JORGE MAIA, in O JOGO
Se há uma coisa que ninguém pode negar é o carácter vanguardista do nosso futebol. Só este ano, já tivemos uma selecção nacional a jogar em piloto automático, uma bola cor-de-laranja que não se conseguia ver e um responsável pela arbitragem que avalia os árbitros em público, usando imagens televisivas para analisar questões técnicas - o que por sinal é interdito pela FIFA, que só admite o uso de vídeo para avaliar questões de natureza disciplinar. Agora, temos um inédito convite para que os adeptos não vão aos estádios. Um dia destes, há-de haver quem lamente a falta de público nos recintos desportivos, reclamando a tomada urgente de medidas e organizando debates públicos sobre o tema, mas hoje não é esse dia. Hoje, pelos vistos, justifica-se a vanguardista - e hilariante - aplicação de "sanções económicas" que metam os clubes pequenos na linha. Claro que, historicamente, as sanções económicas nunca conseguiram vergar ninguém, mas não deixa de ser curioso perceber que, 21 anos depois da queda do Muro de Berlim, ainda há quem acredite que pode recrutar aliados à força.
Se há uma coisa que ninguém pode negar é o carácter vanguardista do nosso futebol. Só este ano, já tivemos uma selecção nacional a jogar em piloto automático, uma bola cor-de-laranja que não se conseguia ver e um responsável pela arbitragem que avalia os árbitros em público, usando imagens televisivas para analisar questões técnicas - o que por sinal é interdito pela FIFA, que só admite o uso de vídeo para avaliar questões de natureza disciplinar. Agora, temos um inédito convite para que os adeptos não vão aos estádios. Um dia destes, há-de haver quem lamente a falta de público nos recintos desportivos, reclamando a tomada urgente de medidas e organizando debates públicos sobre o tema, mas hoje não é esse dia. Hoje, pelos vistos, justifica-se a vanguardista - e hilariante - aplicação de "sanções económicas" que metam os clubes pequenos na linha. Claro que, historicamente, as sanções económicas nunca conseguiram vergar ninguém, mas não deixa de ser curioso perceber que, 21 anos depois da queda do Muro de Berlim, ainda há quem acredite que pode recrutar aliados à força.
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