É impossível depender financeiramente de apoios do Estado e conseguir manter a independência. Mesmo sem dinheiro público metido directamente ao barulho, o legado de Sócrates provou isso mesmo.
Estávamos em 1985. Uns dias depois de ter participado numa conferência sobre jornalismo com Don Hewit (criador do programa de investigação “60 minutes” da CBS), Ben Bradlee, director do Washington Post, recebeu uma carta de um colega de um pequeno jornal do estado do Colorado que não tinha gostado do que tinha ouvido. “Como foi irónico ver Bradlee e Hewit a mostrarem a sua arrogância quando criticavam a credibilidade de um estudo que revela que o público vê a imprensa como arrogante.” Bradlee, que não era um homem de meias-palavras, respondeu imediatamente: “Os directores correm o risco de parecerem arrogantes quando optam por discordar de alguém que lhes chame arrogante. Você soa como um daqueles directores que tem como objectivo agradar aos seus amigos na comunidade e dar-lhes o que eles querem. Ninguém o chamará de arrogante. Mas também ninguém o vai chamar de jornalista.” * (daqui)
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