Ensinaram-me a respeitar todas as pessoas, vivas ou mortas.
E na morte, respeitar o luto dos vivos, que por remorços disfarçados ou sentida perda choram a passagem, esperando o reencontro noutra vida. Para ajustar contas ou para abraçar a memória.
Claro que esta introdução é para falar do falecimento de Saramago. Muito bem: condolências à família. Ponto final.
Claro que o meu comentário também se deve ao facto de não simpatizar minimamente com o escritor, nem tão pouco com o fulano.
Agora, falando do circo que para aí está montado (há já quem peça o Panteão Nacional...), acho que é uma perfeita idiotice. Não foi ele que terá ameaçado deixar de ser cidadão português? Tendo sido comuna porque se comportava como um biltre fascista que se recusava a pagar impostos em Portugal? É a hipocrisia habitual dos tugas políticos, quiçá preocupados com a Fundação Saramago ou a lisboeta casa dos Bicos...
O que pensarão aqueles desgraçados jornalistas do Diário de Notícias que, nos idos anos 70 do século passado, foram perseguidos e despedidos pelo torquemada ou tirano comunista agora falecido?
Alguém se esqueceu do seu anti-semitismo e das afirmações proferidas em Março de 2002 numa visita a Ramallah? Recordo: comparava os territórios palestinianos a Auschwitz!!!
Como diz António Valdemar, presidente da Academia Nacional de Belas Artes, «julgo que é um escritor razoável e será lembrado por ser o primeiro Nobel da língua portuguesa.»
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