Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!
Padre Fontes transformou o misticismo numa atração turística de Montalegre
O padre Fontes foi o impulsionador do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes - cuja 30.ª edição se realizou em 2016 -, evento pioneiro que atraiu os olhares do país para Montalegre e transformou o misticismo numa atracção turística.
É o embaixador do Barroso e, ele próprio, tornou-se num dos maiores polos de atracção turística desta região. António Lourenço Fontes é padre, escritor, hoteleiro, é um homem solidário e estudioso das plantas e ervas, emprestou o nome ao Ecomuseu e o seu nome também já é marca de vinho e de um licor com ouro.
"A junção do sagrado e do profano protagonizado por um padre deu mais-valia e chamariz ao congresso. Foi como que a arte de sacralizar o profano e profanar o sagrado", afirma o sacerdote que nasceu em Cambezes do Rio, em 1940.
Em Vilar de Perdizes, o padre construiu um palco ao qual todos são convidados a subir e onde, anualmente, se reúnem cientistas e investigadores, curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos, massagistas e ervanários, curiosos e turistas.
A primeira edição do evento realizou-se em 1983, numa altura em que as tradições e a medicina popular antiga estavam a cair em desuso devido à concorrência ou oposição da medicina química ou moderna.
Esta era uma terra isolada, onde faltavam os médicos convencionais e, por isso, a população tinha de recorrer à medicina popular para curar as suas doenças. E esta é também uma terra onde tudo parece estar ligado à superstição, à religiosidade e ao paganismo.
Foi assinalado no passado dia 23 de Agosto, o Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo ( ou “Black Ribbon Day” como é conhecido em alguns países)no qual se recordam os milhões de vítimas de regimes totalitários, especialmente os regimes nacionais-socialistas e comunistas.
Bruno Paixão cita Jesus Cristo depois de implicado no caso dos emails
Bruno Paixão deixou um post no Facebook pouco depois de ter sido implicado pelo FC Porto no caso dos emails.
Bruno Paixão deixou um post no Facebook pouco depois de ter sido implicado pelo FC Porto no caso dos emails. O árbitro de Setúbal, que na referida rede pessoal usa o nome Miguel Duarte, citou Jesus Cristo. "Ame seus inimigos, faça o bem para aqueles que te odeiam, abençoe aqueles que te amaldiçoam, reze por aqueles que te maltratam", escreveu.
A justiça desportiva portuguesa, se não existisse, teria de ser inventada. O senhor que costuma ocupar a ala esquerda defensiva do Benfica, que ao longo das primeiras quatro jornadas deste campeonato se tem notabilizado principalmente pela apetência para os desportos de combate, protagonizou na partida da 3.ª jornada frente ao Belenenses uma das mais bárbaras entradas de que há memória no futebol português. Uma jogada que foi dura ao ponto de a sua condenação ter concitado uma unanimidade que só mesmo a clivagem profunda que existe entre a personalidade de Pedro Guerra e a honestidade intelectual foi capaz de furar. Ontem, a Secção Profissional do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol optou por arquivar o processo sumário movido a Eliseu – cada vez mais conhecido popularmente como ‘Caceteu’ –, fundamentando a sua decisão na inexistência de “indícios claros da prática de infração disciplinar”. Um dos elementos que contribuíram para esta avaliação foram as declarações que o videoárbitro daquele jogo, Vasco Santos, prestou por escrito sobre o lance: “Após ter visto o referido lance, através de diversas imagens que me foram disponibilizadas, entendi no momento não ter existido qualquer agressão ou prática de jogo violento por parte do jogador do Benfica naquela sua ação. Por esse motivo não comuniquei com o árbitro para lhe sugerir que visse as imagens do mesmo.” Registamos: Vasco Santos viu e reviu tudo. A eloquência das suas palavras dispensa-nos de qualquer outro comentário.
