Em Cuba não há opositores. Há "dissidentes", como lemos e ouvimos a toda a hora. É espantoso como o léxico oficial da mais velha ditadura do hemisfério ocidental, feroz repressora dos direitos humanos, consegue contaminar o discurso jornalístico dos países com liberdade de imprensa. Pela mesma lógica, um Álvaro Cunhal ou um Mário Soares, por exemplo, nunca teriam sido opositores a Salazar: não passariam afinal de "dissidentes" do regime. (Pedro Correia, no Delito de Opinião)
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