Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

664 anos do massacre dos Judeus de Basileia

No judaísmo lembramos a morte de um ente, um conhecido ou alguma pessoa importante para nós, sempre na data de hebraico! Hoje nos encontramos no dia 19 de Shvat, neste dia no ano de 1349 quase toda a população judaica da Basiléia foi massacrada por nativos da cidade. Sem saber as causas da Peste Negra, que assolava cidades e vilarejos, as pessoas e os ...líderes locais acusaram os judeus de envenenar os poços. A maioria foi queimado vivo.

O anti-semitismo já tem sido um problema para os judeus na Europa muito antes de a peste se espalhar. Nos séculos que antecederam o massacre de Basileia, a Igreja implementou leis semelhantes às leis de Nuremberg. Os judeus foram proibidos de trabalhar como tecelões, sapateiros, carpinteiros, mineiros e padeiros, entre outras profissões. Como resultado dessas leis racistas, judeus, muitas vezes tiveram que trabalhar como emprestadores de dinheiro, uma prática que os levou ao ressentimento público e pode ter contribuído para os eventos de 1349. Outra lei, aprovada em 1215 pelo Papa Inocêncio III foi particularmente semelhante a uma lei da Alemanha nazista no século 20 - os judeus foram obrigados a usar um distintivo amarelo em todos os momentos.

Apesar do anti-semitismo vigente no momento, o massacre na Basileia pode ser mais precisamente atribuído a acusações contra os judeus especificamente em relação à praga! Alegavam que os judeus estavam sofrendo e morrendo da Peste Negra a uma taxa muito menor do que os cristãos. Não está claro se isso foi realmente verdade, mas existem várias teorias que explicam tal situação. Uma teoria sugere que os judeus enterravam seus mortos muito mais rapidamente do que os cristãos e em cemitérios separados, tornando suas mortes menos visíveis. Outra teoria especula que o Pessach (Pascoa Judaica) foi responsável por salvar uma grande parte da população judaica. Segundo o Dr. Martin Blaser, a limpeza do hametz (pão fermentado) das casas judaicas nesta época afastou ratos que buscavam comida e abrigo, ajudando a impedir a propagação da doença. Ele ainda acrescenta que a praga atingiu o pico na primavera, na época em que o Pessach teria caído.

Com a peste alcançando grandes proporções, o pânico levou a melhor sobre a população e seus líderes. Considerando-se o preconceito e as perseguições que os judeus da Europa já estavam sofrendo, não é de se admirar que eles se tornaram o bode expiatório do momento.

As crianças judias então foram separadas de seus pais e vigorosamente batizadas. Os 600 adultos restantes foram levados para uma estrutura construída especialmente de madeira em uma ilha no rio Reno e trancados lá. O prédio foi incendiado, queimando os judeus vivos. Após o assassinato em massa, a cidade da Basileia resolveu que os judeus não deveriam ser permitidos na cidade por 200 anos, embora esta decisão tenha sido revogada algumas décadas depois.

Entre os massacres vividos pelo povo judeu no milênio passado, a queima em massa dos judeus da Basileia, está entre os menos conhecidos mas não deixa de ser uma parte importante da história!

Ironicamente, a Basileia acabou sendo a sede do primeiro Congresso Sionista, que mais tarde deu origem ao Estado de Israel, refúgio e garantia de segurança para judeus do mundo todo, que independente das inúmeras tentativas, continuam sobrevivendo...

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