O FC Porto teve essa chance, mas falhou, outra vez.
E o mais preocupante não é apenas o resultado, mas o discurso pós-jogo do treinador, que afirma que o adversário quis ganhar mais do que nós. Se isso é verdade, estamos perante algo inadmissível para um clube com o ADN do FCPorto..
O FC Porto sempre se destacou pela garra, pela luta até ao último segundo, pelo espírito guerreiro. Não querer ganhar mais do que o adversário é a antítese do que este clube representa. E se foi isso que aconteceu, então a responsabilidade recai, inevitavelmente, sobre o líder da equipa: o treinador. Cabe-lhe motivar, incutir atitude, definir estratégias e garantir que os jogadores entram em campo com fome de vencer.
Ao admitir que o Nacional teve mais vontade, o treinador coloca em causa o compromisso do grupo, mas também a sua própria liderança. Afinal, quem é o responsável por preparar a equipa? Quem orienta os jogadores para que entendam a importância de cada jogo? Num clube como o FC Porto, não há espaço para desculpas. A responsabilidade de falhar em momentos cruciais é sempre partilhada, mas começa no topo.
Mais do que táticas ou formações, a vitória começa na mentalidade. E, se essa mentalidade não está presente, a direção precisa de tomar medidas, porque conformismo e mediocridade nunca foram aceites no Dragão.
A liderança não se pede, assume-se. E se o treinador não consegue garantir que os seus jogadores entram em campo para ganhar, então talvez ele próprio não tenha a mentalidade que o FC Porto exige.
Joel de Sousa
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