A nossa Justiça tem muitos problemas e está sujeita a muitas faltas de respeito.
Usemos um exemplo.
Uma juíza consegue fazer um despacho em que garante que o braço-direito de um presidente de uma SAD desportiva, um homem que representava essa empresa em actos oficiais importantes, um indivíduo que era apresentado como um dos grandes responsáveis pela gestão nada tinha a ver com possíveis actos criminosos que praticava em benefício dessa organização. Decide assim acusar esse cidadão, mas inocenta a sociedade para quem ele praticava esses actos.
Digamos que estamos perante um acto processual que mostra a existência de problemas na Justiça.
Na sequência disto, a tal SAD decide prescindir da ligação formal ao dito cidadão. "Normal", dirá o menos atento leitor a estes temas, "foi a maneira dessa empresa mostrar que ele tinha feito coisas nas costas dos superiores". O facto é que desde o desligamento formal entre a empresa e o cidadão foi um nunca acabar de relações, um imenso caudal de dinheiro a deslizar para a conta do cavalheiro. Ou seja, a ligação entre estes dois não terminou, pelo contrário, intensificou-se muito. Não foi muito, foi muitíssimo. Chegou-se ao extremo de o "o ex-colaborador que depois de o ser ainda o é mais" ser apresentado como empresário de um jogador e de um empresário para justificar um, por certo, chorudo pagamento da SAD para quem deixou de, não vale rir, trabalhar.
Digamos que estamos perante uma SAD e um cidadão que se riem a bandeiras despregadas na cara da Justiça.
A subir Vender por 40 milhões de euros um jogador com 18 anos é extraordinário. Se a isto juntarmos o facto de nunca ter sido titular torna o negócio ainda mais fantástico. Resta desejar ao Fábio que seja muito feliz e que nos prove que o vendemos muito barato. Era ótimo para nós e para ele.
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