Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

O fim (infelizmente) de um nado-morto: o Movimento Partido do Norte

Caros companheiros,

O período que se seguiu ao abandono do MPN pelo Prof. Pedro Baptista, por email de despedida enviado em Abril de 2012 a todos os membros da comissão coordenadora, após se ter verificado difícil constitui-lo para a sua própria candidatura a eleições, foi marcado por um conjunto de reuniões com vários movimentos regionalistas e refundadores de hipotéticas novas ordens sociais e acção política, da Galiza, Algarve e Centro de Portugal, terminando numa reunião-plenário de tentativa de agregação sobre a égide do IDP – Instituto da Democracia Portuguesa, tendo-se revelado possível apenas a concretização de Partido Português das Regiões, opção alternativa ao nome de Partido do Norte, tal como constantes das 5.000 assinaturas entretanto recolhidas, processo para o qual também estavam a contribuir um Movimento na Galiza e outro no Algarve.

Esta ideia de trabalhar em concertação e colaboração com outros já tinha sido marcante na fase de cooperação com o PDA – Partido Democrático do Atlântico, projecto do qual fui proponente e parte negociadora.

Como se sabe, a opção pelo nome de Partido do Norte tem entraves constitucionais não ultrapassáveis nos meses que se colocavam para as eleições.

Este processo foi interrompido pela não devolução por Pedro Baptista de cerca de 4.500 assinaturas que estariam na sua posse, e para não defraudar as expectativas de quem em nós confiou. Este facto inviabilizou a constituição do Partido Português das Regiões para candidaturas a eleições autárquicas, para as quais havia contactos para cerca de uma dezena de concelhos.

A opção que se colocou ao MPN foi de concorrer à Câmara do Porto individualmente, recolhendo 4.000 assinaturas para o efeito, em coligação ou apoiando outro candidato. Esses contactos foram estabelecidos com 2 pessoas que não aceitaram este desafio. Nenhum outro nome foi consensual. Surgiu o convite expresso do Partido Socialista para o MPN concorrer em nome próprio e autónomo, o que dadas as reacções violentas que desencadeou de ex-membros, se decidiu não concretizar.

A ideia inicial era privilegiar uma exposição da causa da regionalização em detrimento dos princípios de constante oposição e confronto e que tantas pessoas válidas afastou.

Para mim, foi evidente nessa data um grande desencontro de perspectivas de vida e ideológicas entre os vários aderentes de movimento, fazendo-me mesmo duvidar da possibilidade de sucesso de partidos que se cimentem apenas nas oposições e percebendo, que no dia em que se pretendam afirmar pela positiva, as diferenças surgem.

Por isso é óbvio que a decisão de abandonar o MPN foi tomada nesse preciso momento, pela verificação da minha incapacidade de o liderar em conformidade com a forma como vejo a vida. Como escuteiro, forma como fui muitas vezes presenteado pelo anterior presidente.

Portanto, vou continuar o meu percurso de escuteiro, de alguém que se preocupa sobretudo com o sofrimento dos mais frágeis, as tais coisas sociais, muito pouco belicistas como se parece exigir a alguns valentões do "Norte".

Esta decisão de terminarmos foi hoje falada entre os membros da Direcção.

Claro que vou continuar na vida política, tentando-me disciplinar para não perder tanto tempo com o não essencial, com o apoio que agora tenho, e por quem vou concentrar todas as minhas energias e capacidades.

Para quem entender continuar, o processo de recolha das assinaturas, este só exige mais 2 mil. 

Pelo Norte e por Portugal. No dia em que perceberemos que o Norte se construirá pelo desenvolvimento de projectos concretos, com os ganhos reais desta Região e para o todo nacional, o processo de regionalização será acelerado.

José Carlos Ferraz Alves

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