Os figurantes nas estratégias de "comunicação" têm, pelo menos, o direito a ofenderem-se.
O filme da semana far-se-á à volta do cumprimento que Conceição não deu este sábado ao presidente do clube que fez dele um figurante numa iniciativa de "comunicação musculada" pré-taça. O Sporting queixou-se de uma agressão do treinador do FC Porto ao guarda-redes Renan, na última jornada do campeonato, com base em imagens que não precisavam de ser lidas assim.
O Sporting de Frederico Varandas quis mostrar-se agressivo antes do Jamor e para isso recorreu ao mesmo método que todos vimos aplicado centenas de vezes ao longo dos anos até chegarmos a este ponto em que tudo se pode fazer a uma pessoa, qualquer pessoa, em nome da "comunicação". Os regulamentos dão-lhe esse direito. O direito a sentir-se ofendido, e a recusar a hipocrisia de um cumprimento que significaria "amigos na mesma", é o que resta a Sérgio Conceição e a nós todos. Um cumprimento de mão não faz das pessoas civilizadas, nem o contrário. Recusá-lo obriga, ao menos, a pensar nisso. José Manuel Ribeiro
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