jogo F.C. Porto-Amadora."
Isto é justiça?

Cidadão Exemplar? Saldanha Sanches? Bah!!!

Os residentes de um prédio na Rua Guerra Junqueiro, em Lisboa, foram surpreendidos com obras que visam transformar um apartamento de habitação num consultório especializado em artes aprendidas fora das faculdades. Pensando que se tratava de um consultório médico os residentes promoveram uma reunião de condóminos, já que os novos residentes nem se deram a conhecer, nem avisaram os restantes habitantes do prédio da realização de obras ou da transformação de um apartamento reservado a habitação, promoveram uma reunião do condomínio.
No dia da reunião foram surpreendidos com a presença do ilustre Saldanha Sanches, conhecido funcionário de Luis Filipe Vieira e jurista pago da praça que não foi a "professore" devido a uma chuva de bolas pretas e esposo de Maria José Morgado. Afinal, o tal "consultório" destinava-se à sua filha. Talvez porque pensasse que os habitantes do prédio fosse velhinhos amedrontáveis o conhecido defensor televisivo das virtudes públicas "entrou" de forma arrogante, dizendo aos restantes condóminos que sabia bem que a lei proibia a construção do consultório mas ia aproveitar um buraco na mesma lei para ali instalar a filhota. E que os outros condóminos podiam muito bem ir para a justiça pois ainda se arriscavam a ter de lhe pagar uma indemnização.
Pois é, o nosso Saldanha Sanches não só está transformando uma habitação num ginásio, como ainda põe em causa a segurança dos vizinhos promovendo a destruição de paredes interiores do apartamento que põe em causa a estrutura de um edifício antigo.
Será que as obras estão devidamente licenciadas, que a CML autorizou transformações que põem em causa a segurança do prédio? Como Saldanha Sanches foi um dos promotores de António Costa não seria de esperar que neste caso a autarquia actuasse de forma exemplar?

Momento Musical

Datas com História: 21 de Julho de 1969

"American Neil Armstrong has become the first man to walk on the Moon. The astronaut stepped onto the Moon's surface, in the Sea of Tranquility, at 0256 GMT, nearly 20 minutes after first opening the hatch on the Eagle landing craft. Armstrong had earlier reported the lunar module's safe landing with the words: "Houston, Tranquility Base here. The Eagle has landed."

As he put his left foot down first Armstrong declared: "That's one small step for man but one giant leap for mankind." He described the surface as being like powdered charcoal and the landing craft left a crater about a foot deep."

More
here.

Kulinária

Salada de galinha grelhada com queijo de cabra

Ingredientes:

Um peito de galinha
Alface
Framboesas
Nozes
Queijo de cabra
Molho de salada de framboesa

Preparação:

Grelhar o peito de galinha temperado com sal, alho e um pouco de pimenta preta.
Num prato colocar alface de qualquer tipo, nozes aos bocados, framboesas, o queijo de cabra, o peito grelhado e molho de framboesa.

Joguinho

Abram o link e tentem apanhar o gato!!!

... e o empregado do mês de Julho é...

Porquê????

No futebol,
quando se fala em fruta e chocolates é um claro sintoma de corrupção
quando se fala que se está a trabalhar por outro lado ou quando se é apanhado numa escuta a escolher árbitros para dirigirem a sua equipa isso é ... orgulho?? e não merece sequer um reparo dos zelosos guardadores do MP?!?!

Ah, afinal não era a sério! - Miguel Sousa Tavares


1. Afinal, o Benfica não queria ir à Champions, disputando a pré-eliminatória na vaga do Vitória de Guimarães, que, por sua vez, entraria directo na vaga do FC Porto. Afinal, o que parecia não era: a apressada denúncia logo feita pelo Benfica à FPF para que esta corresse a comunicar à UEFA que uma coisa chamada Comissão Disciplinar da Liga tinha julgado o FC Porto culpado de tentativa de corrupção e este não havia recorrido; os milhares e milhares de euros gastos em advogados, jurisconsultos, especialistas internacionais, para defender a posição do Benfica na questão — uma posição em que não era parte envolvida, mas simplesmente interessada; os esforços titânicos feitos para ganhar no campo jurídico o que o clube nunca mostrou ser capaz de ganhar no terreno de jogo — tudo isso era a fingir. O Benfica não queria ir à Champions: queria apenas chatear o FC Porto. Garantiu-o Luís Filipe Viera esta semana, em entrevista a Judite de Sousa. Se o Benfica tem obtido ganho de causa junto da UEFA, o seu presidente trataria logo de abdicar do efeito prático dessa vitória, propondo aos órgãos sociais do clube que este renunciasse… a favor do V.Setúbal. Acredite quem quiser.

Eu, claro, não acredito. Se essa fosse a vontade de Vieira, deveria tê-lo dito antes do desfecho e não depois de ter falhado a usurpação tentada. Depois de perder, é facil vir dizer que nunca se quis ganhar. Mas antes é que isso teria algum valor. Conforme ouvi a muitos benfiquistas, incomodados com o assunto, o que a direcção do seu clube deveria ter feito para evitar a tristíssima figura que fez, era ter ficado simplesmente quieta e muda, à espera que a UEFA, a Liga de Clubes, a Federação e o FC Porto resolvessem o assunto, que só a eles respeitava. Assim, é preciso acreditar nas boas intenções póstumas.

E não é fácil acreditar no desportivismo desta direcção benfiquista. São os mesmos que se prestaram a ir a um jantar de propaganda eleitoral do PSD para agradecer favores políticos, relativos a dívidas fiscais e à construção do estádio; os mesmos que tentaram safar Nuno Assis com recurso a meros expedientes burocráticos, como se não existisse a questão principal, que eram as análises positivas de doping; os mesmos que «compraram» o jogo no Algarve ao Estoril-Praia, assim dando passo decisivo para serem campeões em 2005 e arrumar com o Estoril para a 2ª divisão; os mesmos que este ano se especializaram em comprar jogadores aos clubes com quem iam jogar a seguir; os mesmos que cada vez que não conseguem os resultados esperados inventam sempre desculpas de mau pagador e conspirações sombrias; os mesmos que se aliaram a Valentim Loureiro para controlar a Liga de clubes contra Sporting e FC Porto e que depois, quando o viram metido em alhadas, lavaram as mãos do assunto, como se não tivessem nada a ver com ele, com a Liga e com o tal de «sistema».

Desportivismo? Desportivismo é chegar ao fim do campeonato e dizer «eles mereceram ganhar». Já alguém ouviu algum dos actuais dirigentes do Benfica dizer isso alguma vez?

