Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Queixa de Varandas arquivada "pela porta do cavalo", acusa Francisco J. Marques

Diretor de comunicação do FC Porto explicou as razões pelas quais o presidente do Sporting escapou a castigo quando criticou a arbitragem de João Pinheiro na sequência da derrota do Sporting em Guimarães

Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, recorreu à rede social X, para, numa longa publicação, apontar o dedo ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, por este órgão ter arquivado uma queixa contra Frederico Varandas, presidente do Sporting. 

"Hoje fui contactado pela FPF, que me informou que, ao contrário do que eu reafirmei ontem à noite no Porto Canal, o Conselho de Arbitragem remeteu para o Conselho de Disciplina uma queixa por causa das declarações do presidente do Sporting em que criticou severamente a arbitragem de João Pinheiro.

Perguntei porque razão essa queixa não tinha sido tornada pública, responderam-me que o CA nunca o faz.
Questionei porque o CD não o tinha feito e a resposta é supreendente. O CD arquivou a queixa (!) e quando arquiva antes de procedimento disciplinar só informa o denunciante.
Mas vamos olhar aos factos:
No dia 9 de dezembro, sábado, o Sporting joga e perde em Guimarães.
No dia 10, durante o dia, Frederico Varandas faz severas críticas à arbitragem de João Pinheiro, no dia 11 os jornais dão escala às palavras de Frederico Varandas, que foram fortes e tiveram um impacto nos media enorme.
No Record foram manchete, nos outros dois desportivos tiveram menção de capa e amplo destaque nas páginas interiores. Os canais televisivos, todos eles, fizeram grande difusão das palavras do presidente do Sporting.
O Conselho de Arbitragem apresenta queixa, sendo que não tenho dados do momento em que a fez, mas só pode ter sido a 10 ou 11. No dia 12, terça-feira, o Conselho de Disciplina faz uma deliberação em que arquiva a queixa do CA.
Não posso calar a minha indignação e a minha perplexidade.
O supersónico arquivamento pelo Conselho de Disciplina da queixa do CA, sem sequer o transformar em inquérito ou processo disciplinar, não é compaginável com o comportamento do mesmo CD em tantas outras declarações, muitas delas de mim próprio.
Um exemplo esclarecedor: no dia 25 de maio de 2023 fiz um tweet: “O jogo do título vai ser arbitrado por Rui Costa e terá como VAR Tiago Martins. A mesma dupla que dirigiu o FC Porto-Gil Vicente, que terá decidido o campeonato”. Este tweet valeu um processo disciplinar instaurado pelo CD da FPF, porque considerou que esta simples frase tinha relevância disciplinar e posteriormente castigou-me com 45 dias de suspensão, que só não cumpri porque ganhei o recurso no TAD. Basta comparar com as declarações do presidente do Sporting, arquivadas em segredo, ou pela porta do cavalo, como diria Gilberto Madail, para perceber que algo não bate certo. Mas não bate certo de forma tão ostensiva, de forma tão evidente, que não pode passar em claro. Parafraseando Frederico Varandas, eu tenho é azar com o Conselho de Disciplina, que acha as minhas declarações mais graves do que as do presidente do Sporting.
Veja-se o teor do art. 225.º e 226.º do Regulamento Disciplinar, que parece dizer que apenas serão arquivadas, sem necessidade de instauração de processo disciplinar, as participações disciplinares anónimas ou que não digam respeito a factos concretos.
Parece-me óbvio que a participação do CA relativo a Federico Varandas não será anónima e diz respeito a factos concretos.
Pelos vistos, há mais casos destas deliberações de “arquivamento do expediente”, numa espécie de arquivamento “liminar” apreciando o mérito da participação, que o Regulamento Disciplinar não parece permitir, e por azar, do que eu tenha conhecimento, também envolvendo o Sporting.
O futebol português merece ser mais transparente, especialmente por parte de órgãos tão importantes e em que todos temos de confiar, pelo que acho que se impunha aqui um comunicado ou esclarecimento sobre estes factos e procedimentos."









0 comentários: