Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Dar a voz aos leitores do blogue: Isabel Meireles dixit

On Sunday, February 28, 2016 5:59 PM, Isabel Meireles wrote:

É O GRANDE PARADOXO DE PORTUGAL: O Norte continua a ser, EM TERMOS ESTATÍSTICOS, a região mais pobre de Portugal e uma das mais pobres da União Europeia, de acordo com o mais recente estudo do Eurostat, que analisou o PIB per capita de 276 regiões de 28 países.http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=5052084 MAS, EM TERMOS REAIS, DO SEU TERRITÓRIO E DO LABOR DAS SUAS POPULAÇÕES, o QUE SE CONCLUI, É A QUE MAIS PRODUZ RIQUEZA: À volta do Aeroporto Sá Carneiro há toda uma região que é a mais exportadora, a mais povoada, a mais jovem, a que cria mais empresas e emprego. No Norte, as exportações cobrem 140% das importações. E desde 2008, o saldo positivo da balança de transações comerciais, ou seja, a relação entre o que exporta e o que importa tem vindo a aumentar mil milhões de euros a cada ano. A Região Norte, composta por 86 municípios e 1426 freguesias, significa cerca de 35 % da população nacional - perto de 3,7 milhões de habitantes - e mais de 3 milhões de eleitores. Ao Norte se devem 40 % das exportações, a criação de riqueza correspondente a 30 % do PIB e muitos impostos redistribuídos em favor de todas as regiões. É no Norte que se concentram o maior número de empresas. Não por acaso, em 2015 nasceram 6991 empresas no Porto e 3076 em Braga, distritos onde, a par de Aveiro, se identificam mais de 64 % das PME Excelência. É também no Norte que desde 2008 o turismo mais vem crescendo. O Porto foi considerado o melhor destino europeu e em oito anos o aeroporto Francisco Sá Carneiro foi premiado oito vezes. Mas foi no Norte que a TAP desinvestiu. Região Norte quase duplicou o seu saldo positivo, agora acima dos cinco mil milhões de euros. A Região Centro, com cerca de 2,5 mil milhões, e o Alentejo, com cerca de mil milhões, também contribuem com saldo positivo. Madeira, Açores e Algarve equilibram contas. Há, contudo, uma região com saldo negativo: a Área Metropolitana de Lisboa, que assegura mais de 15 mil milhões de euros de "prejuízo" na balança comercial de bens transacionáveis. O que torna o país deficitário neste aspeto fulcral para o seu desenvolvimento.
É UM GRANDE PARADOXO, mas é verdade. E isso causa um sentimento de revolta e de injustiça orgânica.
E porque é que é assim? É assim porque o Governo ultra-centralista de Lisboa vem buscar os fundos, através do IRS, do IRC, de emolumentos, de taxas económicas e fiscais de várias espécies, à Região Norte, que é a mais populosa, mais produtiva e mais exportadora e a que mais contribui para a riqueza nacional, depois injectam os fundos, em parte condensados no Orçamento Anual do Estado, em Lisboa e na Área Metropolitana de Lisboa, que tem uma série de «lobbys», viciados, há séculos, à volta de São Bento e do Terreiro do Paço.
Para além famoso «efeito de dispersão», «spill over» - uma vigarice inventada para desviar, para Lisboa, fundos comunitários, para perpetuar estatísticas que são artificiais, nessa região saloia muito reles e sub-urbana que é Lisboa e na Área Metropolitana de Lisboa.
E ESTA SITUAÇÃO TEM DE MUDAR URGENTEMENTE, PORQUE ISTO É UM AUTÊNTICO ESCÂNDALO E UMA GRANDE INJUSTIÇA SOCIAL. Que se transfira a capital administrativa para o Porto ou para Guimarães. Ou que se faça uma regionalização consciente.
Ou, como tem defendido o Professor Manuel Sobrinho Simões, uma Europa de regiões, a cuja configuração se destinam, individualmente, os fundos europeus, sem passarem pela aldrabice do Terreiro do Paço e de Lisboa, cheia de «lobbys». No caso, será uma região que envolve o Norte de Portugal e a Galiza, o que faz todo o sentido.
Então o que defende? A Europa tem de constituir de facto um tecido de ensino superior e investigação que ultrapasse as fronteiras nacionais. E temos de colaborar mais ao nível das regiões europeias – por exemplo, o Norte do país tem de trabalhar com Espanha.

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