2. A direcção do Benfica, que fez desta novela na UEFA o caso do «defeso» e que nela investiu tudo, sem querer saber dos pergaminhos ou do prestígio do clube, sem sequer auscultar a vontade dos sócios, prestou um péssimo serviço ao clube e à sua história. Eles lá sabem…

E, atrás deles, entontecidos pela miragem de entrar directos na Liga milionária sem os riscos da pré -eliminatória, incapazes de resistir à tentação de empochar cinco milhões de euros caídos do céu, sem um estremecimento de pudor por querer entrar na Europa dos grandes à custa do clube que lhes enfiara 5-0 em casa no jogo em que eles poderiam ter conquistado em campo esse direito, seguiram os responsáveis do Vitória de Guimarães. Trocaram uma amizade sólida e uma simpatia antiga da parte do FC Porto e dos seus adeptos pela sedução dos milhões. E, a avaliar pelos resultados e crónicas dos jogos de pré-época percebe-se bem porquê: porque esta porta das traseiras era a única em que os responsáveis vimaraneneses confiavam para entrar onde não esperavam.

Leio por aí que o Vitória, apesar de tudo, ainda espera que o FC Porto lhe volte a emprestar o Alan, aliviados que devem estar com a declaração de Pinto da Costa de que não tem nada contra o Vitória. Pois, talvez ele não tenha, mas os adeptos, esses, garanto-vos que têm e não esquecerão tão cedo: é só esperar para ver a recepção que o Dragão lhes dispensará da próxima vez que lá forem. O Vitoria, agora, que se prepare para experimentar o que lhe reserva o futuro da sua nova amizade com o Benfica — sim, o mesmo Benfica que passou toda a segunda volta do último campeonato a insinuar que o Vitória só lhe seguia à frente por favores de arbitragem. Essa nova amizade vai agora ser celebrada no «Troféu Platini», como lhe chamou o benfiquista Silvio Cervan, e seguramente que a direcção do Vitória não deixará de ter ocasião de experimentar, a propósito do interesse benfiquista no defesa Sereno, os métodos que o Benfica costuma usar quando pretende comprar jogadores de clubes «menores» que Sua Majestade (o Belenenses ou a Académica podem-lhes fazer um briefing sobre o assunto…).

3. Se os esforços diários e incansáveis de alguns jornalistas desportivos forem coroados de êxito, Jesualdo Ferreira vai mesmo perder Ricardo Quaresma. A sua saída seria, como alguém de um clube rival já confessou, a melhor aquisição da época para o Sporting e Benfica: não há Pablo Aimar nem Rochemback que valham a saída de Quaresma do FC Porto. Por isso mesmo e inversamente, a grande alegria, a grande e anunciada aquisição que Pinto da Costa prometeu ainda apresentar aos sócios, seria… a continuação de Ricardo Quaresma.

Entretanto, Jesualdo vai-se preparando para o pior. E, a avaliar pelos quatro jogos de preparação, em que Quaresma apenas fez uma passeata, o pior é garantido. Sem Quaresma, o FC Porto perde metade da sua capacidade ofensiva e muito mais da sua capacidade criativa lá na frente. Eu sei que há ainda portistas que têm dúvidas, mas as estatísticas são o que são: nas últimas três épocas, Ricardo Quaresma respondeu, directa ou indirectamente, como autor ou como assistente, por metade dos golos da equipa. Seguramente que não é o inofensivo Mariano González quem o vai substituir; nem o Tarik, nem o Alan. O Rodriguéz, sim, esse é jogador para flanquear o jogo, embora não seja um extremo puro. Mas se, do outro lado, em lugar do Quaresma, estiver o Mariano ou o Tarik, adeus 4X3X3 de tão boa memória! Por isso mesmo, Jesualdo anda a experimentar coisas complicadíssimas (para mim, pelo menos, que não percebo nada de tácticas), tais como o 4x2x3x1 ou o 4x1x4x1. Mais uma razão para eu não perceber a lista de dispensas de Jesualdo: o Vieirinha, que tão bem se tem exibido no PAOK, não daria geito? O Ibson, que os brasileiros veneram, não merecia uma nova opurtunidade? O Leandro Lima não era uma promessa à beira da confirmação, ainda por cima com dois anos a mais? O Pittbull não é dez vezes melhor que um Mariano? Ainda há dúvidas de que o Bruno Moraes, devidamente motivado e sem lesões, pode ser um excelente ponta-de-lança, ou o Mourinho ter-se-á enganado?

Uma série de perguntas sem resposta, naufragadas num mar sul-americano de hipóteses por confirmar e suspensas da pergunta mortal: vamos mesmo perder o Quaresma?

Momento musical

Andreynna - Já Não Há Milagres

Depois do Leandro ter cantado a morte da mãe e da avó, apresentamos hoje uma música que retrata a triste realidade das crianças raptadas. A cantora chama-se Andreynna, que na sua página oficial escreve que "desde criança demonstrava talento para a música, mas nunca ambicionou ser artista profissional". Tem como mentor "Nel Monteiro", o rei da música popular portuguesa.... Palavras para quê?

The ultimate drunk people

Descobriu umas férias baratas? Cuidado, olhe que eles podem cair...

As piores companhias aéreas do mundo

Air Canada
American Airlines
Philippines Airlines
Air China/China Eastern
Gulf Air
US Airways

Doença mental

Um em cada cinco parlamentares britânicos sofre de doença mental provocada pelo stress...
E em Portugal? Nem me atrevo a escrever o que estou a pensar. Aguardo “palpites” e “diagnósticos” por parte de quem lê o 4R (os deputados da AR não podem fazer comentários sobre este tema!).

Não tarda e classificam-na como doença profissional! Sempre pode ter algumas vantagens...

Geox

Dicas

Tradutor gratuíto

Mesmo lendo e escrevendo em inglês fluentemente, não dispense o auxílio do Google Translate e conheça o Translate.net

O Translate.net agrega 38 línguas de 35 serviços de tradução on-line diferentes, incluindo o próprio Google, Yahoo!, Babelfish, Systran e Wikipedia, só para citar alguns.

Trata-se de um Open Source. Vale o Download.

Fonte:
The Red Ferret

Pior estudante do mundo repete de ano pela 38ª vez na Índia

Fonte: G1
Em 1969, o indiano Shiv "Pappu" Charan fez uma promessa para sua namorada: assim que ele conseguisse se formar em uma escola para adultos, eles iriam se casar. Na última semana, aos 74 anos, o solteirão pegou seu boletim e descobriu que, pela 38ª vez, havia levado 'bomba'.

Apelidado pelos colegas de "o pior aluno do mundo", Pappu tirou nota suficiente para ser aprovado apenas em uma das disciplinas do curso. O 3,4 (de um total de até 10 pontos) em hindi foi seu melhor desempenho nos últimos anos. Ele tirou 1,4 em inglês, 1,7 em ciências, 2,5 em sânscrito e 0,5 em matemática. "Matemática sempre me derruba", afirma.