Singularidades da justiça portuguesa (II)
Awer Bul Mabil é um jogador do Paços de Ferreira que ontem foi suspenso por dois jogos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol porque “pisou o adversário com força excessiva, sem estar a disputar a bola”. Como? Pisar adversários com força excessiva, sem estar a disputar a bola, dá direito a dois jogos de suspensão? Em Portugal? Deve tratar-se de um equívoco…
O director de comunicação e informação do FC Porto recorreu às redes sociais para prometer informações relevantes no programa Universo Porto da Bancada desta terça-feira.
"Haverá sangue", promete Francisco J. Marques para a edição desta terça-feira do programa Universo Porto da Bancada. O diretor de comunicação e informação do FC Porto publicou no Twitter o cartaz do filme "There Will Be Blood", de 2007, em jeito de promessa de revelações importantes. "Logo à noite, no Porto Canal...", escreveu o dirigente dos azuis e brancos.
Não, não foi "apenas um mero desabafo sobre um assunto pessoal" como ele disse.
Hugo Miguel tinha estado em evidência negativa no polémico jogo que opôs o Braga e o FC Porto e cujo resultado acabou com as esperanças portistas de chegar ao título, entregando-o quase de bandeja aos lampiões:
3 penalidades perdoadas aos bracarenses
uma expulsão tão anedótica como inacreditável de Brahimi
permissividade à extraordinária agressividade dos bracarenses
Estes foram "alguns" dos erros do árbitro LISBOETA!
Depois, surge esta "enigmática" mensagem no seu facebook. Ou seja, gozou e depois insultou a inteligência de todos os Portistas.
A publicação, entretanto pagadada, bem como a conta que igualmente foi encerrada, recorde-se, surgiu durante um programa da TVI em que se debatia a rede de corrupção montada pelo boifica na arbitragem. O post foi publicado no momento em que o representante do FCPorto se queixava desse esquema enunciado numa troca de emails, indiciadores de corrupção e manipulação de resultados a favor dos encornados de lisboa, entre Pedro Guerra, director de conteúdos da BTV, e Adão Mendes, antigo árbitro da Associação de Futebol de Braga.
NOTE-SE: alguns dos seus "amigos" suspeitos, ou melhor, "SUSPEITOS AMIGOS", como o ex-benfiquista, perdão, ex-árbitro Duarte Gomes reagiu colocando três sorrisos; já o cartilheiro-mor Carlos Janela pôs "gosto". Para assunto pessoal ficamos entendidos...
É este árbitro que amanhã chega ao Estádio do Dragão para apitar um jogo entre o FC Porto e a lisboeta equipa do Estoril (a mesma que "vendeu" um campeonato aos lampiões).
Quem acreditar que irá fazer uma arbitragem isenta merece ser interditado no Magalhães Lemos!
Vamos recebê-lo como merecem os incompetentes? Ou continuaremos a pactuar com as "MISSAS DESTES PADRES" ?
Tudo começou com o facto de ter visto o filme de Tim Burton baseado no romance de estreia do autor americano Ransom Riggs. A história é contada através de uma combinação de narrativa e fotografias vernaculares dos arquivos pessoais de colecionadores listados pelo autor.
O livro foi inicialmente concebido para ser um livro de imagens com fotografias que Riggs havia colectado, mas a conselho de um editor da Quirk Books, ele acabou por usar as fotografias como um guia para montar uma narrativa.
Como se pode perceber, Riggs era um colecionador de fotografias, mas precisava de mais para o seu romance. Foi assim que conheceu Leonard Lightfoot, um colecionador conhecido no Rose Bowl Flea Market e que o foi apresentado a outros coleccionadores.O resultado foi uma história sobre um menino que segue pistas de fotografias antigas de seu avô, que o conduz a uma aventura que o leva a um grande orfanato abandonado em uma ilha galesa.
Os críticos em geral elogiaram o livro pelo uso criativo de fotografias vintage, assim como boa caracterização e cenário.
Livro I : O lar da senhora Peregrine para Crianças Peculiares
Este romance é muito mais do que a capa possa sugerir. Parece um livro assustador, mas, não deixando de o ser, é isso sim uma bela história num mundo de magia e fantasia que não pode deixar de ser emocionalmente associada às aventuras de Peter Pan.
