(*) João Afonso Machado, no Corta Fitas
Contas feitas, uma "senhora" francesa, supõe-se que em férias por cá, desenhou em letra da melhor forma uma mensagem política no lisboeta monumento aos Descobrimentos..
A dita, requintada, "senhora", com formação académica superior, não se conteve em meias palavras. Sumariamente, acusou a nossa História e os seus personagens maiores de ganância, lambuzada em África e no Oriente.
Esse período, dito "dos Descobrimentos", decorreu nos séculos XV-XVII.
Por isso, é claro, nós, portugueses, podiamos retorquir com uma vastidão de argumentos. Desde logo, o de Napoleão (século XIX) e o que a sua rapinácia levou da riqueza nacional: ouro e ouro, prata e prata; mais o melhor da nossa arte religiosa e civil.
Mas não percamos tempo com a traste. Imaginemos, somente, um português rabiscava a Torre Eiffel a cause de um protesto qualquer. Se apanhado, iria logo preso. Se identificado a posteriori, a República francesa exigiria contas ao Estado português. E nada mais verdadeiro do que isto.
E nós?
Creio - e oxalá me engane - a República nossa pedirá vénia à sua irmã mais velha, e vagamente protestará. Decerto, condescendentemente, o protesto será recebido e respondido, na linguagem própria da Diplomacia. Ponto final.
Parênteses: os encargos da lavagem do monumento serão por conta da Câmara Municipal de Lisboa. Dos lisboetas. Elaborado o Orçamento de Estado, de todos nós.
Assim decorre o "patriotinheiro" desempenho desta nossa subserviente República.
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