Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Rui Moreira aponta "solução a Norte" em artigo de opinião no JN


O investimento urgente na recapitalização das empresas, a inovação tecnológica da indústria e a aposta na diferenciação da oferta turística, constituem, para o presidente da Câmara do Porto, o tridente da "solução a Norte". No artigo de opinião que hoje assina no Jornal de Notícias, Rui Moreira apela a uma estratégia conjunta da Região na captação dos recursos disponíveis para a retoma, e avisa que "a intervenção na TAP" é o sinal de alerta para o que aí vem. Nesta sexta-feira, passam pelo Teatro Rivoli vários autarcas para debater "Os caminhos da recuperação económica em Portugal: hipóteses a Norte". A conferência do JN, promovida em parceria com a Câmara do Porto, tem início às 9,45 horas e pode ser seguida no site ou no Facebook do jornal. 


Rui Moreira começa por assinalar que esta "crise económica é inédita", porque não se sabe quando "estará debelada", mas que os impactos estão à vista, não só pela "quebra abrupta de rendimentos", como posteriormente pela "crise generalizada de liquidez", que implicará "uma alteração muito profunda nas cadeias de valor".

Para o autarca, mais do que olhar às medidas de emergência que, dentro em breve, estarão esgotadas, cumpre nesta fase "tomar medidas de outra índole, com um horizonte mais longínquo".

Por isso, apela à mobilização da Região Norte na procura "de uma estratégia adequada à sua condição, que deve determinar a alocação dos recursos escassos que serão disponibilizados pelo Estado e, fundamentalmente, pela União Europeia".

Os perigos estão à espreita, avisa. "Se não houver essa estratégia, esses recursos serão cobiçados por outros e alocados a prioridades que não são relevantes para a região". E Rui Moreira vai mais longe ao levantar a bandeira vermelha pelo "sinal dado com a intervenção na TAP", que deve servir de alerta para o que aí vem, afirma.

De modo a precaver-se, o Norte tem de usar os seus trunfos, assentes fundamentalmente em dois grandes ativos - a indústria e o turismo - considera o presidente da Câmara do Porto.

Se é certo que, tradicionalmente, esta é "uma região industrializada e com forte vertente exportadora", que manteve diversos sectores em laboração no período mais crítico da pandemia, onde predominam as empresas de média dimensão, as designadas 'mid caps', também não deixa de ser verdade que, nos próximos tempos, a indústria vai sofrer com "as restrições físicas da procura, a retracção do consumo e a disrupção das cadeias de consumo", reflecte o autarca.

Por isso, aponta como solução urgente "alocar os recursos disponíveis para garantir o crescimento acelerado de outras empresas, o que exigirá um forte investimento na inovação tecnológica e na diversificação de produtos e de mercados-alvo", a única fórmula capaz de manter e gerar emprego.

Já do lado do turismo, Rui Moreira diz ser mandatório apostar "na diferenciação do produto" e apela que se entenda "a importância da segurança percecionada pelo turista potencial". De acordo com o edil, "Portugal tem andado mal nessa matéria, ao adiar medidas de prevenção sanitária nos aeroportos, e ao insistir em divulgar dados que os europeus desconsideram".

Ao nível das infraestruturas, Rui Moreira conclui que esta é uma oportunidade para que o investimento, que poderá ser proveniente de fundos europeus, "aposte na sustentabilidade ambiental, nomeadamente na área dos transportes, e na redução dos custos de contexto".



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