Saberá o pálido papel
do veneno e da urgência
que tomam da boca as palavras
ou do júbilo dos corpos multiplicados
em muda agonia de amor?
As palavras que sei nada sabem
do que pressinto no teu peito,
ninho de gemidos.
Nada que eu diga, diz tudo de ti,
do devanear ou da saudade antiga,
pois que vives já nas minhas veias
semente, veio valioso do desejo.
Do que sei de ti,
tão dentro de mim,
as palavras não sabem dizer.
Saramar
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