A história fala de Jacob, um complicado adolescente americano de 16 anos (ainda mais complicado do que um teenager normal) muito ligado ao seu avô, um homem conhecido por contar histórias mirabolantes alegadamente verdadeiras. Após a morte do avô em circunstâncias estranhas e violentas, Jacob torna-se um rapaz ainda mais complicado e fechado em si próprio. Os pais acabam por concordar que a solução para tal pode passar por um melhor conhecimento do passado do avô. Assim, Jacob e o pai viajam então para uma ilha remota do País de Gales na senda do passado do seu avô e o rapaz acaba por literalmente viajar no tempo até à Segunda Guerra Mundial. É que nessa ilha Jacob descobre numa casa abandonada um portal que dá acesso ao passado, onde finalmente verá esclarecidas todas as dúvidas em relação ao avô e a si próprio. Do outro lado do portal depara-se com um grupo de crianças peculiares, com quem irá espantar-se e viver grandes aventuras e desvendar mistérios de passado/presente.
Mesmo sendo uma obra com grande aposta nos diálogos, apresenta boas descrições de lugares e ambientes e presenteia o leitor com um final pleno de acção e emoção.
O romance, aparentemente, será vocacionado para os mais jovens, mas não duvidem de que é bem apropriado para os mais velhos dado o seu imaginativo e bem concebido enredo, capaz de assustar, intrigar e maravilhar.
O livro está recheado com as tais fotos estranhas que Ransom Riggs descobriu:
Filme By Tim Burton com interpretações de Eva Green, Asa Butterfield e Samuel L. Jackson, entre outros:
Livro II : Cidade sem Alma
"Hollow City" é o segundo volume da trilogia “Miss Peregrine’s Peculiar Children” do escritor americano Ransom Riggs. A história continua exactamente onde para o primeiro livro “Miss Peregrine’s Home For Peculiar Children”.
Este volume começa precisamente por rever a fuga das crianças peculiares de Miss Peregrine ao grupo de hollows e o resgate de Miss Peregrine, que havia sido sequestrada, e agora está na forma de pássaro. A casa e o loop em que as crianças viveram durante 80 anos não existe mais e agora elas estão a decidir o que fazer e quais serão seus próximos passos. O grupo precisa ajudar a Miss Peregrine que por algum motivo não consegue retornar à sua figura humana. Elas deslocam-se até Londres, a cidade onde esperam encontrar a ajuda necessária para sua mentora e protectora.
O livro todo apresenta o que acontece nos três dias que antecedem a chegada a Londres das crianças. Obviamente essa viagem não é fácil. Os mesmos hollows e wights que destruiram o lar das crianças e o loop em que viviam continuam a persegui-las, dificultando cada passo que elas precisam dar.
A reviravolta no fim da história é incrível e completamente inesperada. É essa reviravolta que faz com que o segundo livro não seja um caso perdido, e ao mesmo tempo é o que engata a história do livro seguinte.
Livro III : Biblioteca de Almas
«A Biblioteca de Almas» encerra a trilogia das Crianças Peculiares da Senhora Peregrine, de Ransom Riggs e assim as aventuras de Jacob Portman, o herói que viajou no tempo para encontrar as crianças peculiares e que descobre que também ele é detentor de uma peculiaridade. Em Biblioteca de Almas todas as pontas soltas que ficaram dos volumes anteriores são agora compreendidas, com uma história a decorrer dentro das características que cativaram milhares de leitores em todo o mundo, incluindo Portugal: um mundo fantástico e uma acção que decorre com vários momentos de tensão e suspense, que tornam a sua leitura absolutamente excitante e compulsiva. Chegou às livrarias a 10 de Fevereiro passado.
Como já foi dito no início, foi a partir de uma colecção pessoal de fotografias vintage que Ransom Riggs partiu para a criação deste surpreendente best-seller. Várias dessas fotografias podem ser apreciadas ao longo dos vários capítulos desta obra, podendo provocar, algumas delas, verdadeiros arrepios.
