Não está em causa apenas uma escola mais facilitista ou reverter medidas de Nuno Crato. O novo modelo de avaliação é muito pior do que isso, é o regresso ao ministério dos professores, não da Educação
O ministro tinha de se explicar. O ministro explicou-se. E é caso para dizer: era melhor que não o tivesse feito. Porque agora não restam dúvidas: aquilo que pomposamente foi designado de novo “Modelo integrado de avaliação externa das aprendizagens no Ensino Básico” corresponde à destruição de um sistema que, passo a passo, vinha a ser construído desde o ano 2000, de governo em governo e mesmo quando mudavam as maiorias. De todo o edifício sobrará apenas um pilar: os exames nacionais no 9º ano, aqueles que seria demasiado escandaloso eliminar face ao legado histórico do próprio Partido Socialista. Do resto não restará pedra sobre pedra.
Para compreender o alcance e a gravidade deste diagnóstico é necessárioler o parecer que o Conselho Nacional da Educação (CNE) fez a pedido da Assembleia da República e o comunicado que o ministro divulgou na passada sexta-feira: em parte alguma bate a bota com a perdigota. [José Manuel Fernandes, aqui]
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