Durante o tempo que estiveram no Porto como estudantes Erasmus, Julie, Niels e Anna não quiseram deixar o país sem registar o que viveram. Lançaram o documentário «Erasmus Life», que começou por ser um projeto académico e acabou por se transformar numa carta de amor.
Um minuto de filme e somos apresentados a um grupo de estudantes Erasmus. Além de terem em comum o facto de serem parte de um programa internacional de mobilidade, estão todos a viver temporariamente no Porto. São os protagonistas do documentário «Erasmus Life», da autoria de Julie de Boeck, Niels Gramsen e Anna Lehespalu.
Também eles estudantes de Erasmus, quiseram transpor para o grande ecrã a experiência de um semestre na cidade do Porto. «O filme começou como um projeto académico, mas acabou por ser muito mais do que isso», conta Niels Gramsen, um dos realizadores e estudante na Escola Superior Artística do Porto (ESAP), em entrevista ao Canal Superior.
O objetivo era dar resposta ao desafio colocado pelo professor José Moreira, da cadeira de Documentário Cinematográfico. Juntaram 15 estudantes Erasmus, duas estudantes de Doutoramento e um DJ que trabalha em festas de Erasmus. Em dois meses, concluíram o documentário.
Através de entrevistas e de imagens da vida dos estudantes que protagonizam o documentário, os três jovens universitários quiseram mostrar a todos os que estão fora do programa que este é mais do que «beber, festejar, dormir e estudar» e acabaram por escrever uma carta de amor à experiência de fazer as malas e ir estudar para outro país.
«Queríamos mostrar os aspectos mais importantes que as pessoas fora do programa Erasmus não vê e que não entende. Estou a falar das imensas e fortes ligações que se criam entre os estudantes, mesmo que estes sejam o oposto um do outro», conta o realizador.
Muitos dos testemunhos registados falam dessas mesmas relações. Um dos estudantes diz durante o filme: «Quando sais do avião, não estás mais sozinho. Erasmus é como uma palavra mágica, significa 'Bem-vindo'».
No ano passado, só a Universidade do Porto recebeu 4 mil estudantes Erasmus. O Brasil foi o país mais representado. Coimbra e Lisboa são as cidades que se seguem na lista das preferidas dos Erasmus. A experiência, na opinião de Niels Gramsen, permite «crescer muito a nível pessoal e isso, no futuro, vai permitir que as tuas capacidades profissionais sejam melhores, só porque tens mais controlo sobre ti».
Prestes a regressar às suas cidades, os três jovens realizadores disponibilizaram o documentário no Youtube (ver acima), como uma espécie de prenda para todos os que os acompanharam na jornada de seis meses no Porto. «Nós também queríamos que este filme ficasse como uma memória, lembrança», sublinha Niels Gramsen.
0 comentários:
Enviar um comentário