O Paris Saint-Germain, um dos maiores clubes de França, detentor do mesmo número de campeonatos que o Saint-Etienne (9), menos um que o Marselha e um percurso mediano nas competições europeias, é hoje o ícone maior do lamaçal em que chafurda o futebol moderno. Bilionariamente financiado por um fundo controlado pelo monarca absoluto do Qatar, Tamin bin Hamad Al Thani, o PSG é o exemplo acabado, mas não o único, de como a Europa se deixou colonizar pelo dinheiro mais sujo e corrupto que circula no planeta. A mesma Europa do futebol patrocinado pela Gazprom e por outras empresas controladas por ditaduras, onde qualquer oligarca russo, chinês ou saudita adquire um clube, lava a imagem e o dinheiro manchado de sangue. Não admira que Messi lá tenha ido parar. Mais barril de petróleo, menos barril de petróleo, mais mulher lapidada, menos mulher lapidada, tudo se compra, pelo preço certo em euros, na Europa da liberdade e da democracia, onde tantos vêm uma ameaça nos desgraçados dos migrantes que dão à costa na Grécia, e tão poucos se preocupam com os tapetes vermelhos que se estendem para personagens sinistras como o Emir do Qatar. (João Mendes, aqui)
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