A tal chamada que tanto "orgulho" dá ao orelhas

“Escutas que a Justiça não quer escutar:”


”Luís Filipe Vieira (LFV) - Eu não quero entrar mais em esquemas nem falar muito… (…)
Valentim Loureiro (VL) - Eu penso que ou o Lucílio… o António Costa, esse Costa não lhe dá… não lhe dá nenhuma garantia?
LFV - A mim?! F.., o António Costa? F… Isso é tudo Porto!
VL - Exacto, pronto! (…) E o Lucílio?
LFV - Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio!
VL - E o Duarte?
LFV - Nada, zero! Ninguém me dá!… Ouça lá, eu, neste momento, é tudo para nos roubar! Ó pá, mas é evidente! Mas isso é demasiado evidente, carago! Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, ”porque eu estou a fazer isto por outro lado. (…)”
VL - Talvez o Lucílio, pá!
LFV - Não, não quero Lucílio nenhum! (…)
VL - E o Proença?
LFV - O Proença também não quero! Ouça, é tudo para nos f…!
VL - E o João Ferreira?
LFV - “O João… Pode vir o João. Agora o que eu queria… (…) Disseram que era o Paulo Paraty o árbitro… O Paulo Paraty!” Agora, dizem-me a mim, que não tenho preferência de ninguém (…) à última hora, vêm-me dizer que já não pode ser o Paulo Paraty, por causa do Belenenses.”

Sem palavras

LUÍS REGRESSA À CORTE
A Justiça "c'est moi"



Ontem, na RTP, a definição de Justiça por Luís Filipe Vieira: um local rodeado de câmaras onde um homem cuja idoneidade seja previamente certificada por um cidadão inatacável (ele próprio) acusa, julga e sentencia.

Para rir ou para chorar?
Apanhado também numa escuta telefónica com Valentim Loureiro, o dirigente do Benfica atirou: "Tenho muito orgulho nessa escuta. Só foi publicada, porque a recebi como ameaça. Valentim Loureiro ligou-me e, após alguns minutos, ligou para Pinto de Sousa."

Perguntinhas indiscretas
:
E como sabe Vieira que Loureiro ligou a PSousa?
Terá sido por lhe ter ligado também?

Cobarde e... mentiroso

Luís Filipe Vieira lembrou que no futebol português se vive "um estado siciliano, onde há um polvo a funcionar", dando o exemplo das ameaças que recebeu e apontando ainda o dedo a Antero Henrique, dirigente do FC Porto, por ameaças que este terá feito a Paulo Gonçalves, assessor da SAD encarnada, numa AG da Liga.
No entanto, garante que não vai desistir: "Tive de mudar de casa duas vezes, mas não me vão calar, não tenho medo."
Se não tem medo porque mudou 2 vezes de casa ????

Hipócrita

Camisolas à medida


F & C : 5 = 25


Verão e gordurinhas...

Apoiado!

Só nos melhores palcos...

Justiças

O Presidente do Conselho Disciplinar da Liga de Clubes, para fazer acreditar que a decisão por ele tomada e para que todos acreditassemos que as escutas não tiveram peso na sua decisão, disse:
Não foi tido em conta as escutas telefónicas. As simples declarações de Cqarolina Salgado eram suficientes, visto não haver motivo para não acreditar nela;
A Comissão Disciplinar convocou a escritora (ahahahahah) para prestar declarações, e ela não compareceu. No entanto disse, a referida comissão, que não era importante ela comparecer porque não era agente desportivo, o que não invallidou, por outro lado, que considerassem as suas palavras escritas!!!!
Pelo ponto anterior verificou-se que apenas consideraram as declarações prestadas pela escritora, no Tribunal de Gondomar.
Ironia das ironias, o Tribunal acabou por PROVAR que Carolina Salgado MENTIU. PROVOU-O e a prova irrefutável saiu em todos os jornais;
Pinto da Costa fez chegar ao Conselho de Justiça da Federação as provas da mentira, mas o relator não as juntou ao processo. Porquê?
Se o Dr. Ricardo Costa não considerou as escutas e se agora se provou que a escritora mentiu, que raio de justiça é esta? Costuma-se dizer que a justiça é cega mas a mim o que parece é que "a 'Justiça' é vermelha".

Conclusão: querem fazer-nos de parvos?

A verdade só tem um lado



A depressão está de volta. O país deixou de ter razões para festejar. Já não bastava a crise e o déficit, o Sócrates e a Ferreira Leite, leva agora com esta... Segundo todos os jornais, como aliás é possível verificar, por exemplo, no Público, o Porto continua na champions. Agora resta aos 12 milhões de verdadeiros portugueses (6 das gaivotas e, espantemo-nos, outros 6 do guimarães) sofrerem esta amarga derrota e irem carpir as suas mágoas para a taça uefa. A nós, portistas, resta-nos desejar o mesmo, mas em dobro, do que eles nos desejaram! Que amiguinhos que nós somos...

Era uma vez: "Conta-me como foi"

O que é feito da série “Conta-me como foi”????
Trata-se de uma série que deveria ter 52 episódios e que retratava a década de 60. Iniciada em 22 de abril de 2007, era tão só uma das mais populares da RTP1. Passava aos Domingos depois do Professor Marcelo.

A série , mas de repente foi interrompida, deixada a meio, sem uma justificação, sem uma desculpa. A falta de audiências não deveria ser razão, tanto mais que figurava entre as mais vistas da televisão.

O canal financiado pelos contribuintes portugueses mostra, mais uma vez, a falta de respeito pelos seus espectadores. Os iluminados da administração pública televisiva acharam que com o penumbroso programa “Contemporâneos” teria muito mais audiência e pura e simplesmente deixou de emitir a série “Conta-me como foi”. Numa palavra, vergonhoso!

Espaço 1999

Paragem...

Todos nós precisamos de parar de vez em quando, para descansar, silenciar, relaxar e por vezes para pensar naquilo que se deixou para trás, o que não se fez e se poderia ter feito, dos livros, filmes e imagens que não lemos, vimos ou explorámos… Esta canção é uma boa reflexão sobre os intervalos que todos nós deveríamos fazer…


Imagens do Verão


Pouso forçado

Uma "mera" questão de escala...

O Irão ameaça «pôr Telavive em chamas» se for atacado. Se não for atacado, apenas fará Israel desaparecer do mapa.

Pinto da Costa, no livro «Luzes e Sombras de um Dragão»:

Pinto da Costa compara o Ministério Público à PIDE, lançando insinuações (verdadeiras, diga-se) sobre uma actuação parcial e persecutória da instituição dirigida por Pinto Monteiro.

«Não estou para viver num país onde a revolução de Abril acabou com a PIDE para agora a ver substituída pelo Ministério Público»

Por estas palavras tem o MP à perna através de um processo...


António Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados:


"Nós hoje temos um sistema judicial que funciona voltado para si próprio, voltado para as comodidades, para os interesses, para os privilégios de quem trabalha na justiça. É preciso abri-lo à modernidade, à sociedade democrática, é preciso abri-lo aos cidadão"

O responsável pela Ordem dos Advogados teceu duras críticas a alguns magistrados que comparou com "agentes da PIDE nos últimos tempos da ditadura".

“Eles sabiam que já ninguém os respeitavam, mas também sabiam que muitos lhes tinham medo”

Marinho e Pinto referiu ainda que o "que é preciso não é tanto magistrados empanturrados de tecnicidades jurídicas" já que a muitos o "que lhe falta em maturidade sobra-lhes em autoridade" que acusou ainda os magistrados de se comportarem como os agentes da "PIDE/DGS nos últimos tempos da ditadura".