Neste volume, acompanhamos Jacob Portman, o herói que viajou no tempo para encontrar as crianças peculiares, explora a sua peculiaridade e descobre um poder até então desconhecido. Acompanhado de Emma Bloom, a rapariga que consegue produzir fogo com as mãos, e Addison MacHenry, um cão capaz de localizar qualquer peculiar, parte numa viagem ao passado para tentar salvar os seus amigos peculiares… e o futuro de todos eles. Defrontam um exército de monstros assassinos que culmina numa batalha épica pelo futuro das crianças peculiares. A aventura que começou em O Lar da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares e que continuou em Cidade sem Alma chega agora a uma emocionante conclusão em Biblioteca de Almas.
Sobre o autor: Ransom Riggs cresceu na Florida, mas vive agora numa terra cheia de crianças peculiares: Los Angeles. Começou desde cedo a ler histórias de terror e a ver comédias britânicas na televisão, o que pode explicar o seu estilo também peculiar. Além da escrita, as suas paixões são o cinema, a fotografia e viajar.
PORCOS ENCORNADOS NÃO OS DESMENTEM: OS EMAILS SÃO VERDADEIROS !
Ficamos a saber que os encornados contrataram "4 - Q U A T R O - DAS MAIS CONCEITUADAS SOCIEDADES DE ADVOGADOS DE lisboa, QUIÇÁ DE PORTUGAL para assim instaurar um processo-crime contra Pinto da Costa, a SAD do FC Porto e o Porto Canal, aos quais vai exigir um total de 50 milhões de euros, no caso dos e-mails trocados entre dirigentes benfiquistas. A notícia é do panfleto lisboeta lixo da manhã, que adianta que os lampiões ponderam acusar o clube rival de CONCORRÊNCIA DESLEAL (ha ha ha ha ha ha ha), leram bem concorrência desleal, acesso ilegítimo a correspondência privada, difamação e violação do segredo de negócio.
Alegam para isso que terão efectuado uma peritagem do seu sistema informático que indicia que os e-mails chegaram ao FC Porto devido a um ataque pirata e não a uma fuga interna.
Esta notícia surge como almofada e desvio de atenções e a habitual pressão pública e política pois ao mesmo tempo o DIAP de Lisboa está a investigar o mesmo boifica por CRIMES DE CORRUPÇÃO DESPORTIVA.
Entretanto, o caso dos e-mails já começa a fazer vítima internamente: o comentador e director de conteúdos da BTV, Pedro Guerra, foi expulso das suas funções no canal boifiquista. A notícia foi avançada pela Sábado esta quinta-feira, que explica ainda que tal se deve ao seu papel nos e-mails divulgados no Porto Canal, pelo director de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques bem como por ser parte activa da cabeça do polvo encornado que, como todos já percebemos, assentando numa vergonhosa teia de interesses desportivos e políticos manipula resultados desportivos e coage os diversos actores, desde comentadores, árbitros, delegados, treinadores e jogadores no sentido do favorecimento desportivo do clube lampião.
Estamos todos lembrados da comoção nacional provocada pela morte de um adepto do Sporting na véspera de um escaldante jogo, em Alvalade, contra o benfica. Bem, comoção talvez seja uma palavra demasiado forte, na medida em que nem sequer foi admitida a hipótese de cancelar a partida. Vamos chamar-lhe antes sururu, que é mais condizente com a carga dramática colocada no episódio. Luís Miguel Pina foi indiciado pelo crime de homicídio simples, por ser suspeito de atropelar, mortalmente, um elemento da falange de apoio leonina. E de ter abandonado o local sem prestar auxílio. O detido pertencia à claque "No Name Boys" e tinha um apreciável cadastro criminal.
Estamos todos lembrados do caso do very-light no Estádio do Jamor, que, em 1996, resultou na morte de Rui Mendes, também ele adepto do Sporting. Hugo Inácio, o comprovado autor do arremesso fatal, foi detido, cumpriu pena e andou 11 anos fugido à Justiça. Mais recentemente, foi surpreendido na posse de uma tocha no exterior do Estádio da Luz, tendo sido condenado a uma pena de três anos de prisão efectiva.
