Numa entrevista a um jornal espanhol, o autarca do Porto confessa que vê a regionalização como uma "guerra perdida".
O autarca do Porto afirma-se descrente de que o processo de regionalização, previsto na Constituição, avance. "A partir de Lisboa, o resto do país é visto como uma colónia. E o Presidente da República, que é muito popular, não quer fazê-lo. É uma guerra perdida", afirmou em entrevista ao La Voz de Galicia.
Sobre as relações entre o Norte do país e a Galiza, Rui Moreira criticou o papel da Comissão de Coordenação da Região Norte, que teve "gente como Valente de Oliveira ou Braga da Cruz", e hoje é "determinada pelo Estado central". "Olhamo-lo um pouco de lado, não tem representação política, não tem poder", comenta.
Questionado igualmente sobre a possibilidade de uma união ibérica, Rui Moreira esclareceu que defende uma "coligação ibérica", citando os países do Norte da Europa, a Benelux e a Escandinávia, e não uma "fusão" entre os países.
No que respeita, às comunicações entre os dois países, Moreira defende uma ligação ferroviária nova entre Setúbal e Corunha.
O presidente da Câmara do Porto, que se afirma mais em casa na Galiza do que na capital portuguesa, recusa por esse motivo concorrer um dia à Presidência da República: "Não vou sair do Porto. E se saísse não seria para Lisboa."
Também sobre o seu futuro, o edil de 64 anos declarou não ter decidido se irá concorrer a um terceiro "e último mandato".
Pode ler aqui a entrevista na íntegra.
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