"Não há lugar para o medo numa sociedade democrática num estado de Direito" e "vivemos uma das maiores, senão a maior crise de Justiça de sempre" porque o "regime democrático não foi capaz de introduzir as mudanças" no sistema que "permaneceu imóvel" desde o Antigo Regime aos dias de hoje, passando pelo liberalismo, a I República ou o Estado Novo.

Conclusão: à semelhança de Pinto da Costa, este também vai apanhar com um processo movido pelo MP! Ou não vai?

A marca FCPorto



«A marca F.C. Porto foi avaliada em 291 milhões de euros pela MyBrand. Esta avaliação do EVA (Economic Value Added) do Grupo abrange as unidades de negócio SAD, F. C. Porto, Porto Comercial, Porto Estádio e Euro Antas, bem como uma análise do papel e força da marca no mercado.

Em relação ao papel que a marca detém no mercado, os factores de maior valor são: a qualidade da equipa de futebol (dos seus jogadores), dos jogos, da equipa técnica e do Estádio. Na ponderação destes factores foi tido em conta o peso dos 111 mil sócios e dos 2,8 milhões de adeptos.

Foram, ainda, considerados os valores financeiros de exploração e de capital alocados à marca, informação relativa à marca no que se refere aos principais drivers de imagem (satisfação, qualidade e comunicação) e informação de mercado, ou seja, a performance da marca F. C. Porto no seu sector e no sector das marcas concorrentes.

O estudo da MyBrand revela que a marca F. C. Porto é gerida com eficácia e tem grande potencial para criar receitas e lançar e desenvolver produtos e conceitos existentes, assim como para a introdução e aposta em novos projectos.

A taxa de crescimento da actividade do F. C. Porto, durante os próximos cinco anos, é estimada numa média de 1,5 por cento ao ano, tendo em conta a análise de novos conceitos e produtos que estão a ser criados e a dinamização das filiais e delegações. A partir de 2011, considerou-se que a marca F. C. Porto vai crescer um por cento ao ano, afastando a estimativa de 1,5 por cento, entendida como demasiado optimista.

Destes novos produtos relativos aos anos mais próximos fazem parte: o projecto Dragon Force, integrado no equipamento desportivo Vitalis Park (antigo Campo da Constituição) e o Dragão Caixa (equipamento destinado às modalidades do clube). Houve também a reforço de alguns conceitos como o Dragão Mobile, o cartão visa F.C. Porto e o Dragão Seguro. No estudo é, ainda, salientada a reestruturação dos canais de distribuição de merchandising, como a reformulação das Lojas Oficiais do Estádio Dragão, Shopping Cidade Porto, Arrábida Shopping e Norte Shopping.

Esta análise pressupõe a utilização continuada das linhas de produtos e serviços actualmente existentes no mercado português. Além de informação económica e financeira, foram também realizadas análises e estudos quantitativos específicos, destinados a avaliar a situação da marca no mercado.

O valor total apurado para a marca F. C. Porto é tanto mais significativo quando comparado com o de outros clubes como o Real de Madrid (340 milhões de euros) ou o Manchester United (331 milhões de euros).» in
Infordesporto, 12/07/2008


Roubado gentilmente ao magnífico Reflexão Portista

Bem me queria parecer....

Estudo: Árbitros podem favorecer atletas que vestem vermelho


Há muito tempo que claques rivais acusam os árbitros de favorecerem equipas como o Manchester United e o Liverpool. Agora parece que podem ter alguma razão de queixa - ambas as equipas usam equipamentos vermelhos e um novo estudo na Alemanha sugere que isso lhes pode uma vantagem nas decisões difíceis

Investigadores da Universidade de Münster testaram a teoria de que os árbitros favorecem inconscientemente os atletas que vestem vermelho em árbitros de lutas de arte marcial como o taekwondo.
Quarenta e dois árbitros assistiram a vídeos de combates e atribuíram pontos aos lutadores. Os atletas tinham um desempenho muito semelhante e um usava azul e o outro vermelho.
De seguida, os investigadores submeteram novamente os vídeos aos árbitros, mas com as cores da roupa trocadas graças a um computador.
Os árbitros deram mais 13% de pontos aos atletas que vestiam vermelho, embora a sua actuação fosse exactamente a mesma de antes.
O estudo complementa a pesquisa do biólogo que estuda evolução, Russel Hill, e que sugere que roupas vermelhas ajudam os atletas a ter um melhor desempenho.
Hill disse que este novo estudo vem de encontro aos resultados de outros desportos Olímpicos de combate, como luta greco-romana e boxe.
Os investigadores alemães acreditam que existe um favorecimento também no futebol, mas menor do que o verificado em desportos de combate.
No SOL

A razão está do lado do F. C. Porto... mas ...e os "outros" sabem disso?

"A razão está do lado do F. C. Porto" e é nessa convicção que o advogado suíço Antonio Rigozzi acredita que o TAS chumbará os recursos do Benfica e do Guimarães. Amanhã, já se sabe a decisão do tribunal arbitral.
Na observação distante - geográfica e, sobretudo, civilizacional -, o advogado suíço Antonio Rigozzi, que patrocina a defesa do F.C. Porto na UEFA e, agora, também no Tribunal Arbitral de Desporto (TAS), olha para as convulsões da justiça desportiva portuguesa, espanta-se com a intentona jurídica no Conselho de Justiça da Federação e comenta ao JN: "Visto aqui da Suíça, tudo isso que se passou no CJ, aí em Portugal, é incompreensível…".
Seja como for, o causídico helvético estará, hoje, em Lausanne, na audiência do TAS, para argumentar a favor do F.C. Porto, numa exposição elaborada em co-autoria com o compatriota Jorge Ibarrola, outro barra em direito desportivo, que se juntou à causa do clube das Antas. Ibarrola é nem mais nem menos que o ex-conselheiro do TAS (exerceu até Maio de 2007) que julgou e sentenciou um dos casos que fazem jurisprudência favorável aos dragões. Foi este advogado hispano-suíço que arbitrou o "caso Valverde" e que concluiu pela irrectroavidade dos regulamentos da União Ciclista Internacional, que pretendia aplicar, a anteriori, as normas que aprovara já depois de o corredor espanhol ter sido envolvido num escândalo de doping, o "caso Puerto".

O caso do Anderletch

Ibarrola é também contemporâneo de outro acórdão do TAS favorável ao F.C. Porto: em Abril de 2007, o tribunal de Lausanne verificou a irrectroavidade dos regulamentos da UEFA para o caso de corrupção que envolveu o Anderlecht em 1984.
Hoje, do lado de cá da barra, Ibarrola e Rigozzi exporão as razões do F.C. Porto e farão o contraditório aos recursos convergentes do Benfica e do Vitória de Guimarães, que contestam a decisão da UEFA de reintegrar os tricampeões nacionais na Liga dos Campeões e que argumentam, com base nas "decisões" de cinco dos membros do CJ, o trânsito em julgado do processo a Pinto da Costa, pretendendo, nessa presunção, ver os dragões fora do maior torneio de clubes da Europa.
Uma equipa de advogados, reforçada com o ex-conselheiro do TAS, passou a última semana a elaborar uma exposição, para contrariar os argumentos aduzidos pelo recurso "conjunto" do Benfica e do Vitória. Comprometido com as cartilhas deontológicas, Antonio Rigozzi não quis alongar-se em análises a um processo em curso, mas sempre verificou, convictamente, que "a razão está do lado do F.C. Porto".
"Juridicamente - acrescentou -, tudo é possível, mas a razão está do lado do F.C. Porto. Preparámos a nossa exposição, que defenderemos, em Lausanne, e acredito que a decisão do TAS será favorável ao F.C. Porto".

