À medida que a população muçulmana da Europa cresce, grupos de lobby muçulmanos estão também exercendo significante influência na política europeia para o Oriente Médio, resultando em um notável endurecimento de atitudes europeias para com Israel.
Europeus geralmente fantasiam sobre o assim dito lobby judeu, que eles afirmam possuir um mata-leão sobre as finanças, mídia e política americanas, e é responsável por toda a forma de mal conspiratório.
Entretanto, poucos europeus gostam de falar sobre a crescente influência do lobby muçulmano europeu, uma conglomeração de centenas de organizações políticas e religiosas muçulmanas – muitas das quais são experientes mídias porta-vozes para o islão militante, que abertamente persegue agendas anti-europeias, anti-ocidentais e antissemitas, e geralmente recebem apoio financeiro de países fundamentalistas islâmicos, como a Arábia Saudita.
Em uma Europa onde o Islão é a religião que mais cresce, e onde o número de muçulmanos triplicou nos últimos 30 anos, o lobby muçulmano europeu está se tornando cada vez mais assertivo e habilitado em pressionar políticos europeus em implementar incontáveis políticas pro-islâmicas, especialmente aquelas que institucionalizam a lei da sharia islâmica.
Grupos de lobby muçulmanos estão, de fato, transformando a sociedade europeia de formas inimagináveis há apenas poucos anos atrás; críticos dizem que seu objetivo final é nada menos que a islamização da Europa.
Alguns dos mais efetivos grupos de lobby muçulmano estão localizados no Reino Unido, casa de uma das maiores comunidades muçulmanas na Europa, e incluem organizações tais como o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha (MCB), o maior corpo muçulmano da Grã-Bretanha com cerca de 500 organizações afiliadas, nacionais, regionais e locais, mesquitas, centros de caridade e escolas.
Ele recentemente pressionou o governo britânico a adotar a lei islâmica e dar a tribunais da sharia plenos poderes para julgar em casos civis muçulmanos.
O governo britânico quietamente sancionou os poderes de juízes da sharia para julgar em casos variando de divórcio e disputas financeiras àqueles envolvendo violência doméstica.
Enquanto que, previamente, os julgamentos de tribunais da sharia na Grã-Bretanha não podiam ser aplicados e dependiam de acordo voluntário entre muçulmanos, julgamentos emitidos por uma rede de cinco tribunais da sharia são agora vinculáveis com o pleno poder do sistema judiciário, através dos tribunais de condados ou Altos Tribunais.
Tribunais da sharia com estes poderes foram erigidos em Birmingham, Bradford, Londres e Manchester, e a sede da rede está localizada em Nuneaton e Warwickshire; e dois mais tribunais estão sendo planejados para Edinburgo e Glasgow.
No geral, pelo menos 85 tribunais islâmicos da sharia estão agora operando na Grã-Bretanha, quase 20 vezes do que era anteriormente acreditado. Um estudo do think tank Civitas encontrou que querelas de tribunais não-oficiais e conselhos regularmente aplicam a lei islâmica para resolver disputas de negócios, casamento e domésticas, muitos operando em mesquitas. O estudo alerta sobre uma “aduladora” aceitação dos princípios da sharia na lei britânica.
Embora o MCB se apresenta como um órgão islâmico “moderado”, este e alguns de seus afiliados simpatizam e possuem ligações com movimentos islamitas no mundo muçulmano, particularmente o Irmandade Muçulmana e o Jammat-e-Islami, um partido paquistanês radical comprometido com o estabelecimento de um estado islâmico no Paquistão governado pela lei da sharia.
Longe de promover o islamismo moderado, o real objetivo do MCB, segundo críticos, é ajudar muçulmanos na Grã-Bretanha se tornarem mais radicais em suas crenças.
Entre outras posições, o MCB acredita que a morte é a penalidade apropriada para apostasia e homossexualismo. O grupo recentemente endossou uma declaração pro-Hamas que pede a jihad contra os judeus e Israel, e perdoa o ataque a tropas britânicas.
O MCB também regularmente faz manchetes para boicotar as cerimônias do Dia do Memorial do Holocausto na Grã-Bretanha; está também fazendo campanhas pelo estabelecimento de um alternativo Dia do Memorial do Genocídio que “incorporará tragédias similares”.
Outro grupo muçulmano, o Comitê de Relações Públicas Muçulmanas do Reino Unido (MPACUK), tem o objetivo aberto de mobilizar eleitores muçulmanos a afetar o resultado das eleições britânicas. Durante as eleições gerais em 2010, o MPACUK foi essencial em deseleger seis membros do parlamento que foram percebidos como não sendo suficientemente pró-muçulmanos.
