Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Estados de alma

Estou de sorriso rasgado: o Vitória venceu, mesmo contra os lampiões e os seus "amigos" do costume (v.g. árbitros)!

Entretanto continuo hoje à espera que o presidente de todos (?) os portugueses conceda as honrarias ao FC Porto Campeão Europeu e do Mundo que lhe são devidas por tanto terem feito ao País. Sei que vou continuar à espera ... sentado !!! Este mouro, ex presidente verde da câmara moura, nunca me enganou...

Mas tal como aconteceu com a derrotada selecção nacional do Scolari, o senhor do palácio cor-de-rosa vai por certo condecorar os atletas, técnicos e dirigentes de Alvalade. Trata-se de um acto de coerência, tendo como referência um caso precedente. De facto não foram outras as razões e circunstâncias que justificaram a condecoração da Selecção Nacional no Euro-2004. Ao cabo e ao resto perder uma final em casa não é nada mau; dá direito a condecoração...

"Pegando" nas palavras de Jorge O. Bento e no seu "Olhar do Norte":
Ainda que o Setúbal tenha feito baixar a poeira vermelha,
estes dias são de júbilo para os benfiquistas e de desencanto para os portistas. Ambos os sentimentos têm a mesma medida e são ditados pela mesma razão. A alegria vermelha festeja a vitória da capital e do seu cortejo de interesses, das forças do centralismo sobre as energias que afirmam e exaltam localmente o pulsar da nação. O desporto representa para nós portistas um dos palcos de acção em que podemos subtrair-nos, em grande parte, ao controlo e garrote do centralismo e afirmar a superioridade do nosso apego ao labor e à cultura do auto-rendimento. Não é o único, mas tem mais visibilidade do que outros. Também na universidade, não obstante sermos desfavorecidos pelo orçamento e pelas agências de financiamento, estamos à frente da capital, em todos os parâmetros de uma avaliação pautada por critérios internacionais. O 25 de Abril deu-nos esta possibilidade que temos procurado honrar.
Eis, em suma, a causa que a uns alegra e a outros obriga a reflectir. Os primeiros pouco fizeram para merecer a vitória; mas os segundos não fizeram nada para evitar a derrota e por isso assumem um estado de culpa. Resta a consolação de que noutros países — Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda—o campeão mora longe da capital. Mesmo na Inglaterra o campeão não é o símbolo da oligarquia central. Em toda a parte o centralismo está em perda; Portugal é a excepção, mas não vamos dar tréguas a isso.
É de Eusébio a seguinte afirmação: «Provavelmente o Sporting não teria perdido a Taça UEFA com Trapattoni no banco e a ganhar ao intervalo ». A tirada vale bem pouco, já que o seu autor foi um exímio jogador, mas a falar e discorrer é aquilo que se sabe.
Não vale a pena perder tempo a desmontar a frase — com Trapattoni no banco teria o Sporting chegado à final e estaria a ganhar ao intervalo? Todavia importa dizer que ela é um paradigma da insanidade que lavra nos media. Eles são responsáveis pela difusão da euforia disparatada que varreu o país antes da final; parecia que já estava ganha, que o Sporting ia entrar em campo sozinho, tendo apenas que permanecer nele durante 90 minutos. Para disfarçar o dislate os media passaram, em coro com a plebe leonina, a dedicar-se ao afã de fuzilar o culpado: Peseiro obviamente.
Até parece que o Sporting está habituado a finais, pelo que ter chegado à recente não aquece nem arrefece. Peseiro não conseguiu nada de monta; perdeu uma final, não constituindo nenhum mérito o facto de a ter atingido. Eis a ignorância no seu máximo atrevimento e esplendor!
Claro que há um derrotado no Sporting. Chama-se Dias da Cunha, que encenou exemplarmente a ingenuidade e lhe deu a expressão do ridículo. Em nome do combate pela transparência, foi jogado e manipulado a bel-prazer pelo presidente do SLB e contribuiu assim para que este chegasse ao pódio. Para mais a conquista do SLB pode ter tido algum mérito, mas foi obtida num clima de atropelo à verdade desportiva, à vista de toda a gente isenta e honrada. Face a isto, as mãos de Dias da Cunha não podem reclamar inocência e alvura; e os seus ouvidos estão poluídos por um estridente apito encarnado.

O melhor emprego de Portugal pertence ao sr. Scolari. E bem o merece, já que se integrou em absoluto na nossa idiossincrasia. Há quem diga que já o viu enlevado e cantar o fado: «Trabalho vai-te embora do meu peito tão cansado…»
Do futebol jogado dentro das quatro linhas não percebe muito. Mas sabe de mais do futebol praticado fora do estádio. É um verdadeiro ilusionista a tirar coelhos da cartola e a encantar a plateia. Inventou um guarda-redes para a Selecção, agora foi buscar Figo e não se sabe se não irá trazer de volta Couto e Rui Costa. O povo delira e retribui em estado de total identificação e de supremo êxtase: «Me engana que eu gosto!»

Referência elogiosa merece igualmente o árbitro do Porto, Paulo Paraty (que eu detesto). Realizou a melhor arbitragem do campeonato e logo num jogo decisivo como o Benfica-Sporting. Deitou por terra o mito da competência dos árbitros das Associações de Lisboa e Setúbal que têm ficado na história por motivos nada abonatórios. De resto, os nomes mais sonantes da arbitragem melhor seria que arrumassem as botas e dessem o lugar às caras novas que estão a despontar, iluminadas por um raio de boa-fé e honradez.


Claro que nem todos são da mesma opinião. A Revista MegaSport, da imprensa italiana, na secção "internacional" abordou o derby de lisboa com algum destaque e confrontou Pierluigi Collina, o árbitro italiano mais famoso do mundo. No que diz respeito à polémica do golo dos vermelhos no prélio com os de verde, Collina, o melhor árbitro do mundo por dois anos consecutivos (2003 e 2004) não teve dúvidas e foi peremptório
"Nota-se um ligeiro contacto com o corpo do jogador benfiquista no guarda-redes do Sporting, é na pequena área e num lance de acção ofensiva, ali o guarda-redes é dono e senhor, é falta indiscutível".
Os erros de arbitragem para Collina "acontecem e não podem ser evitado pois o árbitro é um ser humano", mas lá foi dizendo no que diz respeito a outras arbitragens em jogos do Benfica e que causaram polémica, que houve um pouco de "tendência benfiquista"...
E depois dizem que eu sou tendencioso...

Para o próximo campeonato, lá tremos a mesma Liga, o mesmo Conselho de Palhaços (pouco) disciplinadores, o mesmo Conselho de arbitragem a oferecer os "melhores e amigos" árbitros aos vermelhos, ou seja, teremos mais do mesmo... Estes mouros não se podem abater???

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