Processo longe da resolução
Seja como for, mesmo que a decisão dos juízes do TAS não lhe seja favorável, mesmo que a UEFA retroceda, Rigozzi deixa escapar, implicitamente, que o processo ficará longe da resolução. O advogado vai observando que há muitas peças soltas e "muitas questões a verificar".
"A aplicação retroactiva do regulamento será só uma dessas questões. É claro que a UEFA não pode aplicar um regulamento de 2007 sobre facto ocorridos ou pretensamente ocorridos em 2004. Isso abriria outro problema", disse Rigozzi, sem especificar o "outro problema".
Embora tacitamente, "maître" Rigozzi não se referiria apenas ao facto de os regulamentos da UEFA, sediada em Nyon, terem de estar conformes à Lei Geral da Confederação Helvética, a qual, na observância de um princípio universal caro a qualquer Estado de direito que se preze, não aplica leis retroactivamente. "Outro problema" aludido pelo advogado será uma referência às eventuais e incalculáveis consequências jurídicas e financeiras que possam derivar do facto de a UEFA não se ter lembrado de aplicar o regulamento, instituído em Janeiro de 2007, à Fiorentina e à Lazio, equipas certificadas, em Junho de 2007, para jogarem a edição 2007/8 da Taça UEFA, como se nada lhes tivesse sucedido no "calcio caos". O mesmo se pode dizer da Juventus, relegada à segunda divisão italiana, por comprovada corrupção de árbitros, e agora regressada, impunemente, à Liga dos Campeões.
E apanhada como foi em evidente duplicidade de critérios - até o próprio Comité de Apelo, mais do que verificar a irrectroavidade do regulamento, apelou a todas as cautelas... -, a UEFA não estará nada interessada em abrir uma caixa de Pandora, de efeitos imprevisíveis, jurídicos, desportivos e económicos. Com repercussões imponderáveis. Lá e cá!

Instruções made in IKEA...

JUSTIÇA, dizem eles...


Miguel Sousa Tavares

Não há conselheiros bons e maus, nesta palhaçada.

1. O que mais vontade de rir me dá, naquela palhaçada protagonizada pelo Conselho de Justiça da FPF, é ver como aqueles que passaram meses a tentar desacreditar o dito Conselho, antevendo decisões favoráveis ao FC Porto e Boavista, agora, confrontados com o resultado inverso, descobrem nos «seus» conselheiros homens de «coragem», que «viraram uma página no futebol português». Sinceramente, só me dá vontade de rir.

Meses a fio, explicaram-nos que o CJ estava em contra-corrente com os «novos tempos» de «moralização» e que, por isso, só devíamos confiar no Conselho de Disciplina, onde pontifica um justiceiro inquebrável, embora com um pequeno defeito visual que só o deixa enxergar a norte. Repetiram-nos até à exaustão, por exemplo, que o presidente do CJ era mais do que suspeito para decidir qualquer processo relativo ao Boavista, visto que é vereador na Câmara de Gondomar (só «esquecendo» de acrescentar que ele é vereador sim, mas… da oposição a Valentim Loureiro). Ainda a semana passada, no recurso interposto perante o Tribunal Arbitral Desportivo da UEFA, o Benfica escrevia que não valia a pena esperar pela decisão de recurso do nosso CJ porque se tratava de um órgão «sem credibilidade». Afinal, ainda as facas estavam a ser afiadas na reunião do CJ, e já o Benfica estava a salivar por uma certidão da douta «decisão» de tão insigne órgão, que lhe permitisse esgrimir mais argumentos na UEFA a favor da sua tese de que o 4º classificado no campeonato, a 23 pontos do 1º, é que merece representar o país na Champions.

2. O que se terá passado, então, para justificar tamanha cambalhota? Pois, os meandros eu não sei. Sei é que, e tal como ficou cristalinamente claro, tirando um dos conselheiros do dito CJ, que passa por pessoa isenta, todos os outros tinham votos agenciados, ou a favor da facção FC Porto/Boavista ou a favor da facção Benfica/V. Guimarães. Sabia-se que a votação final seria sempre 4-3 e sempre se partiu de princípio de que ganharia a facção portista: daí a campanha de descredibilização e intimidação do CJ. Mas aconteceu que, à boca das urnas, se descobriu que um ou dois conselheiros tinham, entretanto, «deslizado» de posição — certamente convencidos por argumentos muito fortes. Vendo-se em minoria, a facção portista tentou um golpe, que perdeu, e a facção benfiquista ripostou então com um contra-golpe. Ambos jurídica e moralmente indigentes.

A verdade é que não há conselheiros bons e maus, nesta palhaçada. Nem há argumentos de direito de vencedores ou vencidos (e a prova é que, até hoje, não conhecemos os argumentos pelos quais a maioria do CJ «deliberou» despromover de divisão um clube e contribuir para afastar outro da Liga dos Campeões: como se isso fosse um pormenor irrelevante). O que há apenas são advogados ao serviço de interesses ou paixões clubísticas, travestidos de juízes e a brincar aos heróis moralizadores e justiceiros. Razão tive para, durante anos, à revelia de toda a imprensa desportiva mas em sintonia com o Conselho Superior da Magistratura, defender que os juízes fossem afastados do futebol, pelo desprestígio que isso trazia à magistratura e à ideia de Justiça. Hoje não há juízes, há advogados dos clubes e tudo é mais claro: quem ganha as eleições nos órgãos da Liga e da Federação dita as leis e faz «justiça». Resta afastar também os magistrados do Ministério Público desta selva.

3. Se os queridos conselheiros do CJ se movessem nem que fosse por um mínimo de razões de direito, não poderiam, obviamente, ignorar o despacho de arquivamento do processo-crime contra Pinto da Costa, proferido pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto, no processo da «fruta» e do FC Porto-Beira-Mar — um dos dois processos que justificaram a condenação decretada pelo CD da Liga. E não poderiam ignorá-lo, porque ele se ocupa justamente dos fundamentos usados pelo CD para condenar o clube e para manter a Dr.ª Maria José Morgado na sua cruzada. E o que faz é desfazê-los, sem dó nem piedade, reduzindo-os a resíduos de lama.

