Ao fundo da Avenida da Boavista, debruçada sobre o mar, está a fortificação popularmente conhecida como Castelo do Queijo. A verdadeira designação deste monumento é Forte de São Francisco Xavier.
Não é um queijo verdadeiro que dá nome ao castelo, mas sim um figurado. Segundo a história, o Forte de São Francisco Xavier é vulgarmente tratado como Castelo do Queijo devido ao formato arredondado da rocha sobre a qual foi construído, a fazer lembrar a forma de um queijo.
De acordo com a Infopédia, o serviço online de conteúdos da Porto Editora, esta fortificação "procurava defender o extenso areal compreendido entre Leça da Palmeira e a foz do Rio Douro, impedindo com a sua eficaz artilharia o desembarque de tropas na zona ocidental da Cidade Invicta".
Supõe-se, porém, que aquele local "teria servido como santuário religioso dos povos celtas que aqui se fixaram no século VI a. C.", apesar de não existirem evidências materiais que o confirmem, destaca o portal enciclopédico.
"O forte começou a tomar forma no ano de 1643, reinava então D. João IV", acrescenta, detalhando que o objectivo do monarca era travar o ímpeto das ofensivas espanholas. "Por ordem régia, Fernando César de Carvalhais Negreiros - capitão honorário da Real Armada, intendente da Marinha nortenha e provedor da Companhia das Almas do Corpo Santo de Massarelos - foi encarregado de proceder à edificação desta fortaleza. O projecto foi subsidiado pela comunidade portuense e seria concretizado com a ajuda decisiva de alguns membros religiosos das Almas do Corpo Santo", pode ler-se.
Pela sua localização privilegiada, "o Castelo do Queijo não serviu somente a causa da independência nacional", prossegue a Infopédia: "Este forte inscreveu-se na política de dissuasão das ameaças que os corsários franceses, holandeses e ingleses faziam pender sobre a nossa costa atlântica, pilhando terras costeiras e roubando barcos com o pavilhão português".
O Castelo do Queijo também foi palco de episódios históricos relacionados com as invasões francesas e com a guerra entre absolutistas e liberais. "Após o drama da ocupação do Porto em 1808 pelas tropas francesas dos generais de Napoleão, o Forte de São Francisco Xavier hasteava novamente em Junho desse ano a bandeira nacional, simbolizando o final de tão nefasto episódio", recorda a plataforma da Porto Editora.
"Durante o Cerco do Porto, esta fortaleza ficou na posse do exército de D. Miguel, opondo valorosa resistência às investidas e aos fogos da esquadra liberal, dos quais resultou a destruição e ruína de parte do seu perímetro defensivo", explica a Infopédia, salientando que a fortificação foi posteriormente objecto de trabalhos de reconstrução e restauro. (daqui)
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