Como Luís Miguel Pina, Hugo Inácio também era membro dos "No Name Boys", claque-fantasma afecta ao benfica e uma das mais problemáticas no universo dos grandes clubes. Um e outro protagonizaram, porventura, os casos mais graves da história recente do futebol português. Um e outro, porém - e a crer nas palavras do presidente dos encarnados, Luís Filipe Vieira -, são apenas benfiquistas com cartão de sócio com uma boa projecção de voz e uma natural apetência para a escaramuça. E que, como tantos outros, quando vão aos jogos em casa, gostam de ficar sempre na mesma bancada. Pelo convívio.
Acontece que, desde 2009, a lei obriga a que todas as claques estejam registadas. E a não observância deste princípio pode culminar, no limite, numa penalização acessória de jogos à porta fechada, caso se comprove que os tais grupos receberam apoio do clube a que estão afectos.
Depois de o JN noticiar que o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) tinha notificado as águias de que estavam impedidas de realizar jogos em casa (entre outras razões, por permitirem a entrada de tarjas e bandeiras a certos magotes organizados de adeptos - não confundir com claques), o benfica reagiu com a naturalidade que lhe é dada, há anos, pela impunidade. O jogo da primeira jornada com o Braga ia mesmo ter lugar e tudo seria resolvido num instantinho. E foi: em 24 horas, a interdição foi levantada, sem se perceberem exactamente os fundamentos que levaram à decisão.
O problema de fundo mantém-se: o clube com mais adeptos em Portugal não reconhece, por mero calculismo e com a conivência das autoridades, as claques que o país inteiro vê na televisão a apoiá-lo. E isto, por mais ridículo que seja, só significa uma coisa: quem pode, manda. Neste ensaio sobre a cegueira, as lágrimas dos que, no futuro, chorarem a morte de mais adeptos terão sempre o gosto amargo da hipocrisia.
Estado arrisca perder €72 milhões com construtora falida de Vieira
Obriverca SGPS, “holding” de topo do grupo fundado por Eduardo Rodrigues e Luís Filipe Vieira, vai ser liquidada. Estado português é credor de 72 milhões, dívida total da empresa é de quase 400 milhões. Eduardo Rodrigues é um dos empresários portugueses que o Expresso identificou no âmbito da investigação Malta Files e trata-se de um dos maiores devedores do Novo Banco, devido a créditos concedidos pelo BES.
O grupo nasceu em 1986 pela mão dos sócios Eduardo Rodrigues e Luís Filipe Vieira, vindo a tornar-se uma das maiores construtoras nacionais. (...)
Sem meios para pagar tudo o que deve, a Obriverca SGPS vai avançar para liquidação. O administrador de insolvência, Jorge Calvete, afirmou ao Expresso ser expectável que esse processo, que passa por tentar vender o património que a empresa tem, deverá durar três a quatro meses. O mesmo responsável admitiu ser possível que diversos credores incorram em perdas face ao montante global de créditos reclamados. Entre eles está a Caixa Geral de Depósitos (CGD). E a também estatal Parvalorem. No seu conjunto, as duas empresas públicas têm a receber mais de 72 milhões.
O novo secretário de Estado António Mendonça Mendes é irmão da deputada e dirigente máxima socialista Ana Catarina Mendes.
Esta, por sua vez, é casada com o antigo ministro Paulo Pedroso.
Uma ligação excepcional na política portuguesa? Infelizmente, não. Este absurdo é o corolário lógico dum sistema político dominado por laços familiares.
No Governo, Parlamento e na alta administração pública, estamos cheios de casados, primos e cunhados.
O ministro Eduardo Cabrita é casado com Ana Paula Vitorino, que também integra o Governo.
Já a secretária de Estado adjunta de António Costa, Mariana Vieira da Silva, é filha de outro Vieira da Silva, o ministro da Segurança Social.
A titular da Justiça, Van Dunem, é casada com o ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, Eduardo Paz Ferreira.
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, é filha de Alfredo José de Sousa, ex-provedor de Justiça.
