É o crescimento mais acentuado dos últimos três anos. De 2018 para 2019, a cidade do Porto registou um aumento de 1.009 habitantes, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.
São números históricos e que confirmam um crescimento sustentado do número de moradores na cidade ao longo dos últimos anos, contrariando a tendência das quatro décadas anteriores em que perdeu cerca de 100 mil habitantes.
Em
Os dados foram actualizados em Junho de 2020 e reportam-se a 2019. Mais do que números, espelham uma tendência que, de ano para ano, é cada vez mais consistente. O Município do Porto tem estancado uma sangria que levou, já com desfecho neste século XXI, a uma perda significativa da sua população, cerca de uma centena de milhar, aproximadamente um terço da soma que exibia no início da década de 70.
Isto numa época em que um dos grandes desafios que se impõe aos centros urbanos, nacional e internacionalmente, é precisamente este: que instrumentos tem a administração local ao seu alcance, que sejam suficientemente combativos para, face à escalada de preços da habitação que não acompanhou os rendimentos da população, criar condições para atrair novos moradores
Ainda que o actual quadro de pandemia possa alterar um pouco este paradigma, considerando que os meios rurais têm aqui uma oportunidade para se tornarem locais mais atractivos para primeira morada, o certo é que a actual falha de mercado na habitação - que não é exclusiva ao Município do Porto, bem pelo contrário, trata-se de um problema transversal - estará para durar.
O que já tem sido feito para atrair nova população
Para que no próximo ano o crescimento do número de habitantes seja novamente notícia (sendo até aqui justificado pela dinâmica que a cidade do Porto soube imprimir ao longo dos últimos anos, ao nível social, económico, cultural, numa época em que também o turismo cresceu e - como se vê - não ameaçou a chegada de novos residentes), a Câmara do Porto tem vindo a trabalhar em várias frentes, com medidas específicas.
No ano passado, tinha já aplicado a
Recentemente, entregou as
Até 2022, o plano passa por disponibilizar 1.000 fogos para arrendamento acessível, essencialmente no centro da cidade, com o suporte do programa
Também o próximo Plano Director Municipal (PDM), em fase final da revisão, estabeleceu como prioridade a recuperação demográfica e, para tal, quer reforçar a oferta de habitação, promovendo o aumento dos índices de edificação em determinadas zonas da cidade, discriminando positivamente a construção de habitação acessível e a criação de novas áreas de actividade económica. (daqui)
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