Quem é o padroeiro do Porto? Não sendo o São João, por que é este o santo mais celebrado pelos portuenses? Essas e outras questões são esclarecidas pelo ciclo Um Objecto e seus Discursos por Semana no próximo sábado, véspera da noite mais longa do Porto.
A sessão, de entrada gratuita mas limitada a 60 lugares, realiza-se a partir das 18 horas na Casa-Museu Guerra Junqueiro, junto à Sé. E é precisamente na Sé que se encontram relíquias (ossos) do que foi o primeiro padroeiro da cidade, que é o mesmo de Lisboa (e não é o Santo António). Ali estão também relíquias de São Pantaleão, que foi o orago do Porto desde o século XII até ser destronado por Nossa Senhora de Vandoma/Nossa Senhora do Porto, em 1984.
Neste sábado, a especialista em iconografia Sara Rocha e o antropólogo Luís Pisco, sob moderação da museóloga Inês Ferreira, chefe da Divisão de Museus da Câmara do Porto, vão esclarecer como é São João se tornou o santo mais popular do Porto, apesar de a cidade manter outro padroeiro.
Além do Porto, São João Baptista é também muito popular a nível internacional. É mesmo o único santo do calendário hagiológico de quem se celebram duas festividades: a do nascimento e da morte.
Sendo dos mais celebrados em toda a Europa, em mais nenhuma cidade se festeja o São João como no Porto, onde uma manifestação popular cheia de tradições e rituais contagia por estes dias e arrasta para rua verdadeiras multidões. Para isso, cada freguesia, cada bairro, cada esquina e cada casa prepararam-se a rigor, transformando toda a cidade num verdadeiro palco de festa.
Mas quem é, afinal, este São João que se celebra? Qual a sua ligação com o Porto, não sendo o seu padroeiro? O que faz esta festa tão especial que se enraíza na cultura de um povo, de uma comunidade, sem conseguir deixar indiferentes todos aqueles que por estes dias visitam a cidade?
1 comentários:
Um bom S. João!
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