Durante as eleições gerais em 2005, o MPACUK lançou uma campanha contra a deputada Lorna Fitzsimons, do Labour. O MPACUK distribuiu um panfleto afirmando que Fitzsimons não tinha feito nada para ajudar os palestinos porque ela era judia. Outro panfleto dizia: “Lorna Fitzsimons é uma ardente sionista e membro do mais poderoso lobby anti-muçulmano do mundo, o lobby de Israel”.
Fitzsimons não é judia, e o MPACUK retirou o panfleto mais tarde. Mas o MPACUK obteve sucesso em deseleger Fitzsimons; desde então, muitos deputados britânicos têm se curvado para apascentar eleitores muçulmanos.
O MPACUK recentemente trabalhou com o Channel 4 para produzir um documentário intitulado “Operação Voto Muçulmano”.
Com o objetivo de pressionar por maior participação de muçulmanos na política britânica, o documentário conta a história de dois ativistas do MPACUK que se dirigiram para o norte da Inglaterra para tomar assentos seguros de muitos “deputados belicistas sionistas”.
O website do MPACUK diz que seu trabalho é definido pelo princípio central do anti-sionismo. “O MPACUK se opõe à ideologia política racista do sionismo e objetiva contrabalançar a influência do lobby sionista. A evidência abertamente disponível demonstra uma agenda sionista para dominar o Oriente Médio e empurrar um “‘choque de civilizações’ entre o Islã e ‘O Ocidente'”.
Nós portanto acreditamos que o anti-sionismo é uma prioridade estratégica para contrabalançar a maior e mais urgente ameaça enfrentando a ummah (a diáspora muçulmana).
Seu website também diz que muçulmanos na Grã-Bretanha devem ser proativamente engajados na mídia mainstream e política como o caminho mais efetivo para “reavivar o fardo (obrigação) da jihad”.
Grupos de lobby muçulmano também pressionaram o governo britânico a sancionar o “Ato do Ódio Racial e Religioso”, que cria um novo crime: intencionalmente atiçar ódio religioso contra pessoas sob argumentos religiosos. Como previsto, a nova lei estabeleceu novos limites na liberdade de expressão em um país onde a elite politicamente correta rotineiramente procura silenciar a discussão pública sobre o crescente problema da imigração muçulmana.
O crescente poder do lobby muçulmano europeu foi mais recentemente demonstrado pela decisão da União Europeia no meio de dezembro de quietamente abandonar uma nova medida que teria requerido que carnes halal (religiosamente aprovada para muçulmanos) carregassem um rótulo para ajudar consumidores não-muçulmanos identificar suas origens.
Com o crescimento exponencial da população muçulmana europeia, milhares de toneladas de carne abatida halal estão agora entrando na cadeia alimentar geral, onde está sendo inconscientemente consumida pela população não-muçulmana.
Ao se curvar a grupos de pressão muçulmanos – tais como o World Halal Forum Europe e o Halal Monitoring Committee, e tirando o requerimento de etiquetamento halal, a UE está efetivamente estabelecendo a lei da sharia como normativa para a indústria da carne europeia.
A polêmica do halal, em que grupos de lobby muçulmanos estão procurando impor os requerimentos do Islã, não apenas em seu próprio povo, mas também no resto da sociedade, ilustra como o crescimento do Islã está influenciando as vidas diárias de centenas de milhões de europeus não-muçulmanos.
Na França, que tem a segunda maior população do continente depois da Alemanha, muitos grupos de lobby islâmicos estão competindo para representar o estimado de 4,1 milhões de muçulmanos do país. O Conselho Francês da Fé Muçulmana (CFCM) serve como o interlocutor oficial com o estado francês na regulação de atividades religiosas muçulmanas, e como tal é o representante de facto de todos os muçulmanos franceses perante o governo nacional.
Os outros principais grupos de lobby islâmico são o Comício para Muçulmanos Franceses (RMF), apoiado por Marrocos, e a União de Organizações Islâmicas Francesas (UOIF), próxima à Irmandade Muçulmana.
Na Alemanha, casa da maior população muçulmana em termos absolutos, a poderosa União Turco-Islâmica para Relações Religiosas (DITIB), ela própria um braço da autoridade de relações religiosas do governo turco, obteve sucesso em persuadir a cidade de Colônia a aprovar a construção de uma nova megamesquita.
A mesquita futurista abrigará até 4.000 fieis, e terá uma enorme cúpula e minaretes de 55 metros (180 pés), cada qual tão alto como torres comerciais de 18 andares. A mesquita de 4.500 metros quadrados, que tem um preço de 20 milhões de euros (26 milhões de dólares), está sendo financiada por doações de mais de 800 grupos muçulmanos dentro e fora da Alemanha.
Críticos do projeto dizem que a mesquita é um esforço deliberado de estragar a paisagem de Colônia, ao tirar a atenção da catedral gótica da cidade, uma paisagem cristã famosa globalmente.