Pior para os justiceiros é que, tendo sido a primeira vez que um magistrado, fora destas guerras todas, observou de perto o resultado do trabalho da Dr.ª Morgado, a coisa foi logo calhar às mãos de um juiz que é simpatizante do Sporting e da Académica e, pior ainda, é o mais respeitado juiz dos Tribunais de Instrução Criminal do Porto. (E, já agora, esclareço um argumento que ouvi a um benfiquista: o facto de um juiz estar colocado num tribunal do Porto, não significa, antes pelo contrário, que ele seja portuense e, menos ainda portista. Como toda a gente sabe, os juízes rodam por diversas comarcas ao longo da sua carreira e, quem está hoje no Porto, pode estar em Outubro em Évora ou em Lisboa. Seria como dizer que o Embaixador de Portugal em Luanda é angolano).

4. E o que disse o juiz do TIC? Disse isto:

a) que a utilização de escutas telefónicas no próprio processo-crime foi ilegal, por se tratar de crime a que não corresponde pena superior a três anos. Por maioria de razão, é ainda mais ilegal a sua utilização para fins disciplinares desportivos (ao contrário do que alguns justiceiros acham, isto de escutar as conversas privadas das pessoas não é um exercício leviano…);

b) que, mesmo assim, o facto é que sete meses de escutas telefónicas infligidas a Pinto da Costa tiveram como resultado útil apenas UMA conversa que o MP considerou suspeita;

c) que, nessa conversa, o MP nunca conseguiu fazer prova que o «JP», referido na conversa, fosse o árbitro Jacinto Paixão, como sustenta o MP, e não o ex-dirigente portista Joaquim Pinheiro, como explicou Pinto da Costa — e daí o processo ter sido anteriormente arquivado, até que a Dr.ª Maria José Morgado o mandou reabrir;

d) que, ainda que se concluísse que a conversa versava sobre o árbitro Jacinto Paixão e visava garantir os seus favores na arbitragem do jogo FC Porto-Beira-Mar, faltava um elemento essencial para se concluir pela corrupção: o nexo de causalidade, ou seja, o resultado prático dessa suposta corrupção. Acontece que nenhum dos peritos consultados concluiu que o árbitro tivesse favorecido o FC Porto. (Qualquer aprendiz de direito sabe isto e por isso é que o Dr. Ricardo Costa inventou a tese milagreira da «tentativa de corrupção», para fugir à dificuldade. Só que cometeu um erro: se houve tentativa apenas, os árbitros não poderiam também ter sido condenados. Se o foram, é porque, afinal, ele acha que houve corrupção. E, se houve, cadê o nexozinho de causalidade?).

e) enfim, sobre a «prova» acrescida trazida pelas declarações de Carolina Salgado ao MP — e jamais contraditadas livremente pela defesa — o juiz do TIC foi demolidor: a senhora, pura e simplesmente, mentiu. E daí que ele tenha mandado instaurar-lhe processo-crime por falsas declarações agravadas.

A forma como o juiz do TIC chegou a esta última conclusão é fatal para a Dr.ª Morgado e para o Dr. Costa. Confrontado com a transcrição das suas declarações ao MP, onde Carolina Salgado jurava ter assistido à conversa entre o empresário António Araújo e Pinto da Costa, supostamente acerca do árbitro Jacinto Paixão, o juiz limitou-se a pedir a transcrição de todas as chamadas do telemóvel de Pinto da Costa, nesse dia. E por elas descobriu que, à hora a que senhora jurava ter estado com o presidente do FC Porto, ela estava sim no cabeleireiro ou a caminho de casa do pai — conforme os seus próprios telefonemas para o telemóvel de Pinto da Costa atestavam. Tão simples como isto. E tão simples, que é impossível não perguntar porque é que a Dr.ª Maria José Morgado e o seu «dream team», a quem cabia a investigação, não se deram ao trabalho de fazer o mesmo? Bem pode agora a ilustre magistrada do MP anunciar que vai recorrer da sentença de arquivamento do TIC (não paga custas, não está sob suspeição, não lhe custa nada prolongar a coisa). Mas o que era preciso é que ela respondesse antes a esta pergunta…

5. Como se sabe, foi com base nos elementos fornecidos pela Dr.ª Maria José Morgado, que o CD entendeu condenar o FC Porto. Com base nas escutas e no depoimento de Carolina Salgado ao MP. Agora, que um juiz de direito de um tribunal comum decreta que as escutas são ilegais e não fazem prova alguma e a testemunha é uma mentirosa, apanhada com a boca na botija, o que vale a condenação do CD? Não, não me venham dizer que a justiça desportiva deve ser independente da justiça comum. Tivessem-no dito quando ficaram tão entusiasmados com a chegada da Dr.ª Morgado ao Apito Dourado e quando tanto insistiram para que ela passasse ao CD as «provas» que lhe permitiu condenar o FC Porto. Mas, aparte essa outra cambalhota, resta o essencial. E o essencial é o quê: saber a verdade dos factos e garantir aos acusados um processo limpo e com garantias de defesa, ou afastar o FC Porto para que o Sr. Luís Filipe Viera consiga apagar uma década de falhanços consecutivos no Alverca e no Benfica, e para assim não ter de sair protegido pela polícia das reuniões com os próprios sócios do clube?

in A BOLA, de 08Jun08

ele FOI ILIBADO POR UM TRIBUNAL CIVIL mas...

O QUE LEVOU UNS FANTOCHES A MANTER O CASTIGO?

UNS FANTOCHES ACUSADOS antes, PELO benfica À UEFA, DE PERTENCEREM A UM ÓRGÃO CORRUPTO E SEM CREDIBILIDADE!

QUANTO RECEBERAM ESSES FANTOCHES?

Apesar do Tribunal de Instrução Criminal do Porto ter ilibado Pinto da Costa, por invocar nulidade de escutas e, ainda que válidas, a falsidade da única testemunha, (recorde-se mandatada por Filipe Vieira e Maria José Morgado), essa decisão parece não ter sido suficiente para que os fantoches do Conselho de Justiça da Federação mudassem de opinião!!!

QUE JUSTIÇA É ESTA????

Jogadores e Jogadas (*)

JORGE MAIA, in O JOGO
Alguém com um raro entendimento sobre o funcionamento do futebol português disse uma vez que era mais importante assegurar o controlo de lugares nos organismos que gerem o desporto-rei do que contratar bons jogadores. O tempo parece querer dar-lhe razão, apesar de as últimas temporadas, incluindo a mais recente, o terem desmentido de forma veemente. O facto é que depois de uma época a todos os níveis desastrosa nos relvados, devidamente sublinhada pelo quarto lugar na classificação e por duas derrotas noutros tantos clássicos com os portistas, o Benfica está a discutir a participação na Liga dos Campeões - ainda que os encarnados apenas possam tentar assegurar o acesso à última pré-eliminatória - taco-a-taco com o FC Porto. Discute-a, tal como esse visionário previu, nos corredores e nos gabinetes, onde, de facto, os bons jogadores não fazem a mínima diferença, onde os resultados podem ser combinados ao jantar e as decisões se tomam de madrugada. Acontece, porém, que independentemente dos resultados destes jogos de bastidores, mais cedo ou mais tarde, a discussão há-de voltar a passar pelos relvados. E aí, tal como aconteceu nas últimas temporadas, serão mesmo os melhores jogadores a decidir. Sem apelo, mas talvez com agravo.

