Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!
Pode parecer que não tem nenhuma importância, porque é do futebol e o futebol é um mundo à parte, mas esse mundo à parte, onde os seres berram em vez de falar e são conduzidos em manada aos seus templos, ameaça ser cada vez mais o mundo que nos invadiu e onde temos de viver na vida real e até nas TVs. Pode parecer que não tem nenhuma importância, mas esta atitude vem de um dos sacerdotes deste mundo e define um estúpido. E este estúpido, por ser um dos chefes desta espécie que nos invadiu tem poder. E o facto de um estúpido ter poder torna-o perigoso. Os exemplos da história são muitos. Este estúpido chama-se Jorge Jesus e é perigoso por ser treinador de um grande clube do mundo do futebol, ter acesso aos grandes meios de comunicação social e, por isso, influenciar milhões de pessoas.
Jorge Jesus apresentou o atestado da sua estupidez da forma mais habitual nos estúpidos: como uma graçola inofensiva, o humor dos estúpidos. Isto vem a propósito da deturpação do nome do treinador do Futebol Clube do Porto, que se chama Julien Lopetegui e é espanhol, da região basca, ao que sei. Ao adulterar o nome de Lopetegui, imitando as crianças na fase em que titubeiam ao articular sons novos, Jorge Jesus infantiliza-se. Assume que tem dificuldade de apreender coisas novas. Ele não percebe isso. Ele julga que, ao adulterar o nome do outro, o está a diminuir, pelo contrário, está a diminuir-se a ele. O ato tem exactamente a mesma raiz racista e estúpida dos assistentes aos jogos de futebol que atiram bananas aos jogadores negros e imitam os sons dos símios. Racismo do mais nojento.
Numa visão benévola podemos acreditar que Jorge Jesus, provavelmente, não entende estas relações. Do que resulta que não entende o princípio do jogo, que vem do princípio do combate, que é uma disputa com regras de respeito pelo adversário. Os homens, à medida que evoluíram, estabeleceram regras para as suas disputas. Passaram a considerar indignos, cobardes, traiçoeiros, os que desrespeitavam essas regras. Jorge Jesus está nesta classe de seres humanos que estão no jogo sem respeitarem o adversário, dos que cospem, dos que mordem, dos que matam quando o outro volta as costas. Seres perigosos, se tiverem uma oportunidade. Já estamos no que pode definir o carácter de Jorge Jesus.
O cúmulo da estupidez dos racistas, como Jorge Jesus, acaba por ser o facto de, ao depreciarem o seu adversário, retirando-lhe o direito ao seu nome, à sua definição de personalidade se desclassificarem a eles próprios. Os que atiram bananas e imitam sons simiescos aos adversários assumem que são exatamente como eles, já que jogam com eles com as mesmas regras. Ora, só se joga com as mesmas regras entre iguais. O que humilha, humilha-se. Jorge Jesus não entende essa contradição de, ao chamar qualquer coisa ao treinador adversário está a ser qualquer coisa também sem direito a nome para o adversário. Que o Lapatego é ele, ao espelho.
Ao adulterar o nome do seu adversário, retirando-lhe a personalidade, o direito a ter um nome, assume que o faz porque o outro tem um nome esquisito porque é estrangeiro: o que é mais um sinal de estupidez, agora do tipo provinciano e isto agravado num tipo que pode ter de trabalhar no estrangeiro, num tipo que pertence a um povo que tem milhões de pessoas a trabalhar no estrangeiro. Como se comprova, a dificuldade de articulação de palavras de Jorge Jesus está associada a dificuldades elementares de entendimento.
Mas o grave não é a estupidez de Jorge Jesus, isso é com ele e com os que andam à sua volta. O grave é o perigo que representa este tipo de comportamento por parte de alguém que acede aos grandes meios de comunicação e através deles influencia comportamentos gerais. É que, muitas pessoas menos precavidas, ouvindo-o, podem considerar aceitável que se trate o estrangeiro que trabalha a nosso lado, que viaja a nosso lado, que vive a nosso lado, por um nome qualquer, que se desrespeite a sua identidade, a sua personalidade, que não se lhe reconheça o direito a estar aqui, connosco, como um ser humano igual a nós. Pode parecer que não, mas o comportamento de Jorge Jesus é o do princípio da intolerância, que tem várias ramificações, todas tão estúpidas umas quanto as outras: a intolerância por motivos políticos, ideológicos, de género, religiosas, de cor de pele, a intolerância contra minorias. Xenofobia e racismo, em suma.
Por fim e já agora, nós, os portugueses gostamos de nos apresentar como um povo acolhedor para os estrangeiros: Jorge Jesus não faz parte desse grupo. É uma criatura menor que nos envergonha aqui em Portugal e no estrangeiro. A mim, pelo menos, envergonha-me enquanto português, enquanto europeu, enquanto amigo de Espanha, enquanto benfiquista, que é a condição que aqui menos interessa, porque a única que conta é a condição de ser humano. [daqui]
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