Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Enxaqueca

Portugueses desvendam genes que causam enxaqueca
(por Helena Norte )


Uma equipa de investigadores do Porto identificou variantes genéticas responsáveis pelo risco aumentado de enxaqueca na população portuguesa. Os resultados são um passo importante para o desenvolvimento de terapêuticas mais eficazes.

A enxaqueca é uma doença com uma forte componente hereditária, o que significa que há famílias que apresentam risco acrescido de sofrer deste problema altamente incapacitante, explica Carolina Lemos, investigadora do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC).

Estão já identificados vários genes que correspondem a uma maior susceptibilidade de desenvolvimento da patologia. Um deles é o STX1A, responsável pela produção de uma proteína (a sintaxina 1A), que regula a libertação de neurotransmissores no sistema nervoso central.

Os genes têm diversos polimorfismos e, no caso do STX1A, são conhecidas duas variantes. Uma investigação levado a cabo por uma equipa da Catalunha (Espanha) já tinha demonstrado a associação de uma delas com a doença. Mas, como as populações têm diferentes perfis genéticos, importava saber quais as variantes que, em Portugal, estão presentes nos doentes de enxaqueca.

Uma equipa de oito investigadores do IBMC, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e do Hospital de Santo António realizou um estudo, cujos resultados são um contributo importante para o desenvolvimento de terapêuticas mais dirigidas à causa da doença e, portanto, de maior eficácia.
Uma das conclusões da investigação é que uma variante que na população espanhola não estava relacionada com a enxaqueca está associada, em Portugal, a um risco duas vezes superior de sofrer deste tipo de dor de cabeça.

Tal não significa que o portador dessa variante vá obrigatoriamente ter a doença, já que os "os factores genéticos propiciam o aparecimento, mas são os factores ambientais que desencadeiam as crises", explica Carolina Lemos. Ou seja, é a susceptibilidade genética combinada com outras variáveis - como alterações hormonais e nos ritmos de sono/vigília ou o consumo de certos alimentos - (como chocolate, queijo, vinho e café) -, que dá origem aos episódios de enxaqueca.

Agora que se sabe que esta variante é responsável, na população portuguesa, por um risco aumentado, o passo seguinte é averiguar quais os mecanismos implicados.

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