Cobarde e incompetente

Praesident Gilberto Parca MADAIL/EM 2004 VERGABE an Portugal



    «inaceitáveis», «incompreensíveis» e «lamentáveis»
    Foram estas as expressões usadas por Madail acerca da bagunça do CJ, mas...

    Direcção da FPF demarca-se da reunião do CJ mas as sentenças transitam em julgado
    A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai abrir um processo de averiguação dos factos ocorridos na reunião de sexta-feira do Conselho de Justiça do organismo. O processo vai ser dirigido por "alguém estranho, para garantir a completa independência e transparência do processo", disse o presidente da FPF Gilberto Madail. Entretanto, as sentenças, suspensão por dois anos do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e a descida à Liga de Honra do Boavista, transitam em julgado, o que significa que são para cumprir, com efeitos que, neste momento, se avaliam como pesados. Os clubes, FC Porto e Boavista vão ser notificados. A decisão será comunicada à UEFA que, a partir da condenação de Pinto da Costa por tentativa de corrupção, arrastando o FC Porto, poderá impedir a participação do clube na Liga dos Campeões. Se a conclusão a que chegar “alguém estranho” à FPF de que a reunião do seu Conselho de Justiça está ferida de ilegalidade, que se está perante uma situação “inaceitável”, como disse Gilberto Madail, será praticamente impossível emendar o erro de consequências pesadíssimas quer em termos desportivos quer económicos, para o clube. A FPF para já, demarca-se de tudo quanto se passou na sexta-feira, declinou qualquer responsabilidade no sucedido e, assim, lava as mãos. Quem provocou o incidente, de forma ligeira, tanto mais que o processo contra Pinto da Costa por tentativa de corrupção do árbitro (Caso da Fruta) em vésperas do jogo FC Porto-Estrela da Amadora, na época de 2003/2004, foi mandado arquivar, já duas vezes, por falta de provas, baseado em “falsos testemunhos” de Carolina Salgado, que está a contas com um processo de averiguações, assobia para o lado e vai deitar-se de consciência tranquila e convicto de que cumpriu o dever. O caso, contudo, não morre aqui, dado que os clubes, e também Pinto da Costa, deverão recorrer para o tribunal Administrativo.

    Insensatez
    JORGE MAIA
    Bertrand Russell escreveu uma vez que o problema com o Mundo é que os fanáticos têm sempre muitas certezas e as pessoas sensatas têm sempre demasiadas dúvidas. Ora, as guerras, mesmo as guerras do alecrim e da manjerona como a que aquece o defeso, são sempre terreno fértil para os fanatismos que, por definição, são inevitavelmente exacerbados e que, por defeito, tendem fatalmente para o descontrolo. E as coisas complicam-se ainda mais quando mesmo as pessoas de quem se espera alguma sensatez, como aquelas a quem entregamos a responsabilidade pela administração da Justiça, se comportam como o mais fervoroso e fanático dos adeptos, contribuindo para o clima de instabilidade geral e para o recrudescimento da violência. Que, por sinal, já deixou de se limitar ao campo verbal onde costumava evoluir. Esta guerra entre o FC Porto e o Benfica justifica cada vez menos a utilização de aspas. Já houve troca de acusações, já se fizeram alianças estratégicas e até já houve danos materiais. A manter-se a actual escalada nos confrontos verbais, comerciais e legais entre os dois clubes, é imprevisível o resultado dos inevitáveis confrontos entre as duas equipas durante a próxima temporada e pode muito bem ser uma questão de tempo até termos de falar em vítimas. Há alturas, como esta, em que as pessoas sensatas não podem ter dúvidas sobre a necessidade de intervir, antes que fiquemos reduzidos apenas às certezas dos fanáticos.

    Marcelo Rebelo de Sousa: «Tinha plenos poderes»
    JURISTA DEFENDE PRESIDENTE DO CONSELHO DE JUSTIÇAO que aconteceu na última reunião do CJ mereceu um comentário de Marcelo Rebelo de Sousa, no seu programa de ontem na RTP, “As Escolhas de Marcelo”. O reputado jurista disse que Gonçalves Pereira "tem toda a razão quando diz que tinha poder para impedir um conselheiro de votar decisões", tendo ainda poder para dirigir e encerrar a reunião."O que aconteceu a seguir a isso não tem qualquer validade, foi apenas um encontro entre algumas pessoas”, alegou.

    Dizia o Benfica à UEFA

    1. "... para o Benfica, o Conselho de Justiça da Federação, a mais alta instância da justiça do futebol em Portugal, “tem vindo a sofrer várias e profundas vicissitudes que o desqualificam e o desacreditam aos olhos dos agentes desportivos e da opinião pública”.

    Eu diria o seguinte: se é possível atacar o presidente (e vice-presidente) do CJ, ligando a sua conduta a uma tentativa de atrasar a decisão e/ou a tomá-la de acordo com os propósitos do FCP e do BFC, então também não será possível atacar o famoso João Abreu (e seus pares), ligando a sua conduta a uma tentativa de acelerar a decisão e/ou a tomá-la de acordo com os propósitos do benfica?
    Mas, e já agora, não se achará curioso que uma decisão tão importante e com consequências tão complicadas, possa vir a pender para um ou outro lado, apenas em consequência da cor mais azulada ou mais avermelhada dos doutos juízes? É que, se as decisões desta importância são para ser tomadas assim, para que precisamos de juízes? Não seremos, todos nós, juízes?
    E, para terminar, cá vamos de novo perceber a coragem do nosso querido Madaíl - aquele presidente cuja única tarefa a que se presta é a da escolha de um seleccionador para Portugal! De resto, nada é com ele. Parece nem ser competente para avalizar se, afinal, há uma acta ou duas. Se, afinal, há decisões sobre BFC e Pinto da Costa ou não. Aliás, até parece que, se qualquer de nós se lembrasse de afixar uma suposta acta de uma suposta reunião do CJ, com supostas decisões, o presidente Madaíl as “comia” sem esfregar um olho. E talvez as comunicasse aos respectivos clubes. E até talvez as executasse. Que tal aparecermos na sede da FPF logo à tarde, reunirmos, redigirmos uma acta e afixarmos a dita?

