Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

11 de Outubro de cada ano: dia de Nossa Senhora da Vandoma, a Padroeira da Cidade do Porto

Dia da Padroeira da cidade do Porto, Nossa Senhora da Vandoma, que é desde Agosto de 1981 a padroeira da cidade, com solenidade a 11 de Outubro.

A Nossa Senhora da Vandoma entre dois castelos, ficava por cima da Porta do morro da Sé ou Penaventosa, por aqui era a saída da cidade para o Norte: as Eiras, o Corpo da Guarda, a Rua Chã.

Entre esta porta e a de Sant'ana ficava a de São Sebastião, com acesso à importante Rua do Souto, que atravessava o Rio de Vila e, no século XIII.

Altar de Nossa Senhora da Vandoma no interior da Catedral da Sé. É Nossa Senhora de Vandoma que vamos encontrar nas Armas da cidade, ladeada por dois Castelos, com a legenda Civitas Virginis (Cidade da Virgem), inalterada de 1012 a 1813. Ao lado o Arco da Vandoma, demolido em 1855, o arco devia o seu nome à padroeira da cidade (Nossa Senhora de Vandoma), que ali teve instalada uma imagem alegadamente trazida por cavaleiros franceses da zona de Vandome que vieram ajudar na luta contra os mouros. A imagem foi então transferida para o interior da Sé do Porto, onde se encontra.


A Senhora da Vandoma, de que existe uma bela imagem policromada, atribuída ao séc. XIV, na Sé do Porto, é um sinal da antiga devoção da cidade a Maria, mãe de Cristo, de que lhe valeu o título de Civitas Virginis. Desde o século XVI que a imagem de Nossa Senhora está representada nas armas da cidade, ladeada de duas torres.
Nossa Senhora da Vandoma tem origem na imagem da Virgem que se encontrava num nicho sobre a porta da muralha medieval que rodeava o cimo do Morro da Sé, ou da Penaventosa. Esta porta abria para a Rua Chã e para a estrada de Penafiel, passando junto a Vandoma (Paredes), antigo castro romanizado e castelo da Reconquista, provável origem do nome da antiga porta da muralha, nome que depois passou também a designar a imagem da Virgem a partir do séc. XIV. O Porto é a “Cidade das Portas” e a sua divina Padroeira, a Vandoma, só flanqueia os Invictos Mistérios de Calle aos realmente peregrinos no Caminho da Verdadeira Iniciação. Era esse o sentido maior e mais profundo do Arco de Vandoma hoje desaparecido, posto que transpor o Arco equivalia a penetrar o Arcano do Porto Hermético. Vandoma provém do topónimo celta Bendoma, “Elevada”, associada ao sentido de “monte ou elevação” (doma ou domus, em latim), mas como divindade “a mais subida ou elevada” o que teologicamente vem a associá-la à Soberana Mãe de Deus como Santa Maria Maior. Se bem que o nome exista em França como Vendôme, foi em Portugal que o seu uso mais se propagou e fixou a partir do século XII através do francês D. Hugo, bispo do Porto (1113-1136), na instituição do culto a Nossa de Senhora de Vandoma, “a mais Subida” em importância e género tal qual o seu Arco ou Porta desaparecida mas que foi a principal da cidade, dela havendo notícia seiscentista: “Prazo da torre de Bandoma que é da nossa Mesa Pontifical feito a Gonçalo Alvarez abade de Jovim e a duas pessoas. A nossa torre da Bandoma que a Mesa Pontifical tem nesta cidade junto da Sé sobre a porta que se chama da Bandoma”. Por tudo isto, o Porto é desde o medievo a “cidade da Virgem”, donde as suas cores virginais branco-azul.

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