Ainda no actual Executivo, temos o secretário de Estado Waldemar de Oliveira Martins que é filho de Guilherme Oliveira Martins, ex-presidente do Tribunal de Contas e actual presidente do Conselho Fiscal da Caixa;
este, por sua vez, é cunhado de Margarida Salema, que preside à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos;
esta é irmã da deputada Helena Roseta, casada com o ex-ministro Pedro Roseta, que é cunhado do também ex-ministro António Capucho.
Elisa Ferreira, administradora do Banco de Portugal, é casada com Freire de Sousa que preside à Comissão de Coordenação do Norte.
No Parlamento, também os cargos políticos se congeminam no lar.
O exemplo familiar mais exótico nos dias de hoje é constituído pelas gémeas Mariana e Joana Mortágua;
o mais romântico será constituído pelo casal de deputados Teresa Anjinho e Ricardo Leite.
Na Assembleia da República, cruzaram-se, ao longo dos últimos anos, mais familiares do que numa ceia de Natal:
Luís Menezes, filho de Luís Filipe Menezes,
Nuno Encarnação, filho do ex-ministro Carlos Encarnação, todos do PSD;
e os deputados Candal, pai Carlos e filho Afonso, ambos do PS;
a que se juntam Paulo Mota Pinto, filho do anterior primeiro-ministro Mota Pinto e da ex-provedora da Santa Casa da Misericórdia, Fernanda Mota Pinto;
Clara Marques Mendes, deputada, é filha e irmã de dois outros Marques Mendes, António e Luís.
António foi eurodeputado, Luís ministro e líder parlamentar;
Teresa Alegre Portugal era deputada na mesma bancada do seu irmão, o histórico dirigente socialista Manuel Alegre.
A consanguinidade reina no... reino político.
Paulo Portas, ex-ministro e líder do CDS, é primo do todo-poderoso socialista Jorge Coelho.
O ex-secretário de Estado de Passos Coelho, João Taborda da Gama, é filho do socialista Jaime Gama, antigo presidente do Parlamento.
António Campos, ex-ministro, é pai de Paulo Campos, deputado.
O ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar é primo do Conselheiro de Estado Francisco Louçã.
E este é cunhado de Correia de Campos, presidente do Conselho Económico e Social e ex-ministro da Saúde.
A histórica presidente do Partido Socialista e ex-ministra dos governos de Guterres, Maria de Belém Roseira, é tia de Luísa Roseira, membro da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Esta é uma lista interminável que se inscreve numa tradição que transitou do antigo regime. E que se manteve, transpondo - e suplantando até - a Revolução de Abril.
O ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho é filho de um governador civil de Viseu, nomeado pelo Governo de Salazar.
O presidente de Assembleia Constituinte da jovem democracia de Abril, Henrique de Barros, era cunhado do último chefe do Governo do velho fascismo, Marcelo Caetano.
Em sua homenagem, o actual presidente da República herdou-lhe o nome. Marcelo Rebelo de Sousa é, ele próprio, filho de um ministro do Ultramar de Caetano.
E é neste quadro de sucessão dinástica que Portugal, uma arruinada República, mantém uma Corte decrépita, dominada por umas poucas dezenas de famílias que estão agarradas ao poder público e às benesses que este proporciona. Para aceder ao poder, não será necessário grande consistência política ou ideológica ou sequer sentido de interesse público. Em primeiro lugar, o que prevalece, são os laços de sangue.
Este espaço pretende ser familiar, nortenho e portista, que desanca nos mouros (sejam eles quem forem)! Algumas das imagens e textos (sempre que possível com a identificação do autor)utilizados neste blogue são provenientes de várias fontes, designadamente, orgãos de comunicação social, sites, blogues e motores de busca. Se alguma entidade se sentir lesada ou não permitir a utilização de algum conteúdo, comunique-me, por favor, e o mesmo será prontamente retirado. O mesmo vale para a citação, ainda que devidamente identificada e linkada, de notícias ou outros textos publicados elsewhere. Enfim, disponham, pois, em última instância, apagarei o próprio blogue - só não quero ser processado (tenho pavor de tribunais e receio pelo terço penhorável do meu ordenado).
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