    PREC no futebol



    http://ww1.rtp.pt/desporto/index.php?headline=37&visual=17&article=154367&tema=21
    Ontem, as rádios e as TV’s lisboetas noticiavam que a reunião do Conselho de Justiça da FPF havia terminado em grande confusão e sem ter emanado qualquer decisão sobre os casos do Boavista e de Jorge Nuno Pinto de Costa e consequentemente do FC Porto.
    Hoje acordamos a saber que, afinal, o grupo dos 5, (assim conhecido por serem mais uns avençados de Vieira, como Saldanha Sanches, marido de Maria José Morgado, ou Ricardo Costa, ou ou ou ) voltou do jantar bem regado e que prosseguiram a reunião após o seu encerramento ter sido decretado pelo presidente do órgão e este, juntamente com o vice-presidente, a terem abandonado. E tomaram decisões!!!! E que decisões!
    Durante a madrugada numa reunião completamente caótica em que não se entende bem o que se passou, os recursos das entidades do Porto não foram aceites. Escutas que nada provam em concreto (o próprio Ricardo Costa o reconheceu), testemunhas de acusação que dão falsos testemunhos e reuniões que mais parecem um circo são as condições presentes quando invalidam um recurso de alguém que até prova em contrário está inocente...
    Bem vistas as coisas, fez-se a "justiça" deles. Afinal, o que interessa que um Tribunal de Instrução Criminal Nacional tenha dito que as escutas telefónicas não ram válidas e, mesmo o sendo, a única testemunha tinha mentido ???!!! Afinal, aqueles estão naquele posto colodados pelos clubes, não sei se percebem. Se foram de Lisboa, Setúbal, Algarve são uns tipos isentos, mas se forem do Porto ou se tiveram um dia um cunhado que era primo de um sócio do Gondomar são suspeitos. É essa a justiça desportiva. E é essa justiça que querem impôr ao Porto! E ao Boavista! E ao Gondomar!
    Resumindo: O Presidente foi desautorizado por um vogal, deu por encerrados os trabalhos, e então, deu-se o PREC dos 5: jantaram, beberam, pediram instruções ao seu mentor e regressaram ao local do crime, e aí consumaram mais uma vergonha do futebol português. O resto, segue dentro de horas.
    Este caso da preseguição aos clubes do Porto está a assumir contornos que ultrapassam tudo o que é aceitável num estado de direito. Todos sabemos que as escutas não provam a culpabilidade dos arguidos do Porto, tendo os processos do Apito Dourado, contra Pinto da Costa, sido arquivados e reabertos apenas devido às acções de uma procuradora cujo marido é um alto funcionário do presidente do Benfica, e tendo por base declarações de Carolina Salgado, uma testemunha cuja credibilidade foi arrasada pelo TRIBUNAL DE INSTRUÇÃO CRIMINAL que a considerou MENTIROSA! Aliás, a única coisa que todos sabemos é que as escutas provam sem sombra para dúvidas é que, para além das falsas declarações de Carolina Salgado, Luís Filipe Vieira combinou um árbitro para um jogo. Só a ligação do marido da procuradora e uma acção concertada contra o FCPorto podem explicar porque motivo Luis Filipe Vieira foi completamente ignorado pelo MP, e as mentiras de Carolina podem ter valido para este processo ter pernas para andar. Neste momento, num Estado de Direito e com Instituições de Justiça Desportiva sérias todos estaríamos a assitir ao funeral do Apito Final e a assitir provavelmente a sérios pedidos de ... desculpa por parte daqueles que se convenceram que a artimanha designada por Apito Final acabaria por desculpar a sua própria incompetência ao longo das últimas três décadas. Percebam, pois, que não existe nada que sustente (mesmo que a utilização de escutas em processos disciplinares não fosse uma violação da constituição) a sua teoria vergonhosa.
    Consequências: não sei quais vão ser, temo porém, que a UEFA possa intervir, mas aqui no Condado Portucalente e no outro país governado pela podridão lisboeta, acredito que todo o mundo já percebeu que há muitos interesses vermelhos por detrás de tudo isto, estando o Norte sobre fogo cerrado.
    Como Nortenho, cansado da falta de igualdade e verdadeira justiça, estou cada vez mais separatista e convencido que estes ataques vão ser o rastilho que vai trazer consequências muito sérias fora da esfera desportiva... Talvez mesmo o grito do Ipiranga que falta para a nossa independência.

    Obs.: é incompreensível como, após um Tribunal Cível ter desmontado uma mentira que serviu para condenar um Homem e um Clube, um Tribunal Desportivo, ter mantido o mesmo castigo! Ou serão apenas os "homens" colocados nos tais lugares a trabalhar para o dono?

    «O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol é constituído por um Presidente, um Vice-Presidente e cinco Vogais, todos licenciados em Direito. Este órgão Federativo reúne sempre que para tal seja convocado pelo seu Presidente e as suas decisões são fundamentadas de facto e de direito. (...)
    Composição:
    Presidente - Dr. Antonio José da Rocha Gonçalves Pereira
    Vice-Presidente - Dr. Elísio da Costa Amorim
    Vogal - Dr. Francisco José Cerqueira Mendes da Silva
    Vogal - Dr. Álvaro Manuel Reis Batista
    Vogal - Dr. Eduardo Santos Pereira
    Vogal - Dr. João José Carrajola Abreu
    Vogal - Dr. José Diogo Salema Pereira dos Reis»
    in site da FPF


    Madail mais uma vez metido numa camisa de sete varas. O CJ, só com 5 conselheiros, já depois de presidente e vice terem abandonado, encerrando a acta, continuaram a reunião e decidiram não dar provimento a dois dos processos do Boavista e aos dois de Pinto da Costa! Gonçalves Pereira mandou Carrajola Abreu, relator do FC Porto-Estrela, sair da sala porque entendia que não pode ser juiz no CJ e perito na Comissão de Contratos da FPF, dando provimento a um incidente de escusa do FC Porto e do Boavista. Este recusou, voaram papéis, falou-se bom calão e Abreu manteve-se firme. O presidente e o vice abandonaram. Os outros cinco fizeram um intervalo para jantar, voltaram e votaram os projectos de acórdão. Está criado um imbróglio incrível. O CJ deverá ser dissolvido mas até lá chegarmos vai ser um grande 31. O futebol português no seu pior.

    Vejamos o que diz o artigo em questão do Regimento do CJ da FPF:


    ARTIGO 4º (Faltas e Impedimentos) Na falta ou impedimento do Presidente, assume a presidência o Vice-Presidente ena ausência ou falta de ambos, o Vogal indicado pelos membros do Conselho presentes.

    ARTIGO 5º (Deliberações) As deliberações do Conselho de Justiça só são válidas quando tomadas com a presença da maioria dos membros e por maioria de votos.

    ARTIGO 9º (Presidente) Compete ao Presidente do Conselho de Justiça: a) Convocar as reuniões do Conselho; b) Dirigir e orientar os trabalhos das reuniões; c) Representar o Conselho junto dos demais Órgãos da F.P.F. e de outras instâncias da organização desportiva, bem como em todos os actos em que este se deva fazer representar, podendo delegar esta representação no Vice-Presidente ou num Vogal; d) Exercer todas as demais funções que, por Lei, pelo Estatuto, pelos Regulamentos e por este Regimento, lhe sejam conferidas. e) Adoptar as medidas que repute convenientes, designadamente reduzindo os prazos regimentais, sempre que tal se mostre necessário à celeridade na resolução dos assuntos submetidos ao Conselho.


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    Momento Musical

    Uma farpa sempre actual

    "O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
    A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
    Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram.
    A classe média abate-se progressivamente naimbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
    O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
    A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

    Suicídio em C Menor