Em meses recentes, grupos de lobby muçulmanos também persuadiram o governo alemão a adaptar o sistema de educação secular da Alemanha para que atenda a preferências islâmicas. O Ministério de Educação da Alemanha, por exemplo, concordou em financiar estudos islâmicos em muitas universidades estatais para treinar líderes de oração muçulmanos e professores religiosos.
A ministra da educação da Alemanha, Annette Schavan, diz: “Nós queremos que tantos imãs quanto possíveis sejam educados na Alemanha. Imãs são construtores de ponte entre suas congregações e as comunidades em que suas mesquitas se localizam”. Ela declara depois que a Alemanha precisaria de 2.000 imãs e professores se todos os 16 estados oferecessem cursos de Islão.
Por toda a Alemanha, no estado de Rhineland-Palatinate, grupos de lobby muçulmanos estão trabalhando com o Ministério da Cultura para designar aulas pro-islâmicas para escolas públicas. As novas diretrizes recomendam cancelar todas as excursões escolares durante o mês do Ramadã; tomar em conta as sensibilidades de muçulmanos quando planejar estágios e eventos escolares; e passar menos trabalhos escolares durante o Ramadã, porque o jejum pode levar a perda de performance e concentração entre estudantes muçulmanos.
No estado alemão da Baixa Saxônia, o Conselho Central Muçulmano Alemão está pedindo ao Ministério da Educação para incluir o Islã no núcleo curricular de suas escolas, como parte de uma iniciativa politicamente correta para contrabalançar os crescentes sentimentos anti-Islã no país.
Em Berlim, o Ministério da Educação, Ciência e Pesquisa recentemente publicou um guia chamado “Islã e a Escola”, que dá a professores conselhos práticos em como evitar ofender estudantes muçulmanos.
Na Escandinávia, o Conselho Muçulmano da Suécia, uma organização de grupos islâmicos no país, está pressionando o governo sueco a implementar legislação especial para muçulmanos.
As demandas incluem: o direito a feriados islâmicos específicos; financiamento público especial para a construção de mesquitas; uma demanda que todos os divórcios entre casais muçulmanos sejam aprovados por um imãs; e que imãs devem ser permitidos ensinar o Islã nas escolas públicas.
À medida que a população muçulmana da Europa cresce, grupos de lobby muçulmanos estão também exercendo significante influência na política europeia para o Oriente Médio, resultando em um notável endurecimento de atitudes europeias para com Israel.
Muitos países europeus, por exemplo, ávidos em manter boas relações com comunidades muçulmanas locais, estão preparando o fundamento político para a UE reconhecer um estado palestino, possivelmente já em outubro de 2011, mesmo se negociações para um assentamento permanente entre Israel e a Autoridade Palestina não estejam concluídos – uma ab-rogação total dos acordos de Oslo assinados na ONU.
Em dezembro de 2009, a UE adotou uma resolução que, pela primeira vez, explicitamente pede que Jerusalém se torne a futura capital de um estado palestino.
A mudança não somente reflete os esforços da UE em prejulgar o resultado de assuntos reservados a negociações de status permanente, mas em dezembro de 2010, um influente grupo de ex-líderes e oficiais da UE publicaram uma carta urgindo à UE para implementar sanções contra Israel.
A Europa também tem sido o marco zero para uma série de leis anti-Israel que exploram o princípio legal da jurisdição universal para molestar atuais ex-líderes militares e políticos israelenses, com os objetivos duplos de atar as mãos de Israel contra o terror palestino e deslegitimar o estado judeu.
Tal “lawfare” é geralmente ajudado e instigado por grupos de lobby muçulmanos na Europa por meios de apoio logístico e financeiro. Esta constante demonização de Israel pela burocracia europeia está também afetando as ruas europeias, onde a linha entre críticas válidas contra Israel e antissemitismo está se tornando perigosamente borrada.
Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Bielefeld, por exemplo, mostra que mais de 50% dos alemães igualam as políticas de Israel para os palestinos com tratamento nazista dos judeus, e que 68% dos alemães dizem que Israel está empreendendo uma “guerra de extermínio” contra o povo palestino. Em termos da Europa como um todo, uma pesquisa oficial da UE mostra que a maioria dos europeus considera Israel como a maior ameaça à paz mundial.
Outro relatório comissionado pelo Centro de Monitoramento da UE sobre Racismo e Xenofobia (agora chamado de Agência da União Europeia de Direitos Fundamentais) descobriu que imigrantes muçulmanos são em grande parte responsáveis pelo nítido aumento na violência antissemita na Europa. Previsivelmente, grupos de lobby muçulmanos pressionaram a UE para que esse relatório não fosse divulgado ao público geral.
Mídia Sem Máscara
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